Cereal destinado para ração é oportunidade de negócio no Rio Grande do Sul
Direcionar a produção do trigo para atender as exigências do consumidor e da indústria, visando ainda o mercado internacional, foram alguns dos aspectos abordados pelos palestrantes durante o painel ‘Estratégias e oportunidades para o trigo brasileiro’, realizado na tarde desta terça-feira (03/07), durante a 12ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale que está acontecendo no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo, em Passo Fundo/RS, até quinta-feira (05/07). A parte agronômica, industrial e econômica foram posicionadas por representantes do setor.
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Paulo Pires, destacou que o Rio Grande do Sul, ao contrário dos demais estados do País, é exportador de trigo. “Em períodos de boa safra, temos excedente e este acaba se tornando um sério problema de liquidez. Estimamos produzir 2,5 milhões de toneladas (t) nesta safra e nosso consumo é de 1,2 milhões de t. Assim, nosso desafio é fazer com o trigo o que os outros estados fizeram com o milho, uma segunda safra com complemento de renda. Por conta disso, estamos trabalhando com a Embrapa uma forma de produzir trigo – sem prejudicar a produção da matéria-prima para os moinhos – mas com fomento para o mercado externo. “O Rio Grande do Sul começa a discutir a diversificação da produção de trigo. É um meio de incentivar o aumento da área cultivada”, explica Pires.
O Rio Grande do Sul deve cultivar em torno de 670 mil hectares de trigo nesta safra e o Brasil abaixo de 2 milhões de hectares, sendo que já plantou acima de 2,3 milhões de ha. As expectativas e os caminhos que permitem a ampliação de área cultivada no Brasil foram apresentadas na palestra de Índio Brasil da Silva dos Santos, da Solo Corretora. Ele defende alternativas à liquidez do produtor, como por exemplo, a indústria de ração como uma oportunidade para o trigo gaúcho.
A modernização da indústria, preparada para receber o trigo com novas genéticas de acordo com as exigencias do consumidor foram apresentadas pelo presidente do Sindicato das Indústrias do Trigo no Estado do Paraná (Sinditrigo), Daniel Kümme, também conselheiro da Abitrigo. Segundo o palestrante, com a evolução do trigo, há uma melhora na qualidade de farinha, vindo ao encontro das necessidades do consumidor, como marcas diferentes, oportundiades de compra variadas, com diversidade de produtos e trigos de qualidades específicas de acordo com cada finalidade. “Ainda precisamos estruturar a qualidade, mas estamos no caminho. Cada região tem diferentes tipos de trigos. Isso é um desafio para a indústria”, pontua, ressaltando ainda que as normativas de agrotóxicos, micotoxinas e rotulagens são bastante exigentes para indústria e merecem maior atenção do produtor.
O pesquisador da Embrapa Trigo João Leonardo Fernandes Pires destacou as necessidades nos sistemas de produção, onde o trigo e outros cereais desempenham papel importante. “Temos diferentes tipos de trigo, desde melhorador, tipo pão, biscoito e outros capazes de atender diferentes mercados. Um cenário que pode ser interessante são os trigos de duplo propósito, que atendem tanto a lavoura quanto a pecuária, produzindo silagem, pastejo e grãos. Mas qualquer que seja o foco da produção é preciso mais especialização, atendendo os padrões estabelecidos em cada setor”, declara.
Cereal destinado para ração é oportunidade de negócio no Rio Grande do Sul
Direcionar a produção do trigo para atender as exigências do consumidor e da indústria, visando ainda o mercado internacional, foram alguns dos aspectos abordados pelos palestrantes durante o painel ‘Estratégias e oportunidades para o trigo brasileiro’, realizado na tarde desta terça-feira (03/07), durante a 12ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale que está acontecendo no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo, em Passo Fundo/RS, até quinta-feira (05/07). A parte agronômica, industrial e econômica foram posicionadas por representantes do setor.
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Paulo Pires, destacou que o Rio Grande do Sul, ao contrário dos demais estados do País, é exportador de trigo. “Em períodos de boa safra, temos excedente e este acaba se tornando um sério problema de liquidez. Estimamos produzir 2,5 milhões de toneladas (t) nesta safra e nosso consumo é de 1,2 milhões de t. Assim, nosso desafio é fazer com o trigo o que os outros estados fizeram com o milho, uma segunda safra com complemento de renda. Por conta disso, estamos trabalhando com a Embrapa uma forma de produzir trigo – sem prejudicar a produção da matéria-prima para os moinhos – mas com fomento para o mercado externo. “O Rio Grande do Sul começa a discutir a diversificação da produção de trigo. É um meio de incentivar o aumento da área cultivada”, explica Pires.
O Rio Grande do Sul deve cultivar em torno de 670 mil hectares de trigo nesta safra e o Brasil abaixo de 2 milhões de hectares, sendo que já plantou acima de 2,3 milhões de ha. As expectativas e os caminhos que permitem a ampliação de área cultivada no Brasil foram apresentadas na palestra de Índio Brasil da Silva dos Santos, da Solo Corretora. Ele defende alternativas à liquidez do produtor, como por exemplo, a indústria de ração como uma oportunidade para o trigo gaúcho.
A modernização da indústria, preparada para receber o trigo com novas genéticas de acordo com as exigencias do consumidor foram apresentadas pelo presidente do Sindicato das Indústrias do Trigo no Estado do Paraná (Sinditrigo), Daniel Kümme, também conselheiro da Abitrigo. Segundo o palestrante, com a evolução do trigo, há uma melhora na qualidade de farinha, vindo ao encontro das necessidades do consumidor, como marcas diferentes, oportundiades de compra variadas, com diversidade de produtos e trigos de qualidades específicas de acordo com cada finalidade. “Ainda precisamos estruturar a qualidade, mas estamos no caminho. Cada região tem diferentes tipos de trigos. Isso é um desafio para a indústria”, pontua, ressaltando ainda que as normativas de agrotóxicos, micotoxinas e rotulagens são bastante exigentes para indústria e merecem maior atenção do produtor.
O pesquisador da Embrapa Trigo João Leonardo Fernandes Pires destacou as necessidades nos sistemas de produção, onde o trigo e outros cereais desempenham papel importante. “Temos diferentes tipos de trigo, desde melhorador, tipo pão, biscoito e outros capazes de atender diferentes mercados. Um cenário que pode ser interessante são os trigos de duplo propósito, que atendem tanto a lavoura quanto a pecuária, produzindo silagem, pastejo e grãos. Mas qualquer que seja o foco da produção é preciso mais especialização, atendendo os padrões estabelecidos em cada setor”, declara.