Gestores e técnicos do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes e Embrapa Cerrados participaram do curso “Uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) no Planejamento Florestal”, de 21 a 25 de maio. Realizada na Sede do Ibama (Brasília/DF), a atividade abordou técnicas de fotogrametria e sua aplicação nas atividades de planejamento e monitoramento florestal, além de conceitos da cartografia, elaboração e execução de planos de voo aerofotográfico e processamento de imagens obtidas com uso dos RPAs.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Evandro Orfanó, instrutor da capacitação, existem no mercado uma infinidade de RPAs, para as mais variadas aplicações. É importante conhecer especificidades, softwares compatíveis e metodologias que produzam resultados aplicáveis às atividades florestais. “O objetivo é formar um corpo técnico capacitado e habilitado para pilotar esse tipo de equipamento, com conhecimentos básicos de configurações, modelos e suas principais características, para garantir a precisão dos dados e o alto nível de detalhamento dos objetos fotografados pelos drones”, explica.
O analista ambiental da Diretoria de Proteção do Ibama, Felipe Seino dos Santos, um dos participantes do curso, desenvolve atividades no Centro de Operações do órgão e pondera que embora os drones apresentem grande potencial de crescimento nas atividades florestais ainda é um campo que merece mais estudos. “Estamos à frente do processo de compra de uma grande frota de drones para a instituição, mas tem sido um desafio fazer a aquisição desse equipamento com características que atendam à diversidade de operações realizadas pelo Ibama”, diz.
O curso é fruto da parceria entre a Embrapa e o Serviço Florestal Brasileiro que, desde 2010, vem permitindo a realização de ações de pesquisa e transferência de tecnologia em áreas de concessões de florestas públicas.
Mais precisão na cubagem de madeira
Em 2016, a Embrapa Acre e o SFB testaram uma metodologia para definição da cubagem de madeira com a utilização de RPAs, na Florestal Nacional de Jacundá, em Rondônia. Após a experiência, pesquisadores aperfeiçoaram a tecnologia e constataram maior precisão dos dados coletados, redução do tempo da operação com menos recursos humanos para realizar o procedimento, com relação ao modelo tradicional.
De acordo com o gerente de monitoramento do SFB, José Humberto Chaves, as áreas de concessão de florestas públicas chegam a um milhão de hectares e produzem, aproximadamente, 175 mil metros cúbicos de madeira por ano. A capacitação é uma das etapas para implantar o monitoramento do volume de madeira extraído dessas florestas com o uso de drones. “Já adquirimos quatro aeronaves remotamente tripuladas para aplicar o novo método de medição das toras que vai nos proporcionar maior controle do processo de exploração”, comenta.
Lotada na Unidade Regional Purus Madeira, no município de Porto Velho, a técnica do Serviço Florestal Brasileiro, Tamires Muniz, considera o uso de drones nas atividades de monitoramento florestal um salto tecnológico. “A expectativa é grande. Somos poucos e trabalhamos com uma grande produção de madeira das concessões florestais. Toda a produção dos pátios de estocagem é feita manualmente. Com o uso de drones, vamos ganhar tempo e qualidade no resultado do trabalho”, explica.
Drone e LiDAR
No último dia do curso, o pesquisador da Embrapa Acre, Marcus Vinício d’Oliveira, falou sobre como é possível combinar dados coletados com drone e pela tecnologia Lidar, no monitoramento dos impactos de operações florestais em planos de manejo.
O LiDAR (Light Detection and Ranging) é um sistema de sensoriamento remoto que fornece informações em alta resolução (3D), a partir de imagens geradas durante voos sobre áreas de floresta. Com um sensor ativo faz uma varredura da floresta, até a superfície do solo, enquanto o drone é um sensor passivo que capta informações ao nível da cobertura florestal. “O uso combinado dessas tecnologias gera informações complementares sobre o impacto do manejo florestal e pode contribuir para potencializar o processo de monitoramento da atividade”, destaca d´Oliveira.
Gestores e técnicos do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes e Embrapa Cerrados participaram do curso “Uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) no Planejamento Florestal”, de 21 a 25 de maio. Realizada na Sede do Ibama (Brasília/DF), a atividade abordou técnicas de fotogrametria e sua aplicação nas atividades de planejamento e monitoramento florestal, além de conceitos da cartografia, elaboração e execução de planos de voo aerofotográfico e processamento de imagens obtidas com uso dos RPAs.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Evandro Orfanó, instrutor da capacitação, existem no mercado uma infinidade de RPAs, para as mais variadas aplicações. É importante conhecer especificidades, softwares compatíveis e metodologias que produzam resultados aplicáveis às atividades florestais. “O objetivo é formar um corpo técnico capacitado e habilitado para pilotar esse tipo de equipamento, com conhecimentos básicos de configurações, modelos e suas principais características, para garantir a precisão dos dados e o alto nível de detalhamento dos objetos fotografados pelos drones”, explica.
O analista ambiental da Diretoria de Proteção do Ibama, Felipe Seino dos Santos, um dos participantes do curso, desenvolve atividades no Centro de Operações do órgão e pondera que embora os drones apresentem grande potencial de crescimento nas atividades florestais ainda é um campo que merece mais estudos. “Estamos à frente do processo de compra de uma grande frota de drones para a instituição, mas tem sido um desafio fazer a aquisição desse equipamento com características que atendam à diversidade de operações realizadas pelo Ibama”, diz.
O curso é fruto da parceria entre a Embrapa e o Serviço Florestal Brasileiro que, desde 2010, vem permitindo a realização de ações de pesquisa e transferência de tecnologia em áreas de concessões de florestas públicas.
Mais precisão na cubagem de madeira
Em 2016, a Embrapa Acre e o SFB testaram uma metodologia para definição da cubagem de madeira com a utilização de RPAs, na Florestal Nacional de Jacundá, em Rondônia. Após a experiência, pesquisadores aperfeiçoaram a tecnologia e constataram maior precisão dos dados coletados, redução do tempo da operação com menos recursos humanos para realizar o procedimento, com relação ao modelo tradicional.
De acordo com o gerente de monitoramento do SFB, José Humberto Chaves, as áreas de concessão de florestas públicas chegam a um milhão de hectares e produzem, aproximadamente, 175 mil metros cúbicos de madeira por ano. A capacitação é uma das etapas para implantar o monitoramento do volume de madeira extraído dessas florestas com o uso de drones. “Já adquirimos quatro aeronaves remotamente tripuladas para aplicar o novo método de medição das toras que vai nos proporcionar maior controle do processo de exploração”, comenta.
Lotada na Unidade Regional Purus Madeira, no município de Porto Velho, a técnica do Serviço Florestal Brasileiro, Tamires Muniz, considera o uso de drones nas atividades de monitoramento florestal um salto tecnológico. “A expectativa é grande. Somos poucos e trabalhamos com uma grande produção de madeira das concessões florestais. Toda a produção dos pátios de estocagem é feita manualmente. Com o uso de drones, vamos ganhar tempo e qualidade no resultado do trabalho”, explica.
Drone e LiDAR
No último dia do curso, o pesquisador da Embrapa Acre, Marcus Vinício d’Oliveira, falou sobre como é possível combinar dados coletados com drone e pela tecnologia Lidar, no monitoramento dos impactos de operações florestais em planos de manejo.
O LiDAR (Light Detection and Ranging) é um sistema de sensoriamento remoto que fornece informações em alta resolução (3D), a partir de imagens geradas durante voos sobre áreas de floresta. Com um sensor ativo faz uma varredura da floresta, até a superfície do solo, enquanto o drone é um sensor passivo que capta informações ao nível da cobertura florestal. “O uso combinado dessas tecnologias gera informações complementares sobre o impacto do manejo florestal e pode contribuir para potencializar o processo de monitoramento da atividade”, destaca d´Oliveira.