Notícias

SIT amplia abrangência em prol da agropecuária de Minas

A Semana de Integração Tecnológica (SIT) chega à sua 11ª edição com maior alcance e estabelecimento de novas parcerias. “Sempre pautada no diálogo, na troca de informações, a SIT foi inicialmente pensada para atender a região Central de Minas, mas este ano tomou uma dimensão que abrange todo o estado e recebe caravanas de diversos locais”, comenta Fredson Chaves, supervisor de Transferência de Tecnologias da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e coordenador do evento.

Fredson ressalta a importância da cooperação entre instituições para realizar as atividades da Semana. “A SIT não seria possível sem a parceria com a Epamig, a Universidade Federal de São João del-Rei e a Emater-MG. E, a cada ano, são construídas novas parcerias, para que as soluções tecnológicas cheguem aos produtores rurais e possam ser usadas em suas atividades agropecuárias.”

A programação envolve cinco seminários técnicos, giros tecnológicos, mais de 30 cursos, além de oficinas e dias de campo sobre assuntos variados. O tema deste ano é “Diversificação e inovações para uma agropecuária sustentável”.

O chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Purcino, afirma que a SIT é uma atividade cada vez mais importante para o agronegócio. “O evento tem tomado uma proporção muito grande. Já tivemos 17 mil visitantes nos últimos anos. O foco é atender necessidades, demandas que os produtores colocam para a Embrapa. Se não tivermos a solução aqui na Milho e Sorgo, buscamos onde houver, seja em outras Unidades da Embrapa ou na universidade”.

Lançamentos

Na abertura da 11ª SIT, foi lançada uma nova variedade de milheto desenvolvida pela Embrapa: a cultivar BRS 1502. O pesquisador José Avelino Santos Rodrigues apresentou o material. “É uma variedade com alta capacidade de produção de massa e muita qualidade, rica em proteína. Apresenta tolerância ao estresse hídrico, ou seja, exige menos água para produzir. É uma ótima opção para produção de palhada para sistema de plantio direto.”

O milheto tem grande variedade de usos. Além de ser utilizado como planta de cobertura do solo, também é usado como forragem, como opção de pastagem para o gado e na produção de grãos para fabricar ração. Segundo o pesquisador José Avelino, no desenvolvimento da nova variedade, buscou-se aliar altas produtividades de massa e de grãos, sanidade foliar e qualidade de forragem.

A Embrapa também lançou dois novos cursos a distância. O IrrigaWeb é uma capacitação online em uso e manejo de irrigação. O curso Agricultura de Baixo Carbono aborda as principais tecnologias do Plano ABC, que tem como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de sistemas de produção sustentáveis.

Houve ainda a apresentação da página temática da Embrapa sobre plantas daninhas, agora disponível no portal da Empresa. A página reúne informações para auxiliar o produtor na tomada de decisões para o manejo dessas espécies infestantes em diferentes culturas.

Convênios

A cerimônia de abertura da SIT também foi marcada pela assinatura de convênios de cooperação técnica entre a Embrapa Milho e Sorgo e associações de municípios.  Foram firmadas parcerias com a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Jequitinhonha, com a Nova Associação dos Municípios da Microrregião do Baixo Jequitinhonha e com o Consórcio Público Intermunicipal Multifinalitário do Alto Rio Pardo. O objetivo é integrar esforços para o desenvolvimento de trabalhos visando a adoção de boas praticas agrícolas.

Também foi assinado convênio com a prefeitura municipal de Sete Lagoas para a construção de Barraginhas e de lagos lonados na região.

Homenagens

A Embrapa Milho e Sorgo, também na solenidade de abertura da SIT, prestou homenagens a duas importantes entidades parceiras: a Emater-MG, pelos 70 anos de existência, com trabalho de destaque em prol da agropecuária, e o Senar Minas, pelos 25 anos de trabalho na formação das pessoas no campo.

Palestra

O presidente da Emater-MG, Glenio Martins de Lima Mariano, proferiu a palestra da cerimônia de abertura da 11ª SIT, com o título “A agricultura do futuro necessita de uma extensão do futuro”.

Glenio apresentou números da assistência técnica e extensão rural. Em Minas, a Emater atua em 790 localidades com 1.920 servidores. São 400 mil produtores atendidos, sendo que o estado possui 468.874 estabelecimentos da agricultura familiar e 82.743 não familiares.

A partir dos dados de crescimento populacional, Glenio destacou os desafios da humanidade até 2050. “A população atual do planeta é de 7,6 bilhões de pessoas. Em 2050, estima-se que será de 9,3 bilhões. Se o atual ritmo de consumo continuar, em 2050 o mundo precisará de 60% mais alimentos”, ressaltou.

Nesse contexto, Glenio listou o que considera como principais agendas internacionais: a segurança alimentar, a sustentabilidade ambiental, a substituição do petróleo por biocombustíveis, a educação e o combate à pobreza.

Como tendências atuais, o presidente da Emater-MG destacou o avanço de novas atividades no espaço rural (não agrícolas), a terceirização de atividades agrícolas, a proliferação de empresas prestadoras de serviços técnicos (como preparo do solo, pulverizações, colheita), a implantação de fazendas urbanas, o uso de tecnologias (robôs no campo, sensoriamento, automação de casas vegetais, produção digital, monitoramento) e o consumo consciente.

 Segundo Glenio, a agricultura reafirma sua relevância no enfrentamento de problemas mundiais, mas apresenta desafios. E, para impulsionar a produção agropecuária, a extensão rural também tem desafios a enfrentar.

Ele acredita que é preciso utilizar tecnologias como fator de inclusão dos agricultores familiares. Como estratégias de atuação da extensão rural, o palestrante cita a adoção de princípios da agroecologia, o que considera uma tendência de mercado; o investimento na produção de alimentos limpos; a formação de redes de fornecedores de insumos, prestadores de serviços, agricultores, agroindústrias e empresas de distribuição.

“É preciso trabalhar o fortalecimento do cooperativismo e atuar na gestão de empreendimentos da agricultura familiar. Devemos trabalhar agregação de valor à produção, como estratégia de acesso a novos mercados. Podemos utilizar redes sociais para agilizar atendimentos e prestar atendimentos individuais e coletivos com interação, via ferramentas de comunicação digital, em tempo real.”

A Semana de Integração Tecnológica (SIT) chega à sua 11ª edição com maior alcance e estabelecimento de novas parcerias. “Sempre pautada no diálogo, na troca de informações, a SIT foi inicialmente pensada para atender a região Central de Minas, mas este ano tomou uma dimensão que abrange todo o estado e recebe caravanas de diversos locais”, comenta Fredson Chaves, supervisor de Transferência de Tecnologias da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e coordenador do evento.

Fredson ressalta a importância da cooperação entre instituições para realizar as atividades da Semana. “A SIT não seria possível sem a parceria com a Epamig, a Universidade Federal de São João del-Rei e a Emater-MG. E, a cada ano, são construídas novas parcerias, para que as soluções tecnológicas cheguem aos produtores rurais e possam ser usadas em suas atividades agropecuárias.”

A programação envolve cinco seminários técnicos, giros tecnológicos, mais de 30 cursos, além de oficinas e dias de campo sobre assuntos variados. O tema deste ano é “Diversificação e inovações para uma agropecuária sustentável”.

O chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Purcino, afirma que a SIT é uma atividade cada vez mais importante para o agronegócio. “O evento tem tomado uma proporção muito grande. Já tivemos 17 mil visitantes nos últimos anos. O foco é atender necessidades, demandas que os produtores colocam para a Embrapa. Se não tivermos a solução aqui na Milho e Sorgo, buscamos onde houver, seja em outras Unidades da Embrapa ou na universidade”.

Lançamentos

Na abertura da 11ª SIT, foi lançada uma nova variedade de milheto desenvolvida pela Embrapa: a cultivar BRS 1502. O pesquisador José Avelino Santos Rodrigues apresentou o material. “É uma variedade com alta capacidade de produção de massa e muita qualidade, rica em proteína. Apresenta tolerância ao estresse hídrico, ou seja, exige menos água para produzir. É uma ótima opção para produção de palhada para sistema de plantio direto.”

O milheto tem grande variedade de usos. Além de ser utilizado como planta de cobertura do solo, também é usado como forragem, como opção de pastagem para o gado e na produção de grãos para fabricar ração. Segundo o pesquisador José Avelino, no desenvolvimento da nova variedade, buscou-se aliar altas produtividades de massa e de grãos, sanidade foliar e qualidade de forragem.

A Embrapa também lançou dois novos cursos a distância. O IrrigaWeb é uma capacitação online em uso e manejo de irrigação. O curso Agricultura de Baixo Carbono aborda as principais tecnologias do Plano ABC, que tem como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de sistemas de produção sustentáveis.

Houve ainda a apresentação da página temática da Embrapa sobre plantas daninhas, agora disponível no portal da Empresa. A página reúne informações para auxiliar o produtor na tomada de decisões para o manejo dessas espécies infestantes em diferentes culturas.

Convênios

A cerimônia de abertura da SIT também foi marcada pela assinatura de convênios de cooperação técnica entre a Embrapa Milho e Sorgo e associações de municípios.  Foram firmadas parcerias com a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Jequitinhonha, com a Nova Associação dos Municípios da Microrregião do Baixo Jequitinhonha e com o Consórcio Público Intermunicipal Multifinalitário do Alto Rio Pardo. O objetivo é integrar esforços para o desenvolvimento de trabalhos visando a adoção de boas praticas agrícolas.

Também foi assinado convênio com a prefeitura municipal de Sete Lagoas para a construção de Barraginhas e de lagos lonados na região.

Homenagens

A Embrapa Milho e Sorgo, também na solenidade de abertura da SIT, prestou homenagens a duas importantes entidades parceiras: a Emater-MG, pelos 70 anos de existência, com trabalho de destaque em prol da agropecuária, e o Senar Minas, pelos 25 anos de trabalho na formação das pessoas no campo.

Palestra

O presidente da Emater-MG, Glenio Martins de Lima Mariano, proferiu a palestra da cerimônia de abertura da 11ª SIT, com o título “A agricultura do futuro necessita de uma extensão do futuro”.

Glenio apresentou números da assistência técnica e extensão rural. Em Minas, a Emater atua em 790 localidades com 1.920 servidores. São 400 mil produtores atendidos, sendo que o estado possui 468.874 estabelecimentos da agricultura familiar e 82.743 não familiares.

A partir dos dados de crescimento populacional, Glenio destacou os desafios da humanidade até 2050. “A população atual do planeta é de 7,6 bilhões de pessoas. Em 2050, estima-se que será de 9,3 bilhões. Se o atual ritmo de consumo continuar, em 2050 o mundo precisará de 60% mais alimentos”, ressaltou.

Nesse contexto, Glenio listou o que considera como principais agendas internacionais: a segurança alimentar, a sustentabilidade ambiental, a substituição do petróleo por biocombustíveis, a educação e o combate à pobreza.

Como tendências atuais, o presidente da Emater-MG destacou o avanço de novas atividades no espaço rural (não agrícolas), a terceirização de atividades agrícolas, a proliferação de empresas prestadoras de serviços técnicos (como preparo do solo, pulverizações, colheita), a implantação de fazendas urbanas, o uso de tecnologias (robôs no campo, sensoriamento, automação de casas vegetais, produção digital, monitoramento) e o consumo consciente.

 Segundo Glenio, a agricultura reafirma sua relevância no enfrentamento de problemas mundiais, mas apresenta desafios. E, para impulsionar a produção agropecuária, a extensão rural também tem desafios a enfrentar.

Ele acredita que é preciso utilizar tecnologias como fator de inclusão dos agricultores familiares. Como estratégias de atuação da extensão rural, o palestrante cita a adoção de princípios da agroecologia, o que considera uma tendência de mercado; o investimento na produção de alimentos limpos; a formação de redes de fornecedores de insumos, prestadores de serviços, agricultores, agroindústrias e empresas de distribuição.

“É preciso trabalhar o fortalecimento do cooperativismo e atuar na gestão de empreendimentos da agricultura familiar. Devemos trabalhar agregação de valor à produção, como estratégia de acesso a novos mercados. Podemos utilizar redes sociais para agilizar atendimentos e prestar atendimentos individuais e coletivos com interação, via ferramentas de comunicação digital, em tempo real.”

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *