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Debate sobre as fazendas do futuro encerra Congresso Brasileiro de Soja

A princípio, a internet revolucionou os processos de comunicação, mas atualmente a transformação digital afeta os diferentes aspectos sociais e econômicos da contemporaneidade. E quais os desafios para agricultura, questionou o empresário Herlon Oliveira, da Agrusdata, em sua palestra no painel sobre as fazendas do futuro, que encerrou o VIII Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), realizado pela Embrapa Soja, no Centro de Convenções de Goiânia (GO), no dia 14 de junho. O painel contou com a moderação do chefe-geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias. 
Para Herlon Oliveira, a Internet das Coisas é a base da Agricultura Digital, mas é preciso resolver o problema da dificuldade de conectividade no campo. Mesmo assim, esse é um caminho sem volta. “Apesar dos avanços tecnológicos, ainda precisamos conseguir tangibilizar como a agricultura baseada em dados, aliada ao conhecimento do agrônomo, poderá aumentar a produtividade agrícola e reduzir os custos”, avaliou Oliveira.

O empresário citou aplicações práticas na silvicultura, em silos bolsa e na torrefação de café que já estão fazendo a diferença no mercado.  “Criamos o Waze (app de trânsito baseado na navegação por satélite) da torra do café e, ao utilizar algoritmos em torrefação conseguimos reduzir custos com energia, padronizar o sabor do café e melhorar a qualidade do produto”, exemplificou.
As inovações tecnológica – Ulisses Mello, da IBM, trouxe para o debate a questão da Big Data e de como a digitalização do campo e a geração de uma quantidade gigantesca de dados exige tecnologias de Inteligência Artificial para processar os dados e torná-los aplicáveis. Em levantamento feito pela IBM, o volume de dados por hectare- ano em agricultura digital é 14.9GB. “Como usar os dados para tomar decisão sem as tecnologias de IA”, questionou.

Para exemplificar a explosão de dados, Mello citou a área médica que gera, em média, 8 mil artigos científicos por dia. “É humanamente impossível se manter atualizado, mas não podemos dispensar esses dados. Por isso, precisamos utilizar tecnologia para tirar insights para as tomadas de decisão”. Neste contexto, por exemplo, a IBM vem investindo no Watson, plataforma de serviços cognitivos para negócio. A computação cognitiva trabalha simulando os processos do pensamento humano em um modelo computadorizado. São usados algoritmos de auto-aprendizagem que usam reconhecimento de padrões e processamento de linguagem humana para processar dados e gerar conhecimento.

Para trazer a visão do produtor, o painel contou ainda com a presença de Pedro Magalhães, que, apesar de reconher a importância da tecnologia, ainda está cético quanto às aplicações práticas. “As ferramentas de Agricultura Digital vão auxiliar as tomadas de decisão, mas ainda não são totalmente aplicáveis para trazer retorno econômico aos agentes rurais”, avaliou o produtor.
Para finalizar o painel, o representante Fabricio Vieira Juntolli, do Ministérios da Agricultura, abordou políticas agrícolas e visão do governo para o setor.

Premiação – Depois do painel sobre as fazendas futuro, houve a cerimônia de encerramento do VIII CBSoja, que teve como tema Inovação, tecnologias digitais e cultura da soja. O evento contou com 2300 congressistas, 50 palestras e apresentação de 340 trabalhos técnicos. A programação científica foi pautada nos desafios de produção da cadeia produtiva da soja e a nas inovações para a cultura da soja. “Procuramos construir uma agenda ampla e abrangente sobre os principais desafios atuais e, ao mesmo tempo, mapear as perspectivas tecnológicas para a cultura”, destacou Alexandre Cattelan, presidente do evento.

Um dos destaque foi a premiação dos melhores trabalhos científicos, apresentados na sessão pôster. Os primeiros colocados foram premiados com um smartphone, nas categorias acadêmicos, pós-graduação e profissional. Confira os vencedores:

Acadêmicos
Título: AVALIAÇÃO FENOTÍPICA DA RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE SOJA À POPULAÇÃO DE Phakopsora pachyrhizi (Sydow & P. Sydow) 

Autores: FIGUEIREDO, G.S. 1; CARVALHO, S. 2; CAMARGO, P.O. 2; CARVALHO, M.C.C.G.2; CASTANHO, F.M. 2; PAVAN, K.M.C. 2; LIMA, L.V.A.2; TAVARES, A.A. 2; CORREIA, L.V.2

Pós-Graduação
Título: ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR É UM FATOR QUE LIMITA ALTAS PRODUTIVIDADES EM LAVOURAS DE SOJA?

Autores: SILVA, M. R. da1; STRECK, N. A.1; BEXAIRA, K. P.1, WEBER, P. S.1, ZANON, A. J.1; RICHTER, G. L.1; DUARTE JÚNIOR, A. J.1; TAGLIAPIETRA, E. L.1; ROCHA, T. S. M. da1; CERA, J. C.2; ALBERTO, C. M.3; MACHADO, G. A.2; ALVES, A. F.1; BARCELLOS, G.1; ROSSATO, I. G1.

Profissional
Título: MONITORAMENTO DE BUVA COM INDICATIVO DE RESISTÊNCIA A PARAQUAT EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DE SOJA

Autores: ALBRECHT, A.J.P.1; ALBRECHT, L.P. 1; PELLIZZARO, E.C.2; LORENZETTI, J.B.1; DANILUSSI, M.T.Y.1

A princípio, a internet revolucionou os processos de comunicação, mas atualmente a transformação digital afeta os diferentes aspectos sociais e econômicos da contemporaneidade. E quais os desafios para agricultura, questionou o empresário Herlon Oliveira, da Agrusdata, em sua palestra no painel sobre as fazendas do futuro, que encerrou o VIII Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), realizado pela Embrapa Soja, no Centro de Convenções de Goiânia (GO), no dia 14 de junho. O painel contou com a moderação do chefe-geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias. 
Para Herlon Oliveira, a Internet das Coisas é a base da Agricultura Digital, mas é preciso resolver o problema da dificuldade de conectividade no campo. Mesmo assim, esse é um caminho sem volta. “Apesar dos avanços tecnológicos, ainda precisamos conseguir tangibilizar como a agricultura baseada em dados, aliada ao conhecimento do agrônomo, poderá aumentar a produtividade agrícola e reduzir os custos”, avaliou Oliveira.

O empresário citou aplicações práticas na silvicultura, em silos bolsa e na torrefação de café que já estão fazendo a diferença no mercado.  “Criamos o Waze (app de trânsito baseado na navegação por satélite) da torra do café e, ao utilizar algoritmos em torrefação conseguimos reduzir custos com energia, padronizar o sabor do café e melhorar a qualidade do produto”, exemplificou.
As inovações tecnológica – Ulisses Mello, da IBM, trouxe para o debate a questão da Big Data e de como a digitalização do campo e a geração de uma quantidade gigantesca de dados exige tecnologias de Inteligência Artificial para processar os dados e torná-los aplicáveis. Em levantamento feito pela IBM, o volume de dados por hectare- ano em agricultura digital é 14.9GB. “Como usar os dados para tomar decisão sem as tecnologias de IA”, questionou.

Para exemplificar a explosão de dados, Mello citou a área médica que gera, em média, 8 mil artigos científicos por dia. “É humanamente impossível se manter atualizado, mas não podemos dispensar esses dados. Por isso, precisamos utilizar tecnologia para tirar insights para as tomadas de decisão”. Neste contexto, por exemplo, a IBM vem investindo no Watson, plataforma de serviços cognitivos para negócio. A computação cognitiva trabalha simulando os processos do pensamento humano em um modelo computadorizado. São usados algoritmos de auto-aprendizagem que usam reconhecimento de padrões e processamento de linguagem humana para processar dados e gerar conhecimento.

Para trazer a visão do produtor, o painel contou ainda com a presença de Pedro Magalhães, que, apesar de reconher a importância da tecnologia, ainda está cético quanto às aplicações práticas. “As ferramentas de Agricultura Digital vão auxiliar as tomadas de decisão, mas ainda não são totalmente aplicáveis para trazer retorno econômico aos agentes rurais”, avaliou o produtor.
Para finalizar o painel, o representante Fabricio Vieira Juntolli, do Ministérios da Agricultura, abordou políticas agrícolas e visão do governo para o setor.

Premiação – Depois do painel sobre as fazendas futuro, houve a cerimônia de encerramento do VIII CBSoja, que teve como tema Inovação, tecnologias digitais e cultura da soja. O evento contou com 2300 congressistas, 50 palestras e apresentação de 340 trabalhos técnicos. A programação científica foi pautada nos desafios de produção da cadeia produtiva da soja e a nas inovações para a cultura da soja. “Procuramos construir uma agenda ampla e abrangente sobre os principais desafios atuais e, ao mesmo tempo, mapear as perspectivas tecnológicas para a cultura”, destacou Alexandre Cattelan, presidente do evento.

Um dos destaque foi a premiação dos melhores trabalhos científicos, apresentados na sessão pôster. Os primeiros colocados foram premiados com um smartphone, nas categorias acadêmicos, pós-graduação e profissional. Confira os vencedores:

Acadêmicos
Título: AVALIAÇÃO FENOTÍPICA DA RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE SOJA À POPULAÇÃO DE Phakopsora pachyrhizi (Sydow & P. Sydow) 

Autores: FIGUEIREDO, G.S. 1; CARVALHO, S. 2; CAMARGO, P.O. 2; CARVALHO, M.C.C.G.2; CASTANHO, F.M. 2; PAVAN, K.M.C. 2; LIMA, L.V.A.2; TAVARES, A.A. 2; CORREIA, L.V.2

Pós-Graduação
Título: ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR É UM FATOR QUE LIMITA ALTAS PRODUTIVIDADES EM LAVOURAS DE SOJA?

Autores: SILVA, M. R. da1; STRECK, N. A.1; BEXAIRA, K. P.1, WEBER, P. S.1, ZANON, A. J.1; RICHTER, G. L.1; DUARTE JÚNIOR, A. J.1; TAGLIAPIETRA, E. L.1; ROCHA, T. S. M. da1; CERA, J. C.2; ALBERTO, C. M.3; MACHADO, G. A.2; ALVES, A. F.1; BARCELLOS, G.1; ROSSATO, I. G1.

Profissional
Título: MONITORAMENTO DE BUVA COM INDICATIVO DE RESISTÊNCIA A PARAQUAT EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DE SOJA

Autores: ALBRECHT, A.J.P.1; ALBRECHT, L.P. 1; PELLIZZARO, E.C.2; LORENZETTI, J.B.1; DANILUSSI, M.T.Y.1

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