O público presente na 11ª edição do Dia de Campo Fazenda São Matheus, realizada na sexta-feira, 25 de maio, na Fazenda São Matheus, em Selvíria (MS), pode ver de perto como a Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) contribui para mudar as características do solo da propriedade e viu que é realmente possível cultivar soja em solos arenosos, na região do Bolsão.
A programação do evento contou com sete estações de visita a campo, sendo que três delas apresentaram tecnologias e informações obtidas por meio dos resultados de pesquisa desenvolvidas pela Embrapa. Um dos grandes destaques do evento foi a Estação 2, intitulada Solo Vivo, que contou com a participação da pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Michely Tomazi, que falou sobre “Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES)” e a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes, que falou sobre “Saúde do solo e sustentabilidade do agrícola”.
Em sua apresentação, Ieda abordou a importância dos indicadores biológicos do solo, com ênfase para a atividade enzimática. “Essa atividade pode ser proveniente de plantas, de animais e de microrganismos presentes no solo. Por meio das pesquisas conseguimos estabelecer níveis críticos que nos permitem avaliar se a atividade enzimática do solo está baixa, moderada ou adequada: A beta-glicosidase, que atua no ciclo do carbono, e a arilsulfatase, que é do ciclo do enxofre, foram as enzimas que mais se destacaram em 20 anos de estudo”, disse.
“Por meio dessas enzimas é possível avaliar como está a saúde do solo, e verificar se o solo está sendo bem manejado ou se está sendo degradado. Funciona como um exame de sangue, em que avaliamos se o bioindicador está na quantidade adequada ou não e com isso podemos saber se o manejo do solo está levando a melhorias ou contribuindo para degradação do mesmo” explicou Ieda.
Segundo ela, já foram desenvolvidas as tabelas de interpretação para esses bioindicadores para os latossolos argilosos e para os solos arenosos da região dos Cerrados. Ela explica que essas tabelas fornecem os parâmetros numéricos que permitem a interpretação dos resultados das análises de atividade enzimática. “A tecnologia de bio-análise de solo foi desenvolvida pela Embrapa e deverá estar disponível para uso pelo agricultor a partir do ano que vem. O Brasil será pioneiro mundial na adoção das análises de atividade enzimática como parte da rotina de análises de solo e isso deve proporcionar avanços enormes, pois o solo será avaliado além dos seus aspectos químicos e físicos. Com os indicadores biológicos poderemos acessar a memória do solo, pois cada sistema de manejo deixa a sua impressão digital no solo.” explicou a pesquisadora.
Por meio dessa análise é possível verificar, por exemplo, os benefícios que a adoção do ILP traz para o solo. O uso dos bioindicadores também serve como um alerta ao produtor que adota sistemas de manejo que degradam o solo. “
“A ILPF, em associação com o plantio direto é um dos sistemas de manejo que mais favorecem a saúde dos solos nas regiões tropicais do mundo e os indicadores biológicos comprovam isso, uma vez que o solo passa a ser um solo biologicamente mais ativo. Solos biologicamente ativos são mais produtivos e mais resilientes, tolerando melhor adversidade climáticas como os estresses hídricos”, salientou Ieda.
Os participantes que estiveram presentes na Estação 2, também puderam conhecer detalhadamente a metodologia do Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES), apresentada pela pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Michely Tomazi.
O DRES é uma forma inovadora de avaliação visual da estrutura do solo que leva em conta a qualidade da agregação do solo, a partir de amostras dos primeiros 25 cm. “Nas amostras, são observados o tamanho e a forma dos agregados e torrões, presença ou não de compactação ou outra modalidade de degradação do solo, forma e orientação das fissurações, rugosidade das faces de ruptura, resistência à ruptura, distribuição e aspecto do sistema radicular, e evidências de atividade biológica”, explica Tomazi.
A tecnologia do DRES foi oficialmente lançada pela Embrapa, no ano passado, durante a Reunião de Pesquisa de Soja, realizada em junho, na Embrapa Soja. A pesquisa desse método inovador dos aspectos físicos do solo foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Embrapa.
Demais estações – Na Estação 1, foi apresentado o Sistema São Mateus, pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Julio Cesar Salton e pelo pesquisador da Embrapa Soja, José Salvador Foloni. Na Estação 3, o assunto foram as pastagens em ILP, em que os pesquisadores da Embrapa Gado de Corte, Ademir Zimmer e Manuel Macedo, falaram sobre manejo de pastagens e novas cultivares, respectivamente.
Na Estação 4, da Oro Agri, foi abordado o Manejo de pastagens para altas produtividades, por Ricardo Frugis, da Divisão de pastagens e pelo professor da Universidade Federal de Uberlândia, Leandro Barbero. Na Estação 5, as atividades foram sobre o planejamento de safra, com a Iguaçu Máquinas. Na Estação 6, da True Test, o tema foi Rotacionado na ILPF, tenha palhada uniforme e melhor perfil de solo, manejando o gado no pasto. Finalmente, na Estação 7, da Fertband, o destaque foram as novas tecnologias para uma adubação mais eficiente. Após essas atividades, os participantes puderam desfrutar de uma saboroso almoço que encerrou as atividades do evento.
O 11º Dia de Campo foi uma realização da Fazenda São Matheus, organizado pela Company Eventos e que contou com apoio da Embrapa e a Rede ILPF.
O público presente na 11ª edição do Dia de Campo Fazenda São Matheus, realizada na sexta-feira, 25 de maio, na Fazenda São Matheus, em Selvíria (MS), pode ver de perto como a Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) contribui para mudar as características do solo da propriedade e viu que é realmente possível cultivar soja em solos arenosos, na região do Bolsão.
A programação do evento contou com sete estações de visita a campo, sendo que três delas apresentaram tecnologias e informações obtidas por meio dos resultados de pesquisa desenvolvidas pela Embrapa. Um dos grandes destaques do evento foi a Estação 2, intitulada Solo Vivo, que contou com a participação da pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Michely Tomazi, que falou sobre “Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES)” e a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes, que falou sobre “Saúde do solo e sustentabilidade do agrícola”.
Em sua apresentação, Ieda abordou a importância dos indicadores biológicos do solo, com ênfase para a atividade enzimática. “Essa atividade pode ser proveniente de plantas, de animais e de microrganismos presentes no solo. Por meio das pesquisas conseguimos estabelecer níveis críticos que nos permitem avaliar se a atividade enzimática do solo está baixa, moderada ou adequada: A beta-glicosidase, que atua no ciclo do carbono, e a arilsulfatase, que é do ciclo do enxofre, foram as enzimas que mais se destacaram em 20 anos de estudo”, disse.
“Por meio dessas enzimas é possível avaliar como está a saúde do solo, e verificar se o solo está sendo bem manejado ou se está sendo degradado. Funciona como um exame de sangue, em que avaliamos se o bioindicador está na quantidade adequada ou não e com isso podemos saber se o manejo do solo está levando a melhorias ou contribuindo para degradação do mesmo” explicou Ieda.
Segundo ela, já foram desenvolvidas as tabelas de interpretação para esses bioindicadores para os latossolos argilosos e para os solos arenosos da região dos Cerrados. Ela explica que essas tabelas fornecem os parâmetros numéricos que permitem a interpretação dos resultados das análises de atividade enzimática. “A tecnologia de bio-análise de solo foi desenvolvida pela Embrapa e deverá estar disponível para uso pelo agricultor a partir do ano que vem. O Brasil será pioneiro mundial na adoção das análises de atividade enzimática como parte da rotina de análises de solo e isso deve proporcionar avanços enormes, pois o solo será avaliado além dos seus aspectos químicos e físicos. Com os indicadores biológicos poderemos acessar a memória do solo, pois cada sistema de manejo deixa a sua impressão digital no solo.” explicou a pesquisadora.
Por meio dessa análise é possível verificar, por exemplo, os benefícios que a adoção do ILP traz para o solo. O uso dos bioindicadores também serve como um alerta ao produtor que adota sistemas de manejo que degradam o solo. “
“A ILPF, em associação com o plantio direto é um dos sistemas de manejo que mais favorecem a saúde dos solos nas regiões tropicais do mundo e os indicadores biológicos comprovam isso, uma vez que o solo passa a ser um solo biologicamente mais ativo. Solos biologicamente ativos são mais produtivos e mais resilientes, tolerando melhor adversidade climáticas como os estresses hídricos”, salientou Ieda.
Os participantes que estiveram presentes na Estação 2, também puderam conhecer detalhadamente a metodologia do Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES), apresentada pela pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Michely Tomazi.
O DRES é uma forma inovadora de avaliação visual da estrutura do solo que leva em conta a qualidade da agregação do solo, a partir de amostras dos primeiros 25 cm. “Nas amostras, são observados o tamanho e a forma dos agregados e torrões, presença ou não de compactação ou outra modalidade de degradação do solo, forma e orientação das fissurações, rugosidade das faces de ruptura, resistência à ruptura, distribuição e aspecto do sistema radicular, e evidências de atividade biológica”, explica Tomazi.
A tecnologia do DRES foi oficialmente lançada pela Embrapa, no ano passado, durante a Reunião de Pesquisa de Soja, realizada em junho, na Embrapa Soja. A pesquisa desse método inovador dos aspectos físicos do solo foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Embrapa.
Demais estações – Na Estação 1, foi apresentado o Sistema São Mateus, pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Julio Cesar Salton e pelo pesquisador da Embrapa Soja, José Salvador Foloni. Na Estação 3, o assunto foram as pastagens em ILP, em que os pesquisadores da Embrapa Gado de Corte, Ademir Zimmer e Manuel Macedo, falaram sobre manejo de pastagens e novas cultivares, respectivamente.
Na Estação 4, da Oro Agri, foi abordado o Manejo de pastagens para altas produtividades, por Ricardo Frugis, da Divisão de pastagens e pelo professor da Universidade Federal de Uberlândia, Leandro Barbero. Na Estação 5, as atividades foram sobre o planejamento de safra, com a Iguaçu Máquinas. Na Estação 6, da True Test, o tema foi Rotacionado na ILPF, tenha palhada uniforme e melhor perfil de solo, manejando o gado no pasto. Finalmente, na Estação 7, da Fertband, o destaque foram as novas tecnologias para uma adubação mais eficiente. Após essas atividades, os participantes puderam desfrutar de uma saboroso almoço que encerrou as atividades do evento.
O 11º Dia de Campo foi uma realização da Fazenda São Matheus, organizado pela Company Eventos e que contou com apoio da Embrapa e a Rede ILPF.