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Semana do Alimento Orgânico estimula reflexão sobre os impactos no meio ambiente

Com o tema “Agroecologia: Educação e Saúde do Campo à Mesa”, a 14ª Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos, realizada entre os dias 04 a 08 de junho em Corumbá, buscou promover uma série de debates sobre o tema por meio de palestras, oficinas, visitas de alunos aos laboratórios da UFMS, além da realização da “Feira de produtos em transição agroecológica da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares do Pantanal e da Fronteira”. Na ocasião, foram comercializados produtos resultantes dos processos de transição agroecológica, incentivados pela Embrapa Pantanal e NEAP – Núcleo de Estudos de Agroecologia e Produção Orgânica do Pantanal.

Em sua apresentação “Agroecologia e Produção Orgânica”, ocorrida na terça feira, dia 05, o pesquisador da Embrapa Pantanal Alberto Feiden buscou esclarecer as diferenças entre o produto orgânico e o alimento em processo de transição agroecológica, além de fazer um resgate histórico das diferentes correntes de produção de alimentos sem o uso de insumos químicos e em harmonia com o meio ambiente.

“Atualmente em Corumbá temos um embate burocrático para que ocorra a certificação dos alimentos produzidos pelas famílias do grupo de agricultores que já estão inseridos nessa transição (muitos deles ainda estão em processo de alfabetização e têm dificuldades no registro e anotações sobre a produção). As empresas de certificação, que emitem este selo de produto orgânico, exigem padrões de documentação.  Por este motivo, busquei aprofundar o debate dos pontos da legislação vigente sobre o tema e as diferenças entre os produtos em questão com o grupo”, explicou Alberto.

Bolívia em transição

A 14º edição da Semana do Alimento Orgânico contou também com a presença de parceiros do país vizinho, que compartilharam experiências desenvolvidas na Bolívia em busca de uma agricultura baseada nas boas práticas. Um pouco dessa trajetória foi apresentada pelo veterinário Juan Carlos Suarez, da SEDACRUZ, juntamente com o engenheiro agrônomo Donato Montonha durante a palestra “Transformações na Horticultura da Província Germán Bush: A Transição Agroecológica em Movimento”.

O evento contou ainda com a apresentação do secretário de desenvolvimento produtivo do Governo Departamental de Santa Cruz /Bolívia, Luis Alberto Alpire Sanchez. Em sua fala, Alpire destacou a importância da parceria firmada entre o governo boliviano e a Embrapa Pantanal para que esta transição fosse possível.

“Com o objetivo de transferir tecnologias, gerar intercâmbio de conhecimentos e produzir publicações técnico-científicas e eventos científicos em conjunto, o Governo Departamental de Santa Cruz de La Sierra e a Embrapa Pantanal firmaram um convênio há 3 anos. Sabemos que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, mas já temos presenciado grandes avanços. Este intercâmbio é de fundamental importância em uma região fronteiriça, pois as populações das cidades de ambos os países podem contar com uma produção de alimentos mais adequada às boas práticas agropecuárias. Viemos participar do evento reforçando nosso interesse em aprender mais sobre produção agropecuária baseada em princípios agroecológicos”, explicou. 

Permacultura e descarte de resíduos

A Semana também ofereceu aos participantes a palestra do permacultor Cláudio Morse, realizada na segunda feira, dia 04. Cláudio falou ao púbico sobre os princípios da Permacultura e sobre as ações que o instituto Uniom tem realizado em Corumbá e região: “tenho buscado, durante minhas apresentações, além de falar sobre a Permacultura e o leque de temas que ela engloba, provocar no público uma reflexão, uma mudança de paradigmas – de que é preciso repensar nossa ocupação no planeta”, disse o permacultor.

“Destaco a importância de despertar para a responsabilidade de cada um em impactar o menos possível o meio ambiente. Uma dessas formas é o descarte consciente de resíduos: cada um é responsável pelo que consome e pelo lixo que gera a partir deste consumo. Não podemos simplesmente ignorar e deixar que a natureza sofra os danos. Que mundo queremos deixar para nossos filhos, netos? ”, indagou Claudio.

Na mesma tarde, Virginia Ly Leto Pinto, idealizadora do grupo “Aguapé- Natureza e Conexão”, compartilhou com os demais a experiência com práticas agroecológicas e permacultura que vem desenvolvendo junto ao grupo, que segundo ela é um laboratório de experiências permaculturais, artísticas e sociais. “Semanas como esta deveriam ser mais incentivadas, pois são oportunidades de aprendizado e geração de mudanças de comportamento. No Aguapé temos buscado fazer do mundo um lugar mais conectado com o meio ambiente por meio de pequenas ações no dia a dia. Mudando a forma como nos relacionamos com a natureza, mudamos de hábito para que nossos resíduos possam gerar recursos. A informação é poder, difundir o conhecimento da permacultura, da alimentação saudável, da importância de nos responsabilizarmos pelo resíduo que geramos e discutir isso em um evento é muito importante”, concluiu.

Fortalecimento de parcerias

Segundo o coordenador do NEAP, o professor Edgar Aparecido Costa, o evento cumpriu com o objetivo de divulgar a importância do consumo do alimento orgânico. “Saímos dos debates em círculos restritos e chegamos a um público que desconhecia essa temática. Ficou evidenciada a necessidade de esforços para ampliar as iniciativas de mudança do modo convencional para o modo orgânico de produção de alimentos. Acredito que fortalecemos as parcerias institucionais e atraímos mais pessoas para o NEAP”, explicou o professor.

O evento ocorreu simultaneamente com a “Semana do Meio Ambiente na UFMS – Campus do Pantanal” e foi uma realização do Núcleo de Estudos de Agroecologia e Produção Orgânica do Pantanal – NEAP, sediado na UFMS, em parceria com a Embrapa Pantanal, Agraer, Prefeitura Municipal de Corumbá e Prefeitura Municipal de Ladário.

Com o tema “Agroecologia: Educação e Saúde do Campo à Mesa”, a 14ª Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos, realizada entre os dias 04 a 08 de junho em Corumbá, buscou promover uma série de debates sobre o tema por meio de palestras, oficinas, visitas de alunos aos laboratórios da UFMS, além da realização da “Feira de produtos em transição agroecológica da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares do Pantanal e da Fronteira”. Na ocasião, foram comercializados produtos resultantes dos processos de transição agroecológica, incentivados pela Embrapa Pantanal e NEAP – Núcleo de Estudos de Agroecologia e Produção Orgânica do Pantanal.

Em sua apresentação “Agroecologia e Produção Orgânica”, ocorrida na terça feira, dia 05, o pesquisador da Embrapa Pantanal Alberto Feiden buscou esclarecer as diferenças entre o produto orgânico e o alimento em processo de transição agroecológica, além de fazer um resgate histórico das diferentes correntes de produção de alimentos sem o uso de insumos químicos e em harmonia com o meio ambiente.

“Atualmente em Corumbá temos um embate burocrático para que ocorra a certificação dos alimentos produzidos pelas famílias do grupo de agricultores que já estão inseridos nessa transição (muitos deles ainda estão em processo de alfabetização e têm dificuldades no registro e anotações sobre a produção). As empresas de certificação, que emitem este selo de produto orgânico, exigem padrões de documentação.  Por este motivo, busquei aprofundar o debate dos pontos da legislação vigente sobre o tema e as diferenças entre os produtos em questão com o grupo”, explicou Alberto.

Bolívia em transição

A 14º edição da Semana do Alimento Orgânico contou também com a presença de parceiros do país vizinho, que compartilharam experiências desenvolvidas na Bolívia em busca de uma agricultura baseada nas boas práticas. Um pouco dessa trajetória foi apresentada pelo veterinário Juan Carlos Suarez, da SEDACRUZ, juntamente com o engenheiro agrônomo Donato Montonha durante a palestra “Transformações na Horticultura da Província Germán Bush: A Transição Agroecológica em Movimento”.

O evento contou ainda com a apresentação do secretário de desenvolvimento produtivo do Governo Departamental de Santa Cruz /Bolívia, Luis Alberto Alpire Sanchez. Em sua fala, Alpire destacou a importância da parceria firmada entre o governo boliviano e a Embrapa Pantanal para que esta transição fosse possível.

“Com o objetivo de transferir tecnologias, gerar intercâmbio de conhecimentos e produzir publicações técnico-científicas e eventos científicos em conjunto, o Governo Departamental de Santa Cruz de La Sierra e a Embrapa Pantanal firmaram um convênio há 3 anos. Sabemos que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, mas já temos presenciado grandes avanços. Este intercâmbio é de fundamental importância em uma região fronteiriça, pois as populações das cidades de ambos os países podem contar com uma produção de alimentos mais adequada às boas práticas agropecuárias. Viemos participar do evento reforçando nosso interesse em aprender mais sobre produção agropecuária baseada em princípios agroecológicos”, explicou. 

Permacultura e descarte de resíduos

A Semana também ofereceu aos participantes a palestra do permacultor Cláudio Morse, realizada na segunda feira, dia 04. Cláudio falou ao púbico sobre os princípios da Permacultura e sobre as ações que o instituto Uniom tem realizado em Corumbá e região: “tenho buscado, durante minhas apresentações, além de falar sobre a Permacultura e o leque de temas que ela engloba, provocar no público uma reflexão, uma mudança de paradigmas – de que é preciso repensar nossa ocupação no planeta”, disse o permacultor.

“Destaco a importância de despertar para a responsabilidade de cada um em impactar o menos possível o meio ambiente. Uma dessas formas é o descarte consciente de resíduos: cada um é responsável pelo que consome e pelo lixo que gera a partir deste consumo. Não podemos simplesmente ignorar e deixar que a natureza sofra os danos. Que mundo queremos deixar para nossos filhos, netos? ”, indagou Claudio.

Na mesma tarde, Virginia Ly Leto Pinto, idealizadora do grupo “Aguapé- Natureza e Conexão”, compartilhou com os demais a experiência com práticas agroecológicas e permacultura que vem desenvolvendo junto ao grupo, que segundo ela é um laboratório de experiências permaculturais, artísticas e sociais. “Semanas como esta deveriam ser mais incentivadas, pois são oportunidades de aprendizado e geração de mudanças de comportamento. No Aguapé temos buscado fazer do mundo um lugar mais conectado com o meio ambiente por meio de pequenas ações no dia a dia. Mudando a forma como nos relacionamos com a natureza, mudamos de hábito para que nossos resíduos possam gerar recursos. A informação é poder, difundir o conhecimento da permacultura, da alimentação saudável, da importância de nos responsabilizarmos pelo resíduo que geramos e discutir isso em um evento é muito importante”, concluiu.

Fortalecimento de parcerias

Segundo o coordenador do NEAP, o professor Edgar Aparecido Costa, o evento cumpriu com o objetivo de divulgar a importância do consumo do alimento orgânico. “Saímos dos debates em círculos restritos e chegamos a um público que desconhecia essa temática. Ficou evidenciada a necessidade de esforços para ampliar as iniciativas de mudança do modo convencional para o modo orgânico de produção de alimentos. Acredito que fortalecemos as parcerias institucionais e atraímos mais pessoas para o NEAP”, explicou o professor.

O evento ocorreu simultaneamente com a “Semana do Meio Ambiente na UFMS – Campus do Pantanal” e foi uma realização do Núcleo de Estudos de Agroecologia e Produção Orgânica do Pantanal – NEAP, sediado na UFMS, em parceria com a Embrapa Pantanal, Agraer, Prefeitura Municipal de Corumbá e Prefeitura Municipal de Ladário.

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