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Dia de Campo apresenta o trigo de sequeiro como oportunidade para o Cerrado

A área de trigo em Minas Gerais contabilizava 11 mil hectares (ha) em 2007. Em uma década, a área saltou para quase 85 mil ha e as projeções do Governo de Minas apontam para 232 mil ha até 2027. Para suportar este crescimento, a Epamig e a Embrapa Trigo trabalham na geração de novos conhecimentos da pesquisa e nas ações de transferência de tecnologia para o produtor e a assistência técnica. O dia de campo “Trigo Sequeiro – alternativa para o Cerrado” vai apresentar temas como cultivares, combate à brusone, zoneamento agrícola e comercialização. A programação acontece no dia 29/06, com início às 14h, na Fazenda Rio Brilhante/Grupo Farroupilha, em Coromandel, MG. 

Em Minas Gerais, somente na última década os produtores perceberam os benefícios trazidos pelo trigo como opção de cultivo no período de entressafra das culturas de verão. Vantagens como formação de palhada para o sistema de plantio direto, redução de custos no controle de plantas daninhas e doenças nas culturas de verão, além de lucro com a venda direta dos grãos, tem feito com que o trigo conquiste espaço no calendário agrícola da região. De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Márcio Só e Silva, a lei do vazio sanitário da soja e do feijão abriu uma oportunidade para o trigo, influenciando os agricultores no uso dessas áreas com uma cultura que gera receita ao invés de simplesmente realizar dessecação obrigatória, envolvendo gastos sem retorno. “O trigo de sequeiro ou de safrinha tem sido uma excelente opção nestas áreas”, explica o pesquisador, lembrando que mais de 80% da área de trigo em Minas Gerais é cultivada em sistema de sequeiro, com semeadura em março/abril e colheita em julho/agosto.

A busca constante pelo conhecimento no sistema de produção é um dos fatores que, associado ao clima favorável, explica os resultados obtidos no campo. Segundo o pesquisador da Epamig, Maurício Coelho, o produtor tem adotado estratégias de convivência com a brusone, principal doença que acomete o trigo no Cerrado. “Ajustes no calendário de semeadura podem evitar que o espigamento ocorra no período quente e chuvoso. Por exemplo, fazer o plantio no final do período das chuvas, a partir de meados de março, levará o trigo ao espigamento e enchimento de grãos quando as temperaturas estão mais baixas, o que desfavorece o fungo causador da brusone”, explica Maurício. 

Outra alternativa, conforme o pesquisador da Embrapa Trigo Joaquim Soares Sobrinho, é o produtor sempre investir em novas cultivares de trigo, desenvolvidas para um desempenho superior em rendimento e sanidade. “As novas cultivares disponibilizadas pela pesquisa são mais produtivas, com melhor tolerância à seca e às doenças. Também trabalhamos com foco na qualidade industrial para garantir que as cultivares atendam as exigências da indústria”, conta Sobrinho.

Crescimento e mercados

Apesar do crescimento constante da produção do cereal de inverno em Minas Gerais, o cultivo do trigo ocupa apenas cerca de 3,54% da área cultivada com soja e milho no verão.  Em 2017, apenas 85 mil hectares foram cultivados com trigo em Minas Gerais, mas, segundo o pesquisador da Embrapa Trigo Vanoli Fronza, estimativas de curto/médio prazo indicam que poderiam ser cultivados cerca de 200 mil hectares com trigo de sequeiro em sucessão aos cultivos de soja e milho, sem haver diminuição das atuais áreas de cultivo de “safrinha” com milho e sorgo.  

Na última safra, a produção mineira foi de 226 mil toneladas, muito abaixo da demanda, em torno de 900 mil toneladas. No documento “Projeções do Agronegócio Mineiro 2017 a 2027”, a expectativa do Governo do Estado é chegar a 300 mil toneladas nos próximos dez anos, quando a área é estimada em 232 mil hectares. Considerando a produtividade média do trigo de sequeiro em 2 mil kg/ha, para atingir a autossuficiência de trigo em Minas Gerais seriam necessários 450 mil hectares cultivados sem irrigação. “Porém, como atualmente cerca de 15% da área de trigo do Estado é ocupada pelo trigo irrigado, cuja média de rendimento gira em torno de 5 mil kg/ha, seria necessária uma área bem menor para atingir a autossuficiência”, lembra Vanoli Fronza.

Segundo o departamento de qualidade do Moinho Sete Irmãos, com sede em Uberlândia, MG, o trigo mineiro tem destaque na indústria nacional, contando com características importantes como maior força de glúten, estabilidade farinográfica, cor de farinha branca e maior peso do hectolitro. O tema será abordado no dia de campo pelo representante do Moinho Sete Irmãos, Max Mahlow.

A área de trigo em Minas Gerais contabilizava 11 mil hectares (ha) em 2007. Em uma década, a área saltou para quase 85 mil ha e as projeções do Governo de Minas apontam para 232 mil ha até 2027. Para suportar este crescimento, a Epamig e a Embrapa Trigo trabalham na geração de novos conhecimentos da pesquisa e nas ações de transferência de tecnologia para o produtor e a assistência técnica. O dia de campo “Trigo Sequeiro – alternativa para o Cerrado” vai apresentar temas como cultivares, combate à brusone, zoneamento agrícola e comercialização. A programação acontece no dia 29/06, com início às 14h, na Fazenda Rio Brilhante/Grupo Farroupilha, em Coromandel, MG. 

Em Minas Gerais, somente na última década os produtores perceberam os benefícios trazidos pelo trigo como opção de cultivo no período de entressafra das culturas de verão. Vantagens como formação de palhada para o sistema de plantio direto, redução de custos no controle de plantas daninhas e doenças nas culturas de verão, além de lucro com a venda direta dos grãos, tem feito com que o trigo conquiste espaço no calendário agrícola da região. De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Márcio Só e Silva, a lei do vazio sanitário da soja e do feijão abriu uma oportunidade para o trigo, influenciando os agricultores no uso dessas áreas com uma cultura que gera receita ao invés de simplesmente realizar dessecação obrigatória, envolvendo gastos sem retorno. “O trigo de sequeiro ou de safrinha tem sido uma excelente opção nestas áreas”, explica o pesquisador, lembrando que mais de 80% da área de trigo em Minas Gerais é cultivada em sistema de sequeiro, com semeadura em março/abril e colheita em julho/agosto.

A busca constante pelo conhecimento no sistema de produção é um dos fatores que, associado ao clima favorável, explica os resultados obtidos no campo. Segundo o pesquisador da Epamig, Maurício Coelho, o produtor tem adotado estratégias de convivência com a brusone, principal doença que acomete o trigo no Cerrado. “Ajustes no calendário de semeadura podem evitar que o espigamento ocorra no período quente e chuvoso. Por exemplo, fazer o plantio no final do período das chuvas, a partir de meados de março, levará o trigo ao espigamento e enchimento de grãos quando as temperaturas estão mais baixas, o que desfavorece o fungo causador da brusone”, explica Maurício. 

Outra alternativa, conforme o pesquisador da Embrapa Trigo Joaquim Soares Sobrinho, é o produtor sempre investir em novas cultivares de trigo, desenvolvidas para um desempenho superior em rendimento e sanidade. “As novas cultivares disponibilizadas pela pesquisa são mais produtivas, com melhor tolerância à seca e às doenças. Também trabalhamos com foco na qualidade industrial para garantir que as cultivares atendam as exigências da indústria”, conta Sobrinho.

Crescimento e mercados

Apesar do crescimento constante da produção do cereal de inverno em Minas Gerais, o cultivo do trigo ocupa apenas cerca de 3,54% da área cultivada com soja e milho no verão.  Em 2017, apenas 85 mil hectares foram cultivados com trigo em Minas Gerais, mas, segundo o pesquisador da Embrapa Trigo Vanoli Fronza, estimativas de curto/médio prazo indicam que poderiam ser cultivados cerca de 200 mil hectares com trigo de sequeiro em sucessão aos cultivos de soja e milho, sem haver diminuição das atuais áreas de cultivo de “safrinha” com milho e sorgo.  

Na última safra, a produção mineira foi de 226 mil toneladas, muito abaixo da demanda, em torno de 900 mil toneladas. No documento “Projeções do Agronegócio Mineiro 2017 a 2027”, a expectativa do Governo do Estado é chegar a 300 mil toneladas nos próximos dez anos, quando a área é estimada em 232 mil hectares. Considerando a produtividade média do trigo de sequeiro em 2 mil kg/ha, para atingir a autossuficiência de trigo em Minas Gerais seriam necessários 450 mil hectares cultivados sem irrigação. “Porém, como atualmente cerca de 15% da área de trigo do Estado é ocupada pelo trigo irrigado, cuja média de rendimento gira em torno de 5 mil kg/ha, seria necessária uma área bem menor para atingir a autossuficiência”, lembra Vanoli Fronza.

Segundo o departamento de qualidade do Moinho Sete Irmãos, com sede em Uberlândia, MG, o trigo mineiro tem destaque na indústria nacional, contando com características importantes como maior força de glúten, estabilidade farinográfica, cor de farinha branca e maior peso do hectolitro. O tema será abordado no dia de campo pelo representante do Moinho Sete Irmãos, Max Mahlow.

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