Empreendedores de 40 nacionalidades que participam, no Rio de Janeiro, da 1ª edição brasileira do “MIT Innovation and Entrepreneurship Bootcamp”, um programa do Massachusetts Institute of Technology (EUA) para inovadores e empreendedores, assistiram palestra do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, na segunda-feira, dia 30. Na ocasião, ele falou sobre o papel da inovação e do empreendedorismo na pesquisa agropecuária, na economia e no desenvolvimento do Brasil, destacando a influência desses fatores no aumento da produção de alimentos nos trópicos.
O líder do Bootcamp no Brasil, Luciano da Silveira Araujo, destacou que a Embrapa está conectada com a implementação de novas tecnologias de alto nível, sendo referência em termos de importância e qualidade. “É uma honra poder trazer para os participantes esse nível de riqueza de informações, com dados extremamente consistentes de pesquisas que são feitas há 45 anos pela Embrapa”, afirmou.
Segundo o presidente da Embrapa, por ser uma organização símbolo da inovação e do empreendorismo, o MIT, ao circular o mundo com esse conceito do “MIT Bootcamp”, dissemina a cultura empreendedora para países em desenvolvimento e para os jovens. Ele acrescenta que é importante a participação da Embrapa nesse movimento, por ser uma empresa geradora de conhecimento qualificado e que pode ser incorporado por esses jovens que estão usando ferramentas novas da transformação digital, “da internet das coisas”, da robótica e inteligência artificial para dar uma vestimenta diferenciada ao conhecimento que é gerado nos institutos de pesquisa e nas universidades.
“Participar desse evento expõe todo o potencial, as conquistas e a excelência da nossa empresa a um conjunto muito amplo de jovens empreendedores criativos. Tivemos a oportunidade de falar com representantes de 40 países que, eu creio, ficaram bastante entusiasmados e surpresos ao conhecer tudo que o Brasil fez nos últimos 40, 50 anos”, destacou Lopes.
Um exemplo é o do palestino Najeeb Aqel, estudante de engenharia da computação na Najah University, em Nablus, Palestina. “ Fiquei realmente surpreso, na verdade chocado, com a informação de que 45% do café arábica produzido no mundo é do Brasil e que o país é um dos maiores exportadores de produtos agrícolas ”, disse.
Na apresentação, o presidente da Embrapa mostrou a evolução da agricultura no Brasil, desde os anos de 1970, quando ainda não tinha alcançado a segurança alimentar, e as decisões importantes que foram tomadas para fortalecer o sistema de educação, de pesquisa e inovação, que propiciou aos agricultores a oportunidade de usar os conhecimentos em tecnologia para expandir a agricultura, em especial na zona tropical do país, de forma rápida e eficiente.
“Isso trouxe o Brasil para uma condição de segurança alimentar e, mais que isso, de grande exportador e produtor de alimentos no mundo. Julguei importante mostrar essa experiência brasileira, que é única, a esses jovens que estão pensando em inovação e em empreendedorismo. Nenhum país do mundo foi capaz de realizar, num espaço de tempo tão curto e com tanta eficiência, o que o Brasil realizou nos últimos 40,50 anos”, destacou.
Outro ponto abordado na palestra foi o desafio de o Brasil caminhar de forma mais rápida e determinada em direção à sustentabilidade, levando em consideração que muitos processos usados na agricultura são criticados, como é o caso da emissão de gás metano por bovinos, questões relacionadas ao uso de agroquímicos e as mudanças nas percepções e nos desejos dos consumidores.
Segundo o presidente da Embrapa, a sociedade está cada vez mais urbana, com maior poder aquisitivo e exigente, sendo necessário pensar numa agricultura que avance de forma mais rápida e determinada em direção à sustentabilidade. Levando isso em consideração, ele falou também na palestra sobre duas iniciativas do Brasil neste sentido: o Código Florestal Brasileiro e a agricultura de baixo carbono, totalmente baseada em tecnologia desenvolvida pela Embrapa, que facilita a disseminação de práticas como o plantio direto, a Integração Lavoura-Pecuária, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e a produção carbono neutro, como a Carne Carbono Neutro.
“O Brasil está dando passos muito determinados para alinhar a nossa agricultura à agenda 2030 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Além disso, visando conectar a agricultura brasileira a essa nova economia que está emergindo no mundo, que é a bioeconomia, de baixa emissão de carbono e de baixo impacto, que usa os recursos naturais de forma inteligente e cuidadosa”, explicou Maurício Lopes, acrescentando que “isso mostra que o Brasil, muitas vezes visto de forma negativa lá fora, está buscando tantas inovações para fortalecer a sustentabilidade dos sistemas produtivos, dialogando com aquilo que a sociedade atual quer e que certamente a sociedade do futuro vai exigir de maneira ainda mais contundente”.
Bootcamp Trecks
Está em negociação com a Embrapa a realização de um MIT Bootcamp Trecks, visando três dias de imersão sobre a agricultura do Brasil, com foco na sustentabilidade, usando a estrutura física da Embrapa, em Brasília, para mergulhar os participantes do mundo inteiro no assunto, antes de irem para o Bootcamp. “É só uma questão de definição de data. Acho que vamos aprender muito. É uma integração de equipes com muita coisa para ser desenvolvida em conjunto, é o nosso objetivo”, finalizou Luciano Araujo.
Sobre o Bootcamp
O Bootcamp do Rio de Janeiro começou no dia 28 de julho e vai até 3 de agosto, no Istituto Europeo di Design (antigo Cassino da Urca), período no qual os 124 “bootcamps” participam de um programa intenso para aprender como construir empreendimentos voltados à inovação e que resolvam desafios globais. O MIT Bootcamp é um programa que acontece em diversas partes do mundo com talentos das mais diversas origens e idades que buscam impactar positivamente a sociedade usando tecnologia, ciência, arte e negócios para trazer soluções reais para o mundo real.
Empreendedores de 40 nacionalidades que participam, no Rio de Janeiro, da 1ª edição brasileira do “MIT Innovation and Entrepreneurship Bootcamp”, um programa do Massachusetts Institute of Technology (EUA) para inovadores e empreendedores, assistiram palestra do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, na segunda-feira, dia 30. Na ocasião, ele falou sobre o papel da inovação e do empreendedorismo na pesquisa agropecuária, na economia e no desenvolvimento do Brasil, destacando a influência desses fatores no aumento da produção de alimentos nos trópicos.
O líder do Bootcamp no Brasil, Luciano da Silveira Araujo, destacou que a Embrapa está conectada com a implementação de novas tecnologias de alto nível, sendo referência em termos de importância e qualidade. “É uma honra poder trazer para os participantes esse nível de riqueza de informações, com dados extremamente consistentes de pesquisas que são feitas há 45 anos pela Embrapa”, afirmou.
Segundo o presidente da Embrapa, por ser uma organização símbolo da inovação e do empreendorismo, o MIT, ao circular o mundo com esse conceito do “MIT Bootcamp”, dissemina a cultura empreendedora para países em desenvolvimento e para os jovens. Ele acrescenta que é importante a participação da Embrapa nesse movimento, por ser uma empresa geradora de conhecimento qualificado e que pode ser incorporado por esses jovens que estão usando ferramentas novas da transformação digital, “da internet das coisas”, da robótica e inteligência artificial para dar uma vestimenta diferenciada ao conhecimento que é gerado nos institutos de pesquisa e nas universidades.
“Participar desse evento expõe todo o potencial, as conquistas e a excelência da nossa empresa a um conjunto muito amplo de jovens empreendedores criativos. Tivemos a oportunidade de falar com representantes de 40 países que, eu creio, ficaram bastante entusiasmados e surpresos ao conhecer tudo que o Brasil fez nos últimos 40, 50 anos”, destacou Lopes.
Um exemplo é o do palestino Najeeb Aqel, estudante de engenharia da computação na Najah University, em Nablus, Palestina. “ Fiquei realmente surpreso, na verdade chocado, com a informação de que 45% do café arábica produzido no mundo é do Brasil e que o país é um dos maiores exportadores de produtos agrícolas ”, disse.
Na apresentação, o presidente da Embrapa mostrou a evolução da agricultura no Brasil, desde os anos de 1970, quando ainda não tinha alcançado a segurança alimentar, e as decisões importantes que foram tomadas para fortalecer o sistema de educação, de pesquisa e inovação, que propiciou aos agricultores a oportunidade de usar os conhecimentos em tecnologia para expandir a agricultura, em especial na zona tropical do país, de forma rápida e eficiente.
“Isso trouxe o Brasil para uma condição de segurança alimentar e, mais que isso, de grande exportador e produtor de alimentos no mundo. Julguei importante mostrar essa experiência brasileira, que é única, a esses jovens que estão pensando em inovação e em empreendedorismo. Nenhum país do mundo foi capaz de realizar, num espaço de tempo tão curto e com tanta eficiência, o que o Brasil realizou nos últimos 40,50 anos”, destacou.
Outro ponto abordado na palestra foi o desafio de o Brasil caminhar de forma mais rápida e determinada em direção à sustentabilidade, levando em consideração que muitos processos usados na agricultura são criticados, como é o caso da emissão de gás metano por bovinos, questões relacionadas ao uso de agroquímicos e as mudanças nas percepções e nos desejos dos consumidores.
Segundo o presidente da Embrapa, a sociedade está cada vez mais urbana, com maior poder aquisitivo e exigente, sendo necessário pensar numa agricultura que avance de forma mais rápida e determinada em direção à sustentabilidade. Levando isso em consideração, ele falou também na palestra sobre duas iniciativas do Brasil neste sentido: o Código Florestal Brasileiro e a agricultura de baixo carbono, totalmente baseada em tecnologia desenvolvida pela Embrapa, que facilita a disseminação de práticas como o plantio direto, a Integração Lavoura-Pecuária, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e a produção carbono neutro, como a Carne Carbono Neutro.
“O Brasil está dando passos muito determinados para alinhar a nossa agricultura à agenda 2030 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Além disso, visando conectar a agricultura brasileira a essa nova economia que está emergindo no mundo, que é a bioeconomia, de baixa emissão de carbono e de baixo impacto, que usa os recursos naturais de forma inteligente e cuidadosa”, explicou Maurício Lopes, acrescentando que “isso mostra que o Brasil, muitas vezes visto de forma negativa lá fora, está buscando tantas inovações para fortalecer a sustentabilidade dos sistemas produtivos, dialogando com aquilo que a sociedade atual quer e que certamente a sociedade do futuro vai exigir de maneira ainda mais contundente”.
Bootcamp Trecks
Está em negociação com a Embrapa a realização de um MIT Bootcamp Trecks, visando três dias de imersão sobre a agricultura do Brasil, com foco na sustentabilidade, usando a estrutura física da Embrapa, em Brasília, para mergulhar os participantes do mundo inteiro no assunto, antes de irem para o Bootcamp. “É só uma questão de definição de data. Acho que vamos aprender muito. É uma integração de equipes com muita coisa para ser desenvolvida em conjunto, é o nosso objetivo”, finalizou Luciano Araujo.
Sobre o Bootcamp
O Bootcamp do Rio de Janeiro começou no dia 28 de julho e vai até 3 de agosto, no Istituto Europeo di Design (antigo Cassino da Urca), período no qual os 124 “bootcamps” participam de um programa intenso para aprender como construir empreendimentos voltados à inovação e que resolvam desafios globais. O MIT Bootcamp é um programa que acontece em diversas partes do mundo com talentos das mais diversas origens e idades que buscam impactar positivamente a sociedade usando tecnologia, ciência, arte e negócios para trazer soluções reais para o mundo real.