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Cooperação com prefeituras viabiliza zoneamento agrícola de municípios acreanos

A união de esforços da Embrapa e prefeituras do Acre tem viabilizado o acesso a conhecimentos tecnológicos para fortalecimento da agricultura e gestão do uso da terra nos municípios. Para continuidade desse trabalho em Cruzeiro do Sul, na região do Juruá, a instituição firmou novo Acordo de Cooperação Técnica com a prefeitura, no dia 13 de junho, com vigência para três anos. A renovação da parceria permitirá concluir o zoneamento agrícola do município e executar uma agenda de capacitação para adoção de tecnologias para a agricultura conservacionista.

A cooperação com a prefeitura de Cruzeiro do Sul teve início em 2014, com foco no desenvolvimento da fruticultura local, para contribuir com novas alternativas de renda e segurança alimentar na agricultura familiar. Em 2017, um termo aditivo com vigência para 12 meses agregou a execução do zoneamento agrícola do município. O atual Plano de Trabalho manteve o enfoque inicial das ações e incluiu novas atividades para melhoria da produção.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Acre, Eufran Amaral, o trabalho conjunto com gestores municipais é essencial para desenvolver potencialidades produtivas, tornar a gestão do território mais eficiente e criar novas alternativas de renda. Pensando nisso, com o apoio da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), a parceria será ampliada para outras localidades do estado.

“O objetivo é contemplar o maior número possível de municípios, inclusive aqueles de difícil acesso e localizados em área de fronteira, com ações de transferência de tecnologias e geração de conhecimentos em gestão territorial integradas ao Zoneamento Ecológico Econômico e ao Programa Nacional de Solos do Brasil, como estratégia para vencer desafios comuns. Até o final de 2018 a cooperação será formalizada com as prefeituras de Marechal Thaumaturgo e Assis Brasil”, afirma.

Estratégia de atuação

Para o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, a parceria com instituições de pesquisa tem sido fundamental para o atendimento de demandas técnicas em cadeias produtivas importantes para a economia do município. “Essa é uma forma eficiente de potencializar esforços para desenvolver a agricultura do município, qualificar a produção e gerar mais renda para as famílias”.

A parceria, conforme explica Amaral, não envolve repasse direto de recursos financeiros entre as partes, requer estratégia de atuação bem definida e gera ganhos múltiplos. A Embrapa fornece o conhecimento técnico, por meio de pesquisadores e técnicos especialistas nas temáticas contempladas, e a infraestrutura necessária para o trabalho (veículos, barcos e a base física da empresa no município), enquanto a prefeitura, via Secretaria Municipal de Agricultura, cuida da logística para execução das atividades, viabiliza insumos agrícolas e organiza as capacitações.

“O trabalho conjunto beneficia agricultores e técnicos, com conhecimentos e tecnologias importantes para a produção agrícola; as instituições envolvidas, com o fortalecimento do trabalho na região; e a sociedade acreana, que poderá contar com maior oferta de alimentos de qualidade”, argumenta o gestor.

Foco do zoneamento agrícola

Uma das prioridades da cooperação com os municípios é a realização do zoneamento agrícola, ferramenta de gestão territorial que possibilita o uso adequado de áreas rurais, a partir de informações minuciosa sobre o solo e clima e da identificação de potencialidades e limitações da agricultura local.  Os estudos em Cruzeiro do Sul visam indicar áreas com aptidão para o cultivo de guaraná, açaí, café, pimenta-do-reino e banana e a primeira etapa já está concluída. As atividades de coleta e análise de amostras de solos são realizadas em parceria com a Universidade Federal do Acre – Ufac (campus Floresta) e Universidade Federal de Viçosa. A previsão é que o mapeamento detalhado dos solos seja finalizado até o fim do ano e os mapas temáticos das culturas estejam disponíveis em 2019.

Segundo o secretário de agricultura do município, Genilson Maia, os resultados desse trabalho serão base para a elaboração do plano agrícola municipal e para direcionar a construção de políticas públicas para o setor. “Estamos trabalhando na identificação de agricultores com interesse nas culturas foco do zoneamento e, a partir das demandas identificadas, poderemos definir alternativas para fomento e apoio à produção, em parceria com instituições e agricultores da região”, comenta.

Em Marechal Thaumaturgo, o zoneamento agrícola indicará áreas aptas para o cultivo de feijão e mandioca, principais culturas do município. Já em Assis Brasil, será direcionado para a cultura do café. “Conhecer particularidades do território possibilita melhor uso da terra, ajuda a reduzir riscos nas atividades produtivas e auxilia a tomada de decisão por gestores públicos, técnicos e produtores rurais. Além disso, contribui para facilitar o acesso a crédito agrícola e amplia as expectativas de retorno financeiro no negócio rural”, diz Eufran Amaral.

Ênfase na cultura do Guaraná

A implantação de Unidades Demonstrativas (UD) em propriedades rurais, com culturas de valor comercial e base alimentar para os municípios também é prioridade da cooperação técnica com os municípios. Em Cruzeiro do Sul, a atividade contempla a cultura do guaraná, com uso de cultivares recomendadas pela Embrapa. Os experimentos serão instalados inda este ano e a manutenção e acompanhamento será realizada por técnicos da extensão rural municipal. Nos demais municípios, as culturas serão identificadas a partir de demandas dos agricultores.

Cruzeiro do Sul conta com duas indústrias de processamento de guaraná, mas a produção anual de frutos (cerca de quatro toneladas) é insuficiente para atender a necessidade de matéria-prima para esses empreendimentos. Maia acredita que para mudar essa situação, a saída é investir na ampliação dos cultivos e em conhecimentos tecnológicos para elevar a produtividade e consolidar a cadeia produtiva na região. “ O espaço da UD funcionará como referência para a demonstração de tecnologias e práticas adequadas de manejo da cultura, bem como para a formação de agentes multiplicadores de conhecimentos sobre diferentes fases dos plantios, que atuarão no apoio técnico aos produtores”, destaca o secretário.

Tecnologias conservacionistas

Outra alternativa para fortalecer a agricultura dos municípios é a oferta de capacitação em culturas estratégicas para a economia local. Em 2017 produtores rurais e técnicos de instituições de ligadas à produção agrícola de Cruzeiro do Sul participaram de cursos voltados para os cultivos de pimenta-do-reino e guaraná. A agenda de capacitações 2018/2019 contempla as demais culturas foco da cooperação e a formação de multiplicadores de técnicas para o manejo conservacionista do solo, visando à adoção em cultivos tradicionais da região.

A Embrapa desenvolve pesquisas com agricultura conservacionista, no município de Mâncio Lima, desde 2006, com resultados promissores na produção de mandioca e milho. A cooperação técnica permitirá a agricultores de outros municípios o acesso a tecnologias como plantio direto, rotação de culturas e cultivo agrícola alternado com plantas de cobertura (gramíneas e leguminosas). “As práticas conservacionistas melhoram a qualidade do solo e a produtividade das culturas, contribuindo para uma agricultura sem fogo, além de possibilitar diversificar a produção, em uma mesma área, e produzir mais com menos impacto ao meio ambiente”, enfatiza Maia.

A união de esforços da Embrapa e prefeituras do Acre tem viabilizado o acesso a conhecimentos tecnológicos para fortalecimento da agricultura e gestão do uso da terra nos municípios. Para continuidade desse trabalho em Cruzeiro do Sul, na região do Juruá, a instituição firmou novo Acordo de Cooperação Técnica com a prefeitura, no dia 13 de junho, com vigência para três anos. A renovação da parceria permitirá concluir o zoneamento agrícola do município e executar uma agenda de capacitação para adoção de tecnologias para a agricultura conservacionista.

A cooperação com a prefeitura de Cruzeiro do Sul teve início em 2014, com foco no desenvolvimento da fruticultura local, para contribuir com novas alternativas de renda e segurança alimentar na agricultura familiar. Em 2017, um termo aditivo com vigência para 12 meses agregou a execução do zoneamento agrícola do município. O atual Plano de Trabalho manteve o enfoque inicial das ações e incluiu novas atividades para melhoria da produção.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Acre, Eufran Amaral, o trabalho conjunto com gestores municipais é essencial para desenvolver potencialidades produtivas, tornar a gestão do território mais eficiente e criar novas alternativas de renda. Pensando nisso, com o apoio da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), a parceria será ampliada para outras localidades do estado.

“O objetivo é contemplar o maior número possível de municípios, inclusive aqueles de difícil acesso e localizados em área de fronteira, com ações de transferência de tecnologias e geração de conhecimentos em gestão territorial integradas ao Zoneamento Ecológico Econômico e ao Programa Nacional de Solos do Brasil, como estratégia para vencer desafios comuns. Até o final de 2018 a cooperação será formalizada com as prefeituras de Marechal Thaumaturgo e Assis Brasil”, afirma.

Estratégia de atuação

Para o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, a parceria com instituições de pesquisa tem sido fundamental para o atendimento de demandas técnicas em cadeias produtivas importantes para a economia do município. “Essa é uma forma eficiente de potencializar esforços para desenvolver a agricultura do município, qualificar a produção e gerar mais renda para as famílias”.

A parceria, conforme explica Amaral, não envolve repasse direto de recursos financeiros entre as partes, requer estratégia de atuação bem definida e gera ganhos múltiplos. A Embrapa fornece o conhecimento técnico, por meio de pesquisadores e técnicos especialistas nas temáticas contempladas, e a infraestrutura necessária para o trabalho (veículos, barcos e a base física da empresa no município), enquanto a prefeitura, via Secretaria Municipal de Agricultura, cuida da logística para execução das atividades, viabiliza insumos agrícolas e organiza as capacitações.

“O trabalho conjunto beneficia agricultores e técnicos, com conhecimentos e tecnologias importantes para a produção agrícola; as instituições envolvidas, com o fortalecimento do trabalho na região; e a sociedade acreana, que poderá contar com maior oferta de alimentos de qualidade”, argumenta o gestor.

Foco do zoneamento agrícola

Uma das prioridades da cooperação com os municípios é a realização do zoneamento agrícola, ferramenta de gestão territorial que possibilita o uso adequado de áreas rurais, a partir de informações minuciosa sobre o solo e clima e da identificação de potencialidades e limitações da agricultura local.  Os estudos em Cruzeiro do Sul visam indicar áreas com aptidão para o cultivo de guaraná, açaí, café, pimenta-do-reino e banana e a primeira etapa já está concluída. As atividades de coleta e análise de amostras de solos são realizadas em parceria com a Universidade Federal do Acre – Ufac (campus Floresta) e Universidade Federal de Viçosa. A previsão é que o mapeamento detalhado dos solos seja finalizado até o fim do ano e os mapas temáticos das culturas estejam disponíveis em 2019.

Segundo o secretário de agricultura do município, Genilson Maia, os resultados desse trabalho serão base para a elaboração do plano agrícola municipal e para direcionar a construção de políticas públicas para o setor. “Estamos trabalhando na identificação de agricultores com interesse nas culturas foco do zoneamento e, a partir das demandas identificadas, poderemos definir alternativas para fomento e apoio à produção, em parceria com instituições e agricultores da região”, comenta.

Em Marechal Thaumaturgo, o zoneamento agrícola indicará áreas aptas para o cultivo de feijão e mandioca, principais culturas do município. Já em Assis Brasil, será direcionado para a cultura do café. “Conhecer particularidades do território possibilita melhor uso da terra, ajuda a reduzir riscos nas atividades produtivas e auxilia a tomada de decisão por gestores públicos, técnicos e produtores rurais. Além disso, contribui para facilitar o acesso a crédito agrícola e amplia as expectativas de retorno financeiro no negócio rural”, diz Eufran Amaral.

Ênfase na cultura do Guaraná

A implantação de Unidades Demonstrativas (UD) em propriedades rurais, com culturas de valor comercial e base alimentar para os municípios também é prioridade da cooperação técnica com os municípios. Em Cruzeiro do Sul, a atividade contempla a cultura do guaraná, com uso de cultivares recomendadas pela Embrapa. Os experimentos serão instalados inda este ano e a manutenção e acompanhamento será realizada por técnicos da extensão rural municipal. Nos demais municípios, as culturas serão identificadas a partir de demandas dos agricultores.

Cruzeiro do Sul conta com duas indústrias de processamento de guaraná, mas a produção anual de frutos (cerca de quatro toneladas) é insuficiente para atender a necessidade de matéria-prima para esses empreendimentos. Maia acredita que para mudar essa situação, a saída é investir na ampliação dos cultivos e em conhecimentos tecnológicos para elevar a produtividade e consolidar a cadeia produtiva na região. “ O espaço da UD funcionará como referência para a demonstração de tecnologias e práticas adequadas de manejo da cultura, bem como para a formação de agentes multiplicadores de conhecimentos sobre diferentes fases dos plantios, que atuarão no apoio técnico aos produtores”, destaca o secretário.

Tecnologias conservacionistas

Outra alternativa para fortalecer a agricultura dos municípios é a oferta de capacitação em culturas estratégicas para a economia local. Em 2017 produtores rurais e técnicos de instituições de ligadas à produção agrícola de Cruzeiro do Sul participaram de cursos voltados para os cultivos de pimenta-do-reino e guaraná. A agenda de capacitações 2018/2019 contempla as demais culturas foco da cooperação e a formação de multiplicadores de técnicas para o manejo conservacionista do solo, visando à adoção em cultivos tradicionais da região.

A Embrapa desenvolve pesquisas com agricultura conservacionista, no município de Mâncio Lima, desde 2006, com resultados promissores na produção de mandioca e milho. A cooperação técnica permitirá a agricultores de outros municípios o acesso a tecnologias como plantio direto, rotação de culturas e cultivo agrícola alternado com plantas de cobertura (gramíneas e leguminosas). “As práticas conservacionistas melhoram a qualidade do solo e a produtividade das culturas, contribuindo para uma agricultura sem fogo, além de possibilitar diversificar a produção, em uma mesma área, e produzir mais com menos impacto ao meio ambiente”, enfatiza Maia.

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