A última sexta-feira (17) marcou o início das aulas do Curso Técnico em Agropecuária do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) dentro do Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte, instalado em uma área da Embrapa em Campo Grande (MS).
Os 150 alunos terão pela frente uma jornada de dois anos e para a aula inaugural, o diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber de Oliveira Soares, falou sobre o futuro da pecuária nos trópicos, com foco nas oportunidades para os futuros técnicos.
Aproximadamente 2/3 da biodiversidade está concentrada nos trópicos, sendo o Brasil detentor de uma das maiores biodiversidades do mundo. Somado a isso até 2050 será preciso alimentar mais de 2,3 bilhões de pessoas, o que implica em crescer 70% em produtividade e 60% em investimentos na agricultura.
Para encarar tal cenário, Soares conta que a Embrapa disponibilizou o documento Visão 2030 – o futuro da agricultura brasileira, com as principais megatendências para o setor, as quais, por sua vez, estão associadas à agenda de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, constituída por 17 objetivos (ODS), entre eles, erradicação da pobreza, segurança alimentar, educação inclusiva, igualdade de gênero e geração de emprego e renda.
A primeira refere-se a mudanças socioeconômicas e espaciais, com baixa disponibilidade de mão-de-obra, concentração da produção e uso de inteligência territorial. A segunda é a intensificação e sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas. Nesse item, Mato Grosso do Sul destaca-se pela crescente adoção das diferentes modalidades de sistemas integrados, como integração lavoura-pecuária (ILP) ou integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Para a megatendência relativa à mudança do clima haverá um aumento dos eventos externos, com sistemas mais resilientes e políticas públicas nos moldes do Plano ABC. Os riscos na agricultura formam a quarta tendência e inclui além dos fatores climáticos, os econômicos, sociais, geopolíticos, dentre outros, o que exigirá uma gestão integrada de riscos.
O diretor aponta a agregação de valor nas cadeias produtivas agrícolas como a quinta inclinação, com aumento da percepção de valor, certificações, selos e alimentos mais funcionais, fortificados e nutritivos. A agregação impacta na próxima vocação: o protagonismo dos consumidores, influenciadores na produção.
O olhar para o futuro encerra-se com a convergência tecnológica e conhecimento na agricultura. “Biotecnologia, nanotecnologia e geotecnologia aí estão”, afirma Soares e fazer chegar ao campo e ao produtor, os produtos e serviços já disponíveis e os que ainda virão é um desafio a ser realizado por profissionais preparados.
“A conquista de novos mercados passa por vocês, pelo desempenho individual. A Embrapa e outras instituições de ciência e tecnologia disponibiliza as tecnologias e depende de profissionais, como vocês, para transferi-las e isso dependerá de como cada um tomará os próximos dois anos. A oportunidade está dada e o País precisa de vocês”, frisa o diretor-executivo.
Durante o evento, o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Roberto Simões; o presidente da Federação de Mato Grosso, Normando Corral; o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito; a diretora do Centro de Excelência, Andrea Di Francesco; e o chefe-geral interino da Embrapa Gado de Corte, Ronney Mamede estavam entre os presentes.
Mamede lembra que o Centro é resultado de uma sinergia entre as ações desenvolvidas pelas duas instituições, dentro da missão de cada uma. Para ele, “é uma cooperação que integra educação, ciência, tecnologia e trabalho, possibilitando ao aluno o desenvolvimento de suas aptidões para a vida produtiva e social, a fim de que possa oferecer uma importância contribuição à sociedade”.
A última sexta-feira (17) marcou o início das aulas do Curso Técnico em Agropecuária do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) dentro do Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte, instalado em uma área da Embrapa em Campo Grande (MS).
Os 150 alunos terão pela frente uma jornada de dois anos e para a aula inaugural, o diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber de Oliveira Soares, falou sobre o futuro da pecuária nos trópicos, com foco nas oportunidades para os futuros técnicos.
Aproximadamente 2/3 da biodiversidade está concentrada nos trópicos, sendo o Brasil detentor de uma das maiores biodiversidades do mundo. Somado a isso até 2050 será preciso alimentar mais de 2,3 bilhões de pessoas, o que implica em crescer 70% em produtividade e 60% em investimentos na agricultura.
Para encarar tal cenário, Soares conta que a Embrapa disponibilizou o documento Visão 2030 – o futuro da agricultura brasileira, com as principais megatendências para o setor, as quais, por sua vez, estão associadas à agenda de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, constituída por 17 objetivos (ODS), entre eles, erradicação da pobreza, segurança alimentar, educação inclusiva, igualdade de gênero e geração de emprego e renda.
A primeira refere-se a mudanças socioeconômicas e espaciais, com baixa disponibilidade de mão-de-obra, concentração da produção e uso de inteligência territorial. A segunda é a intensificação e sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas. Nesse item, Mato Grosso do Sul destaca-se pela crescente adoção das diferentes modalidades de sistemas integrados, como integração lavoura-pecuária (ILP) ou integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Para a megatendência relativa à mudança do clima haverá um aumento dos eventos externos, com sistemas mais resilientes e políticas públicas nos moldes do Plano ABC. Os riscos na agricultura formam a quarta tendência e inclui além dos fatores climáticos, os econômicos, sociais, geopolíticos, dentre outros, o que exigirá uma gestão integrada de riscos.
O diretor aponta a agregação de valor nas cadeias produtivas agrícolas como a quinta inclinação, com aumento da percepção de valor, certificações, selos e alimentos mais funcionais, fortificados e nutritivos. A agregação impacta na próxima vocação: o protagonismo dos consumidores, influenciadores na produção.
O olhar para o futuro encerra-se com a convergência tecnológica e conhecimento na agricultura. “Biotecnologia, nanotecnologia e geotecnologia aí estão”, afirma Soares e fazer chegar ao campo e ao produtor, os produtos e serviços já disponíveis e os que ainda virão é um desafio a ser realizado por profissionais preparados.
“A conquista de novos mercados passa por vocês, pelo desempenho individual. A Embrapa e outras instituições de ciência e tecnologia disponibiliza as tecnologias e depende de profissionais, como vocês, para transferi-las e isso dependerá de como cada um tomará os próximos dois anos. A oportunidade está dada e o País precisa de vocês”, frisa o diretor-executivo.
Durante o evento, o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Roberto Simões; o presidente da Federação de Mato Grosso, Normando Corral; o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito; a diretora do Centro de Excelência, Andrea Di Francesco; e o chefe-geral interino da Embrapa Gado de Corte, Ronney Mamede estavam entre os presentes.
Mamede lembra que o Centro é resultado de uma sinergia entre as ações desenvolvidas pelas duas instituições, dentro da missão de cada uma. Para ele, “é uma cooperação que integra educação, ciência, tecnologia e trabalho, possibilitando ao aluno o desenvolvimento de suas aptidões para a vida produtiva e social, a fim de que possa oferecer uma importância contribuição à sociedade”.