“Quando você começa a aplicar tecnologia na pecuária, o resultado vem. Tanto que o produtor que eu atendo, que é a unidade demonstrativa, trabalhava só com agricultura. Eu consegui provar pra ele que a pecuária é tão rentável quanto a agricultura; hoje, uma parte da fazenda nós destinamos pra pecuária”. Essa fala é de Valdimilson Rodrigues de Sousa, agrônomo que participa do projeto ABC Corte, que trabalha com transferência de tecnologia em pecuária de corte no Tocantins e no Sul do Pará.
Ele é agrônomo e conduz Unidades de Referência de Tecnológica (URTs) em dois municípios do Sul tocantinense: Figueirópolis e Dueré. Essas unidades são áreas dentro de propriedades rurais atendidas pelo projeto em que os técnicos responsáveis aplicam na prática o que aprendem nos módulos de capacitação. Isso com acompanhamento da Embrapa, instituição que lidera o ABC Corte. A capacitação, considerada a parte teórica do projeto, é continuada; sucessivos módulos são ofertados periodicamente e abordam temas complementares. Dessa maneira, a metodologia mescla teoria e prática.
A propriedade que Valdimilson cita fica em Figueirópolis. Segundo ele, o produtor começou a trabalhar com pecuária em uma área menor e hoje já são 140 hectares rotacionados e um confinamento. Sobre a capacitação do ABC Corte, o técnico aprova: “eu estou gostando muito porque está me confirmando muitas coisas que tinha dúvida. Geralmente, eu crio as dúvidas no campo e aqui é o local de eu tirar minhas dúvidas, ver se realmente estou no rumo certo”. Ele é da Solo Consultoria Agropecuária e foi contratado para o projeto via Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um dos parceiros do ABC Corte. Outra instituição importante para o andamento do projeto é o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), órgão oficial de assistência técnica e extensão rural.
Enquanto alguns produtores já obtêm resultados efetivos da aplicação de tecnologias, outros encontram-se no início. Um deles é Enoch Borges de Oliveira Filho, que tem propriedade em Miracema do Tocantins, região Central do estado. “Estou começando o projeto, ainda não tenho resultados da minha fazenda. Esses encontros técnicos são muito bons, em pelo menos duas vertentes: atualização e encorajamento para também aplicar o que está funcionando para outros. A apresentação de resultados já observados evita cometer erros desnecessários e ir direto no que funciona”, entende.
Nível das discussões – O terceiro módulo de capacitação continuada começou quarta-feira, 15 de agosto, em Palmas e vai até esta sexta-feira, 17. O líder do ABC Corte é o zootecnista Pedro Alcântara, que trabalha com transferência de tecnologia na Embrapa em Palmas. Ele se mostra satisfeito com o andamento do projeto: “a evolução é nítida. No nível das discussões em relação ao nosso primeiro encontro (inclusive, escutei isso das pessoas: a evolução do nível das discussões) e os resultados também”, relata. Sobre a participação, além dos técnicos, também dos produtores, Pedro diz que, “com relação aos produtores, é o primeiro módulo que a gente abre pra participação deles. A gente vê que é uma demanda deles esse conjunto de tecnologias pra intensificação e eles gostaram muito de participar”.
Quem aprovou a capacitação foi Rodrigo Paniago, consultor na Boviplan Consultoria Agropecuária, de Piracicaba-SP. Ele falou aos participantes do ABC Corte sobre viabilidade econômica da produção intensiva a pasto. “Eu me surpreendi positivamente com a qualidade do evento, foi muito gratificante participar do mesmo, pois não é comum, em eventos técnicos sobre pecuária de corte, observar o nível de conhecimento apresentado pelos participantes, muito acima da média do que se vê pelo país afora. Como também não é comum encontrar tanta precisão nas análises de custo, além dos dados de produtividade elevada que foram apresentados pelos técnicos responsáveis pelas URTs”, elogia.
Rodrigo continua, dizendo que “com relação à temática da transferência de tecnologia, no meu entendimento e também dos demais consultores da Boviplan, não há como ter sucesso com eventos pontuais, tais como palestras ou visitas de campo únicas ou anuais; por isso apostamos no processo de transferência continuada de tecnologia. O evento em questão deixou óbvio que este programa de capacitação continuada da Embrapa está ajudando a revolucionar o setor de transferência de tecnologia, gargalo que temos em nosso país”. O consultor entende que “as empresas fornecedoras de insumos e serviços aos pecuaristas deveriam olhar com carinho o Programa ABC Corte, porque é uma ótima oportunidade para uma relação ganha-ganha; ele pode destravar o maior uso de tecnologias por parte do pecuarista, permitindo ao mesmo maior sustentabilidade ao seu negócio”.
Bons resultados que, aos poucos, vão mostrando a viabilidade, inclusive financeira, da pecuária de corte no Tocantins, atividade bastante tradicional, mas que vem nos últimos anos perdendo espaço para a agricultura, notadamente o plantio de soja. O importante é perceber que o estado tem condições de desenvolver seu meio rural, incluindo tanto agricultura como pecuária e passando por diferentes cadeias produtivas.
“Quando você começa a aplicar tecnologia na pecuária, o resultado vem. Tanto que o produtor que eu atendo, que é a unidade demonstrativa, trabalhava só com agricultura. Eu consegui provar pra ele que a pecuária é tão rentável quanto a agricultura; hoje, uma parte da fazenda nós destinamos pra pecuária”. Essa fala é de Valdimilson Rodrigues de Sousa, agrônomo que participa do projeto ABC Corte, que trabalha com transferência de tecnologia em pecuária de corte no Tocantins e no Sul do Pará.
Ele é agrônomo e conduz Unidades de Referência de Tecnológica (URTs) em dois municípios do Sul tocantinense: Figueirópolis e Dueré. Essas unidades são áreas dentro de propriedades rurais atendidas pelo projeto em que os técnicos responsáveis aplicam na prática o que aprendem nos módulos de capacitação. Isso com acompanhamento da Embrapa, instituição que lidera o ABC Corte. A capacitação, considerada a parte teórica do projeto, é continuada; sucessivos módulos são ofertados periodicamente e abordam temas complementares. Dessa maneira, a metodologia mescla teoria e prática.
A propriedade que Valdimilson cita fica em Figueirópolis. Segundo ele, o produtor começou a trabalhar com pecuária em uma área menor e hoje já são 140 hectares rotacionados e um confinamento. Sobre a capacitação do ABC Corte, o técnico aprova: “eu estou gostando muito porque está me confirmando muitas coisas que tinha dúvida. Geralmente, eu crio as dúvidas no campo e aqui é o local de eu tirar minhas dúvidas, ver se realmente estou no rumo certo”. Ele é da Solo Consultoria Agropecuária e foi contratado para o projeto via Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um dos parceiros do ABC Corte. Outra instituição importante para o andamento do projeto é o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), órgão oficial de assistência técnica e extensão rural.
Enquanto alguns produtores já obtêm resultados efetivos da aplicação de tecnologias, outros encontram-se no início. Um deles é Enoch Borges de Oliveira Filho, que tem propriedade em Miracema do Tocantins, região Central do estado. “Estou começando o projeto, ainda não tenho resultados da minha fazenda. Esses encontros técnicos são muito bons, em pelo menos duas vertentes: atualização e encorajamento para também aplicar o que está funcionando para outros. A apresentação de resultados já observados evita cometer erros desnecessários e ir direto no que funciona”, entende.
Nível das discussões – O terceiro módulo de capacitação continuada começou quarta-feira, 15 de agosto, em Palmas e vai até esta sexta-feira, 17. O líder do ABC Corte é o zootecnista Pedro Alcântara, que trabalha com transferência de tecnologia na Embrapa em Palmas. Ele se mostra satisfeito com o andamento do projeto: “a evolução é nítida. No nível das discussões em relação ao nosso primeiro encontro (inclusive, escutei isso das pessoas: a evolução do nível das discussões) e os resultados também”, relata. Sobre a participação, além dos técnicos, também dos produtores, Pedro diz que, “com relação aos produtores, é o primeiro módulo que a gente abre pra participação deles. A gente vê que é uma demanda deles esse conjunto de tecnologias pra intensificação e eles gostaram muito de participar”.
Quem aprovou a capacitação foi Rodrigo Paniago, consultor na Boviplan Consultoria Agropecuária, de Piracicaba-SP. Ele falou aos participantes do ABC Corte sobre viabilidade econômica da produção intensiva a pasto. “Eu me surpreendi positivamente com a qualidade do evento, foi muito gratificante participar do mesmo, pois não é comum, em eventos técnicos sobre pecuária de corte, observar o nível de conhecimento apresentado pelos participantes, muito acima da média do que se vê pelo país afora. Como também não é comum encontrar tanta precisão nas análises de custo, além dos dados de produtividade elevada que foram apresentados pelos técnicos responsáveis pelas URTs”, elogia.
Rodrigo continua, dizendo que “com relação à temática da transferência de tecnologia, no meu entendimento e também dos demais consultores da Boviplan, não há como ter sucesso com eventos pontuais, tais como palestras ou visitas de campo únicas ou anuais; por isso apostamos no processo de transferência continuada de tecnologia. O evento em questão deixou óbvio que este programa de capacitação continuada da Embrapa está ajudando a revolucionar o setor de transferência de tecnologia, gargalo que temos em nosso país”. O consultor entende que “as empresas fornecedoras de insumos e serviços aos pecuaristas deveriam olhar com carinho o Programa ABC Corte, porque é uma ótima oportunidade para uma relação ganha-ganha; ele pode destravar o maior uso de tecnologias por parte do pecuarista, permitindo ao mesmo maior sustentabilidade ao seu negócio”.
Bons resultados que, aos poucos, vão mostrando a viabilidade, inclusive financeira, da pecuária de corte no Tocantins, atividade bastante tradicional, mas que vem nos últimos anos perdendo espaço para a agricultura, notadamente o plantio de soja. O importante é perceber que o estado tem condições de desenvolver seu meio rural, incluindo tanto agricultura como pecuária e passando por diferentes cadeias produtivas.