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Projeto Biomas mostra tecnologias para adequação ambiental no Cerrado

A Embrapa e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentaram estratégias de restauração de Áreas de Reserva Legal (ARL) e de Áreas de Preservação Permanente (APP) no Cerrado em dia de campo do Projeto Biomas. O evento, realizado na Fazenda Entre Rios, na região do PAD-DF, no Distrito Federal no dia 29 de junho, contou com a participação de produtores, gestores públicos e profissionais de instituições ligadas à agricultura, ao meio ambiente e à extensão rural.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados (DF), José Felipe Ribeiro, coordenador regional do projeto, é fundamental difundir os resultados gerados a gestores responsáveis por programas de regularização ambiental e assistência técnica rural no DF. “Não basta o conhecimento científico. É preciso criar estratégias que propiciem serviço ambiental com retorno econômico para o produtor. Para isso, o técnico que trabalha direto com o homem do campo deve conhecer alternativas tecnológicas que melhor se adaptem a sua realidade no momento da regularização ambiental”, explicou. 

Os Sistemas Agroflorestais (SAFs), com um arranjo que associa espécies nativas do Cerrado (pequi, mangaba e baru) ao plantio de eucaliptos, estão entre as tecnologias recomendadas ao produtor. Para o presidente da Emater-DF, Roberto Carneiro, o projeto apresenta uma diversidade de modelos de recuperação de áreas com a perspectiva de conservação ambiental e melhoria de renda para o produtor, que pode ser aplicada em grandes, médias e pequenas propriedades rurais. “É uma parceria fundamental para o setor da extensão rural. Existem muitas áreas com passivos ambientais no DF e o produtor tem consciência de que precisa recuperá-las, mas de uma forma que caiba no bolso. O projeto demonstra que isso pode ser possível”, enfatizou.

Cláudia Rabello, coordenadora executiva do projeto no âmbito nacional, destacou que um dos propósitos do Bioma é contribuir para a aplicação da legislação ambiental brasileira, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que no momento em que o produtor se inscreve já identifica o passivo ambiental a ser recuperado na propriedade. “Aqui nesta área experimental foram testadas várias estratégias de recuperação e restauração, desde as mais tradicionais, que exigem maior investimento, até as menos onerosas, que possibilitam a regularização dos produtores perante o Código Florestal e, ainda, obtenham retorno econômico”, explicou.

José Felipe Ribeiro acrescentou que o desafio do projeto não é apenas produzir informação, mas fazer que ela chegue mais rápido aos técnicos da extensão rural e aos produtores que precisam realizar a adequação ambiental das propriedades. Nesse sentido, o WebAmbiente, sistema de informação interativo, disponível na internet, facilita a busca de informações sobre soluções tecnológicas para uso, recuperação e restauração de ambientes em ARL e APP nos seis biomas nacionais.

Desenvolvido pela Embrapa, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas instituições, o WebAmbiente contempla o maior banco de dados brasileiro sobre espécies vegetais nativas, além de estratégias para recomposição do ambiente, possibilitando simulações que auxiliam o produtor a tomar decisões no processo de adequação ambiental da paisagem rural.

Monitoramento com drones

Uma nova tecnologia com capacidade de coletar dados e imagens de alta resolução vai contribuir para a geração de dados mais precisos sobre os experimentos do projeto. O pesquisador da Embrapa Acre (Rio Branco, AC), Marcus Vinício d´Oliveira, realizou um sobrevoo nos 70 hectares da área reservada aos experimentos do projeto, com um Veículo Aéreo Não Tripulado (os Vant’s, popularmente conhecidos como drones). O objetivo do voo foi mapear os experimentos e avaliar o desempenho dos sistemas implantados por meio da medição da cobertura de copas e a estimativa dos estoques de biomassa da vegetação. Os dados coletados pela câmera embarcada no drone vão apontar como a recuperação da área está se desenvolvendo. 

A reintrodução da árvore na propriedade rural, com foco em ARL, Áreas de Sistema Produtivo (ASP) e Recuperação de Áreas Degradadas (RAD), é a principal meta do Projeto Biomas no Cerrado. Para desenvolver as atividades, o projeto conta com uma rede de profissionais que envolve pesquisadores da Embrapa, Universidade de Brasília, Universidade Estadual de Goiás, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (campus Dourados), Emater-GO, Emater-DF e Instituto Federal Goiano.

O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.

Saiba mais sobre o projeto Bioma Cerrado em: www.projetobiomas.com.br.

Texto: Mauricilia da Silva / Embrapa Acre

A Embrapa e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentaram estratégias de restauração de Áreas de Reserva Legal (ARL) e de Áreas de Preservação Permanente (APP) no Cerrado em dia de campo do Projeto Biomas. O evento, realizado na Fazenda Entre Rios, na região do PAD-DF, no Distrito Federal no dia 29 de junho, contou com a participação de produtores, gestores públicos e profissionais de instituições ligadas à agricultura, ao meio ambiente e à extensão rural.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados (DF), José Felipe Ribeiro, coordenador regional do projeto, é fundamental difundir os resultados gerados a gestores responsáveis por programas de regularização ambiental e assistência técnica rural no DF. “Não basta o conhecimento científico. É preciso criar estratégias que propiciem serviço ambiental com retorno econômico para o produtor. Para isso, o técnico que trabalha direto com o homem do campo deve conhecer alternativas tecnológicas que melhor se adaptem a sua realidade no momento da regularização ambiental”, explicou. 

Os Sistemas Agroflorestais (SAFs), com um arranjo que associa espécies nativas do Cerrado (pequi, mangaba e baru) ao plantio de eucaliptos, estão entre as tecnologias recomendadas ao produtor. Para o presidente da Emater-DF, Roberto Carneiro, o projeto apresenta uma diversidade de modelos de recuperação de áreas com a perspectiva de conservação ambiental e melhoria de renda para o produtor, que pode ser aplicada em grandes, médias e pequenas propriedades rurais. “É uma parceria fundamental para o setor da extensão rural. Existem muitas áreas com passivos ambientais no DF e o produtor tem consciência de que precisa recuperá-las, mas de uma forma que caiba no bolso. O projeto demonstra que isso pode ser possível”, enfatizou.

Cláudia Rabello, coordenadora executiva do projeto no âmbito nacional, destacou que um dos propósitos do Bioma é contribuir para a aplicação da legislação ambiental brasileira, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que no momento em que o produtor se inscreve já identifica o passivo ambiental a ser recuperado na propriedade. “Aqui nesta área experimental foram testadas várias estratégias de recuperação e restauração, desde as mais tradicionais, que exigem maior investimento, até as menos onerosas, que possibilitam a regularização dos produtores perante o Código Florestal e, ainda, obtenham retorno econômico”, explicou.

José Felipe Ribeiro acrescentou que o desafio do projeto não é apenas produzir informação, mas fazer que ela chegue mais rápido aos técnicos da extensão rural e aos produtores que precisam realizar a adequação ambiental das propriedades. Nesse sentido, o WebAmbiente, sistema de informação interativo, disponível na internet, facilita a busca de informações sobre soluções tecnológicas para uso, recuperação e restauração de ambientes em ARL e APP nos seis biomas nacionais.

Desenvolvido pela Embrapa, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas instituições, o WebAmbiente contempla o maior banco de dados brasileiro sobre espécies vegetais nativas, além de estratégias para recomposição do ambiente, possibilitando simulações que auxiliam o produtor a tomar decisões no processo de adequação ambiental da paisagem rural.

Monitoramento com drones

Uma nova tecnologia com capacidade de coletar dados e imagens de alta resolução vai contribuir para a geração de dados mais precisos sobre os experimentos do projeto. O pesquisador da Embrapa Acre (Rio Branco, AC), Marcus Vinício d´Oliveira, realizou um sobrevoo nos 70 hectares da área reservada aos experimentos do projeto, com um Veículo Aéreo Não Tripulado (os Vant’s, popularmente conhecidos como drones). O objetivo do voo foi mapear os experimentos e avaliar o desempenho dos sistemas implantados por meio da medição da cobertura de copas e a estimativa dos estoques de biomassa da vegetação. Os dados coletados pela câmera embarcada no drone vão apontar como a recuperação da área está se desenvolvendo. 

A reintrodução da árvore na propriedade rural, com foco em ARL, Áreas de Sistema Produtivo (ASP) e Recuperação de Áreas Degradadas (RAD), é a principal meta do Projeto Biomas no Cerrado. Para desenvolver as atividades, o projeto conta com uma rede de profissionais que envolve pesquisadores da Embrapa, Universidade de Brasília, Universidade Estadual de Goiás, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (campus Dourados), Emater-GO, Emater-DF e Instituto Federal Goiano.

O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.

Saiba mais sobre o projeto Bioma Cerrado em: www.projetobiomas.com.br.

Texto: Mauricilia da Silva / Embrapa Acre

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