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Pesquisadora alerta para doença grave do coqueiro em conferência internacional

A pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) Viviane Talamini apresentou nesta quinta-feira (7) palestra sobre o amarelecimento letal do coqueiro durante a 6ª Conferência Nacional e 1ª Internacional em Defesa Agropecuária, realizada em Salvador, BA.

Talamini apresentou as principais ações de prevenção e controle da doença que é uma das mais agressivas para cultura do coqueiro e palmáceas em geral, e que pode em breve chegar ao Brasil. 

Ela integra um grupo de pesquisa em cooperação internacional sobre o amarelecimento letal que envolve pesquisadores brasileiros, da Embrapa e outras instituições, e o cientista francês Michel Dollet, do Cirad (La Recherche Agronomique pour le Développement). 

O objetivo da cooperação é aprofundar os conhecimentos dos pesquisadores brasileiros sobre o amarelecimento letal, informar e preparar os produtores, agências de defesa agropecuária nos estados e laboratórios para a adoção de medidas preventivas e identificação precoce, e também executar um plano de contingência caso a doença chegue ao território brasileiro.

Diversos técnicos das instituições de defesa vegetal dos estados e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de agentes de laboratórios, já foram capacitados para detecção da doença e coleta de amostras.

Viviane alertou que a única maneira de contingenciar a doença é quando existem poucas plantas infectadas. Ao permitir que um foco da doença se dissemine, poderá ser necessário que todas as plantas da área sejam destruídas. Caso contrário, a doença vai se espalhar para plantações vizinhas e poderá atingir todo o País. Os pesquisadores ressaltam que a doença não causa qualquer problema à saúde humana e animal.

A doença 
O amarelecimento letal é uma doença causada por um microrganismo do tipo fitoplasma que se dissemina por meio de insetos vetores, os quais se alimentam das folhas de palmáceas (Myndus crudus Van Duzee), e já atingiu coqueirais e palmáceas da África, Costa Atlântica, várias ilhas da América do Norte e Central e já se encontra no México e Honduras. 
 
Registrada a doença em uma área, a paisagem muda em questão de meses. Os coqueirais afetados ficam, na fase final da doença, com os estipes (nome dado ao tronco do coqueiro) sem folhas, lembrando postes após uma explosão, e a imagem contrasta com os cartões postais de praias tropicais.
 
Em 1980, a doença foi responsável pela morte de mais de sete milhões de palmeiras na Jamaica. Epidemias similares a essa ocorreram também em Cuba, Haiti, República Dominicana, Bahamas e Flórida. Em 1997 chegou a Cozumel e Cancun, no México, e seguiu pela península de Yucatán até Honduras. Nos últimos 30 anos, cerca de 50% dos coqueiros da Flórida e 80% dos da Jamaica morreram em consequência do amarelecimento letal.
 
Os coqueiros, além de diversas outras espécies de palmáceas suscetíveis à doença, e uma vez infectadas, morrem em um período de três a seis meses após o aparecimento dos primeiros sintomas. Não existem tratamentos eficientes para o controle dessa doença.
 
De acordo com Dollet, é impossível prever por onde ou quando a doença poderá chegar ao Brasil. “O amarelecimento letal pode chegar via América Central, Caribe ou diretamente da Flórida (EUA) ou Moçambique. Muitos focos são resultantes de importação sem controle que introduzem a doença e seu inseto vetor”, explica.

Identificação e prevenção 
Uma das iniciativas do projeto foi a edição de um boletim de alerta para a doença, que terá distribuição massificada entre produtores, agentes de defesa agropecuária e assistentes técnicos das regiões produtoras. A publicação está disponível online.
 
Os sintomas aparecem em sequência, começando pela queda repentina de todos os frutos da planta, tanto os grandes quanto os pequenos; em seguida se observa o amarelecimento das folhas mais velhas – que estão na porção mais baixa da planta; depois vem o escurecimento, manchas marrons e necrose das inflorescências; no próximo estágio, há a progressão do amarelecimento das folhas de baixo para cima – após amarelecer, a folha se torna marrom e ocorre a sua queda; no estágio final ocorre o apodrecimento e morte da planta, restando apenas o estipe sem folhas.
 
Assim que o produtor perceber um ou mais coqueiros, ou outra espécie de palmeira, com os sintomas descritos, deve fotografar as plantas e entrar em contato com a Embrapa através do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu, no final de 2013, um plano de contingência para o amarelecimento letal do coqueiro. Registrado na Instrução Normativa número 47, o plano determinou a criação do Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária (em que estão integrados os pesquisadores da Embrapa) para identificar, propor e articular a implementação de ações preventivas de vigilância fitossanitária relacionadas com a doença.
 
Só é possível determinar em definitivo se a planta está infectada pelo amarelecimento letal por meio de exames em laboratórios especializados. Por isso, é importante que o produtor, ao notar os sintomas descritos, entre em contato com a Embrapa. 
 
Além de entrar em contato com a Embrapa, o produtor deve procurar a Superintendência Federal de Agricultura do seu estado, que adotará os procedimentos de coleta de amostras na plantação e as encaminhará para exames nos laboratórios, sob a responsabilidade do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Ministério.
 
Os contatos da Ouvidoria do Mapa em Brasília são 0800 704 1995 e ouvidoria@agricultura.gov.br.

A pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) Viviane Talamini apresentou nesta quinta-feira (7) palestra sobre o amarelecimento letal do coqueiro durante a 6ª Conferência Nacional e 1ª Internacional em Defesa Agropecuária, realizada em Salvador, BA.

Talamini apresentou as principais ações de prevenção e controle da doença que é uma das mais agressivas para cultura do coqueiro e palmáceas em geral, e que pode em breve chegar ao Brasil. 

Ela integra um grupo de pesquisa em cooperação internacional sobre o amarelecimento letal que envolve pesquisadores brasileiros, da Embrapa e outras instituições, e o cientista francês Michel Dollet, do Cirad (La Recherche Agronomique pour le Développement). 

O objetivo da cooperação é aprofundar os conhecimentos dos pesquisadores brasileiros sobre o amarelecimento letal, informar e preparar os produtores, agências de defesa agropecuária nos estados e laboratórios para a adoção de medidas preventivas e identificação precoce, e também executar um plano de contingência caso a doença chegue ao território brasileiro.

Diversos técnicos das instituições de defesa vegetal dos estados e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de agentes de laboratórios, já foram capacitados para detecção da doença e coleta de amostras.

Viviane alertou que a única maneira de contingenciar a doença é quando existem poucas plantas infectadas. Ao permitir que um foco da doença se dissemine, poderá ser necessário que todas as plantas da área sejam destruídas. Caso contrário, a doença vai se espalhar para plantações vizinhas e poderá atingir todo o País. Os pesquisadores ressaltam que a doença não causa qualquer problema à saúde humana e animal.

A doença 
O amarelecimento letal é uma doença causada por um microrganismo do tipo fitoplasma que se dissemina por meio de insetos vetores, os quais se alimentam das folhas de palmáceas (Myndus crudus Van Duzee), e já atingiu coqueirais e palmáceas da África, Costa Atlântica, várias ilhas da América do Norte e Central e já se encontra no México e Honduras. 
 
Registrada a doença em uma área, a paisagem muda em questão de meses. Os coqueirais afetados ficam, na fase final da doença, com os estipes (nome dado ao tronco do coqueiro) sem folhas, lembrando postes após uma explosão, e a imagem contrasta com os cartões postais de praias tropicais.
 
Em 1980, a doença foi responsável pela morte de mais de sete milhões de palmeiras na Jamaica. Epidemias similares a essa ocorreram também em Cuba, Haiti, República Dominicana, Bahamas e Flórida. Em 1997 chegou a Cozumel e Cancun, no México, e seguiu pela península de Yucatán até Honduras. Nos últimos 30 anos, cerca de 50% dos coqueiros da Flórida e 80% dos da Jamaica morreram em consequência do amarelecimento letal.
 
Os coqueiros, além de diversas outras espécies de palmáceas suscetíveis à doença, e uma vez infectadas, morrem em um período de três a seis meses após o aparecimento dos primeiros sintomas. Não existem tratamentos eficientes para o controle dessa doença.
 
De acordo com Dollet, é impossível prever por onde ou quando a doença poderá chegar ao Brasil. “O amarelecimento letal pode chegar via América Central, Caribe ou diretamente da Flórida (EUA) ou Moçambique. Muitos focos são resultantes de importação sem controle que introduzem a doença e seu inseto vetor”, explica.

Identificação e prevenção 
Uma das iniciativas do projeto foi a edição de um boletim de alerta para a doença, que terá distribuição massificada entre produtores, agentes de defesa agropecuária e assistentes técnicos das regiões produtoras. A publicação está disponível online.
 
Os sintomas aparecem em sequência, começando pela queda repentina de todos os frutos da planta, tanto os grandes quanto os pequenos; em seguida se observa o amarelecimento das folhas mais velhas – que estão na porção mais baixa da planta; depois vem o escurecimento, manchas marrons e necrose das inflorescências; no próximo estágio, há a progressão do amarelecimento das folhas de baixo para cima – após amarelecer, a folha se torna marrom e ocorre a sua queda; no estágio final ocorre o apodrecimento e morte da planta, restando apenas o estipe sem folhas.
 
Assim que o produtor perceber um ou mais coqueiros, ou outra espécie de palmeira, com os sintomas descritos, deve fotografar as plantas e entrar em contato com a Embrapa através do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu, no final de 2013, um plano de contingência para o amarelecimento letal do coqueiro. Registrado na Instrução Normativa número 47, o plano determinou a criação do Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária (em que estão integrados os pesquisadores da Embrapa) para identificar, propor e articular a implementação de ações preventivas de vigilância fitossanitária relacionadas com a doença.
 
Só é possível determinar em definitivo se a planta está infectada pelo amarelecimento letal por meio de exames em laboratórios especializados. Por isso, é importante que o produtor, ao notar os sintomas descritos, entre em contato com a Embrapa. 
 
Além de entrar em contato com a Embrapa, o produtor deve procurar a Superintendência Federal de Agricultura do seu estado, que adotará os procedimentos de coleta de amostras na plantação e as encaminhará para exames nos laboratórios, sob a responsabilidade do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Ministério.
 
Os contatos da Ouvidoria do Mapa em Brasília são 0800 704 1995 e ouvidoria@agricultura.gov.br.

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