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Artigo – Alianças para a implementação da Agenda 2030

Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, Secretário de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa
Luis Tadeu Assad, Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade

De 27 e 29 de junho, na Espanha, ocorreu a Conferência Iberoamericana sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre as paredes medievais da secular Universidade de Salamanca, que sediou o evento como parte das comemorações de seus 800 anos, especialistas em mudança do clima, meio ambiente, inovação, energia, economia circular, cultura e alianças estratégicas, entre outras áreas do conhecimento, discutiram formas de implantar a mais ambiciosa e completa agenda de desenvolvimento sustentável já produzida pela humanidade. Olhando para um passado de oito  séculos, discutiu-se o que fazer para avançar com sustentabilidade nas próximas duas décadas.

Os 17 ODS e suas 169 metas associadas lideradas pela ONU são ambiciosos, mas constituem a única maneira de construírmos um mundo possível, desejável e sustentável em 2030. Esse mundo ainda não existe, mas um grande passo foi dado na reunião: a Declaración de Salamanca, documento fundamental para essa transformação. Trata-se de um convite aberto a todos, organizações e indivíduos, de todos os países, idades e condições, para aceitar uma série de princípios gerais e forjar compromissos para o avanço do desenvolvimento sustentável.

Um diferencial marcante da Agenda 2030 é que não é possível avançar parcialmente. Temos que pensar todos os objetivos de forma integrada. Outro importante princípio que está sendo criado é o do “não deixar ninguém para trás”. E, para isso, as pessoas e instituições precisarão aprender a viver e trabalhar de uma nova maneira.

Não há mais espaço para palcos individuais. O mundo será feito de parcerias e alianças. Por isso, este texto – e a as discussões da conferência –  têm por objetivo destacar o ODS 17, que trata de parceria e tem a missão de “fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”.

As alianças têm sido definidas como “o coração” da agenda 2030, o mecanismo mais efetivo para fazer frente aos desafios dos ODS. Porém, muitas organizações ainda não estão atuando para se adaptarem a esse mecanismo. O business as usual e as estruturas do passado não parecem preparadas para essa nova era de colaboração e cocriação.

A transformação sustentável não pode esperar, e o trabalho colaborativo em alianças permite identificar limitações e oportunidades, fomentando a criatividade e permitindo imaginar possibilidades e cenários novos. Necessitamos promover, humildemente, trocas, acordos e visões transversais que se construam sobre a base da confiança mútua, um marco das Alianças multifatores, multiatores e multiculturais.

Um grande desafio das próximas décadas será produzir alimentos para uma população crescente e em um mundo cada vez mais exigente. Novos padrões de consumo estão surgindo, e países como China e Índia passarão a um novo patamar econômico. Estima-se que em 2050, esses dois países tenham 4 bilhões de pessoas e 80 trilhões de dólares em PIB. Além disso,  cada vez mais pessoas estarão vivendo nas cidades. Ou seja, mais gente com maior poder de compra e hábitos alimentares mais exigentes. Para suprir essas necessidades, precisaremos de um meio rural sustentável, que adote conhecimento, conectividade, tecnologia e inovação. E isso só é possível com alianças.

Tendo isso em vista, o governo brasileiro estabeleceu uma parceria, por meio do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o Governo Britânico (DEFRA), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), setor privado (Associação Rede ILPF) e terceiro setor (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade – IABS) para promover a agricultura de baixo carbono e o desenvolvimento sustentável no meio rural. O objetivo é mitigar emissões de gases de efeito estufa e reduzir a pobreza no campo.

Conforme argumenta o presidente de uma das empresas da Associação Rede ILPF, “nossa aliança permite que pessoas de bem, em instituições de bem, promovam o bem”.

Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, Secretário de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa
Luis Tadeu Assad, Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade

De 27 e 29 de junho, na Espanha, ocorreu a Conferência Iberoamericana sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre as paredes medievais da secular Universidade de Salamanca, que sediou o evento como parte das comemorações de seus 800 anos, especialistas em mudança do clima, meio ambiente, inovação, energia, economia circular, cultura e alianças estratégicas, entre outras áreas do conhecimento, discutiram formas de implantar a mais ambiciosa e completa agenda de desenvolvimento sustentável já produzida pela humanidade. Olhando para um passado de oito  séculos, discutiu-se o que fazer para avançar com sustentabilidade nas próximas duas décadas.

Os 17 ODS e suas 169 metas associadas lideradas pela ONU são ambiciosos, mas constituem a única maneira de construírmos um mundo possível, desejável e sustentável em 2030. Esse mundo ainda não existe, mas um grande passo foi dado na reunião: a Declaración de Salamanca, documento fundamental para essa transformação. Trata-se de um convite aberto a todos, organizações e indivíduos, de todos os países, idades e condições, para aceitar uma série de princípios gerais e forjar compromissos para o avanço do desenvolvimento sustentável.

Um diferencial marcante da Agenda 2030 é que não é possível avançar parcialmente. Temos que pensar todos os objetivos de forma integrada. Outro importante princípio que está sendo criado é o do “não deixar ninguém para trás”. E, para isso, as pessoas e instituições precisarão aprender a viver e trabalhar de uma nova maneira.

Não há mais espaço para palcos individuais. O mundo será feito de parcerias e alianças. Por isso, este texto – e a as discussões da conferência –  têm por objetivo destacar o ODS 17, que trata de parceria e tem a missão de “fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”.

As alianças têm sido definidas como “o coração” da agenda 2030, o mecanismo mais efetivo para fazer frente aos desafios dos ODS. Porém, muitas organizações ainda não estão atuando para se adaptarem a esse mecanismo. O business as usual e as estruturas do passado não parecem preparadas para essa nova era de colaboração e cocriação.

A transformação sustentável não pode esperar, e o trabalho colaborativo em alianças permite identificar limitações e oportunidades, fomentando a criatividade e permitindo imaginar possibilidades e cenários novos. Necessitamos promover, humildemente, trocas, acordos e visões transversais que se construam sobre a base da confiança mútua, um marco das Alianças multifatores, multiatores e multiculturais.

Um grande desafio das próximas décadas será produzir alimentos para uma população crescente e em um mundo cada vez mais exigente. Novos padrões de consumo estão surgindo, e países como China e Índia passarão a um novo patamar econômico. Estima-se que em 2050, esses dois países tenham 4 bilhões de pessoas e 80 trilhões de dólares em PIB. Além disso,  cada vez mais pessoas estarão vivendo nas cidades. Ou seja, mais gente com maior poder de compra e hábitos alimentares mais exigentes. Para suprir essas necessidades, precisaremos de um meio rural sustentável, que adote conhecimento, conectividade, tecnologia e inovação. E isso só é possível com alianças.

Tendo isso em vista, o governo brasileiro estabeleceu uma parceria, por meio do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o Governo Britânico (DEFRA), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), setor privado (Associação Rede ILPF) e terceiro setor (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade – IABS) para promover a agricultura de baixo carbono e o desenvolvimento sustentável no meio rural. O objetivo é mitigar emissões de gases de efeito estufa e reduzir a pobreza no campo.

Conforme argumenta o presidente de uma das empresas da Associação Rede ILPF, “nossa aliança permite que pessoas de bem, em instituições de bem, promovam o bem”.

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