Na rapidez dos nossos dias digitais a gestão de dados tem sido um desafio, especialmente em empresas de pesquisa, como a Embrapa. O tema foi debatido no dia 12 de junho na Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), no workshop ‘Gestão de dados de pesquisa: princípios, desafios e oportunidades’.
Iniciativas anteriores na Embrapa e os projetos especiais GoviE e Transformação Digital, desde a última década, têm dado atenção ao assunto. “A mudança é grande, em algumas instituições na Europa cadernos de laboratório, por exemplo, já são abertos em tempo real”, revela a bibliotecária da Embrapa Solos, Claudia Delaia.
Atualmente, o dado é tão valioso quanto o resultado do trabalho do qual ele faz parte, é um ativo. A mesma informação pode servir e ser analisada em diferentes áreas do conhecimento. Se, por um lado, isso facilita a disseminação da informação, também traz algum risco. “Ainda não temos tecnologias que nos assegurem a rastreabilidade do dado e por onde ele circula”, diz Delaia.
E vale lembrar que a produção da informação não vem de graça. Custa dinheiro mandar o cientista para o campo: são gastos com equipamento, alimentação, deslocamento e dedicação dos especialistas.
E a pressão por disponibilização do resultado das pesquisas também vem das editoras. Alguns periódicos científicos só publicam artigos mediante a assinatura de termo de liberação de dados. “E, algumas vezes, essa disponibilização poder entrar em conflito com as regras da Embrapa, se não for tomado o devido cuidado”, lembra Claudia.
No evento do dia 12 foi demonstrado, pelo professor da Universidade de Twente (Holanda), Luiz Olavo Bonino, um conjunto de tecnologias e soluções criadas para facilitar a criação, publicação, indexação de dados e metadados FAIR (informação acessível, reutilizável, interoperacional e fácil de achar).
Novo tempo para o bibliotecário
Numa instituição como a Embrapa, um dos profissionais mais qualificados para trabalhar com essa informação em movimento é o bibliotecário, como apontam artigos científicos. O profissional que atua nas bibliotecas possui experiência e formação na gestão da informação, que vai desde o tratamento da informação e na atribuição de metadados até a sua disponibilização. Mas não é o único, são necessários profissionais em tecnologia da informação, semântica, ontologias etc.
O interesse pelo tema despertou a atenção da academia. No Rio de Janeiro, a UNIRIO (parceira da Embrapa Solos na realização do Workshop), passou a oferecer um curso de mestrado profissional em gestão de dados de pesquisa aberto a profissionais de várias áreas, não apenas da biblioteconomia, que está com edital aberto.
O workshop ‘Gestão de dados de pesquisa: princípios, desafios e oportunidades’ foi transmitido para todos os centros de pesquisa da Embrapa e contou com apoio da Embrapa Informática Agropecuária e Embrapa Territorial, ambas de Campinas, e da Secretaria de Desenvolvimento Institucional (Brasília) da Embrapa. Estavam conectadas 11 Unidades da Embrapa, com mais de 100 pessoas assistindo via internet e no auditório.
Na rapidez dos nossos dias digitais a gestão de dados tem sido um desafio, especialmente em empresas de pesquisa, como a Embrapa. O tema foi debatido no dia 12 de junho na Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), no workshop ‘Gestão de dados de pesquisa: princípios, desafios e oportunidades’.
Iniciativas anteriores na Embrapa e os projetos especiais GoviE e Transformação Digital, desde a última década, têm dado atenção ao assunto. “A mudança é grande, em algumas instituições na Europa cadernos de laboratório, por exemplo, já são abertos em tempo real”, revela a bibliotecária da Embrapa Solos, Claudia Delaia.
Atualmente, o dado é tão valioso quanto o resultado do trabalho do qual ele faz parte, é um ativo. A mesma informação pode servir e ser analisada em diferentes áreas do conhecimento. Se, por um lado, isso facilita a disseminação da informação, também traz algum risco. “Ainda não temos tecnologias que nos assegurem a rastreabilidade do dado e por onde ele circula”, diz Delaia.
E vale lembrar que a produção da informação não vem de graça. Custa dinheiro mandar o cientista para o campo: são gastos com equipamento, alimentação, deslocamento e dedicação dos especialistas.
E a pressão por disponibilização do resultado das pesquisas também vem das editoras. Alguns periódicos científicos só publicam artigos mediante a assinatura de termo de liberação de dados. “E, algumas vezes, essa disponibilização poder entrar em conflito com as regras da Embrapa, se não for tomado o devido cuidado”, lembra Claudia.
No evento do dia 12 foi demonstrado, pelo professor da Universidade de Twente (Holanda), Luiz Olavo Bonino, um conjunto de tecnologias e soluções criadas para facilitar a criação, publicação, indexação de dados e metadados FAIR (informação acessível, reutilizável, interoperacional e fácil de achar).
Novo tempo para o bibliotecário
Numa instituição como a Embrapa, um dos profissionais mais qualificados para trabalhar com essa informação em movimento é o bibliotecário, como apontam artigos científicos. O profissional que atua nas bibliotecas possui experiência e formação na gestão da informação, que vai desde o tratamento da informação e na atribuição de metadados até a sua disponibilização. Mas não é o único, são necessários profissionais em tecnologia da informação, semântica, ontologias etc.
O interesse pelo tema despertou a atenção da academia. No Rio de Janeiro, a UNIRIO (parceira da Embrapa Solos na realização do Workshop), passou a oferecer um curso de mestrado profissional em gestão de dados de pesquisa aberto a profissionais de várias áreas, não apenas da biblioteconomia, que está com edital aberto.
O workshop ‘Gestão de dados de pesquisa: princípios, desafios e oportunidades’ foi transmitido para todos os centros de pesquisa da Embrapa e contou com apoio da Embrapa Informática Agropecuária e Embrapa Territorial, ambas de Campinas, e da Secretaria de Desenvolvimento Institucional (Brasília) da Embrapa. Estavam conectadas 11 Unidades da Embrapa, com mais de 100 pessoas assistindo via internet e no auditório.