O curso de manejo reprodutivo de quelônios de água doce em cativeiro, a ser realizado pela Embrapa Amapá nos dias 24 e 25 de maio, encerra o ciclo de seis capacitações dirigidas a extensionistas e aquicultores que atuam ou têm interesse no cultivo de quelônios para fins comerciais no Amapá. O curso será ministrado pela médica veterinária e professora da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Alanna do Socorro Lima da Silva, responsável pelas disciplinas Produção e Conservação de Animais Silvestres, e Bem-Estar e Comportamento Animal.
Com ênfase no cultivo de tracajás, a série de capacitações é realizada pela Embrapa Amapá, como parte do projeto “Produção de tracajá em cativeiro como alternativa sustentável para o desenvolvimento amazônico” (AmapaJá), financiado pelo Banco da Amazônia (BASA). O curso dos dias 24 e 25 deste mês constará de atividades na Embrapa Amapá, com palestras no Auditório Tucuju e procedimentos práticos sobre temas que vão desde os aspectos reprodutivos de quelônios de água doce em cativeiro, visando a criação comercial, abordando dimorfismo sexual; comportamento reprodutivo; diagnóstico reprodutivo; coleta e translocação de ovos; incubação de ovos; e montagem de uma incubadora artificial para ovos de quelônios.
O comportamento reprodutivo dos quelônios será um tópico conduzido no curso, um aspecto importante na criação de quelônios para entender como o animal vai expressar a reprodução dele em cativeiro, qual o momento que vai reproduzir, o momento que estará fazendo a postura dos ovos. Os participantes também serão orientados sobre diagnóstico reprodutivo e participarão de uma demonstração prática sobre a forma adequada de coleta e translocação dos ovos e montagem de incubadora artificial. “As fêmeas põem os ovos na praia ou no local de postura. Porém, quando a postura é feita em local pequeno ou que ofereça risco para o desenvolvimento embrionário, o recomendado é transferir os ovos para um ambiente controlado, a fim de evitar ataques de predadores”, ressaltou a professora Alanna Silva. Ela explicará sobre a definição do local onde serão colocados os ovos, a que profundidade, qual o substrato para a incubação. Instrutora e participantes do curso montarão uma incubadora artificial de ovos de tracajás, construída de forma artesanal para controlar a temperatura e umidade da incubação dos ovos.
De acordo com a pesquisadora Jamile da Costa Araújo, o Projeto AmapaJá viabilizou diversos eventos de capacitação e auxílio a cadeia produtiva de quelônios no Amapá, além de material técnico publicado, dissertação e trabalhos em eventos científicos, inclusive com premiação. “O projeto está fase de finalização, entretanto ainda há necessidade de muito trabalho para subsidiar a quelonicultura no Amapá. Um dos pontos importantes é a capacitação de técnicos e potenciais produtores. Em 2017, no início dos cursos de capacitação do projeto, foram inscritas mais de 200 pessoas, entre técnicos, professores e potenciais produtores interessados em se capacitar para produzir quelônios em cativeiro”, acrescentou a pesquisadora, responsável pelo projeto.
O tracajá é uma das espécies mais capturadas para consumo na Amazônia brasileira – integrando a lista de animais vulneráveis à extinção -, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção. Além de ser a espécie mais apreendida pelo órgão fiscalizador de tráfico de animais silvestres, no Amapá (2005 a 2009), totalizando 35,55% das apreensões. Este fato demonstra o alto grau de uso desta espécie pela população no estado, a qual consome a carne e ovos destes animais de vida-livre, comprometendo de forma drástica a manutenção dos estoques naturais.
Quelonicultura é a criação de quelônios em cativeiro com fins comerciais. Os quelônios estão divididos em tartarugas (quelônios que vivem na água); cágados (quelônios que vivem na água e na terra. Exemplo: tracajá); e jabutis (quelônios que vivem na terra). A pesquisa desenvolvida pela Embrapa Amapá, por meio do Projeto AmapaJá, busca atender ao objetivo de estabelecer e aprimorar índices zootécnicos, desenvolver tecnologias e capacitar multiplicadores para produção de tracajá em cativeiro na Amazônia, e assim contribuir para a conservação da espécie na natureza.
O curso de manejo reprodutivo de quelônios de água doce em cativeiro, a ser realizado pela Embrapa Amapá nos dias 24 e 25 de maio, encerra o ciclo de seis capacitações dirigidas a extensionistas e aquicultores que atuam ou têm interesse no cultivo de quelônios para fins comerciais no Amapá. O curso será ministrado pela médica veterinária e professora da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Alanna do Socorro Lima da Silva, responsável pelas disciplinas Produção e Conservação de Animais Silvestres, e Bem-Estar e Comportamento Animal.
Com ênfase no cultivo de tracajás, a série de capacitações é realizada pela Embrapa Amapá, como parte do projeto “Produção de tracajá em cativeiro como alternativa sustentável para o desenvolvimento amazônico” (AmapaJá), financiado pelo Banco da Amazônia (BASA). O curso dos dias 24 e 25 deste mês constará de atividades na Embrapa Amapá, com palestras no Auditório Tucuju e procedimentos práticos sobre temas que vão desde os aspectos reprodutivos de quelônios de água doce em cativeiro, visando a criação comercial, abordando dimorfismo sexual; comportamento reprodutivo; diagnóstico reprodutivo; coleta e translocação de ovos; incubação de ovos; e montagem de uma incubadora artificial para ovos de quelônios.
O comportamento reprodutivo dos quelônios será um tópico conduzido no curso, um aspecto importante na criação de quelônios para entender como o animal vai expressar a reprodução dele em cativeiro, qual o momento que vai reproduzir, o momento que estará fazendo a postura dos ovos. Os participantes também serão orientados sobre diagnóstico reprodutivo e participarão de uma demonstração prática sobre a forma adequada de coleta e translocação dos ovos e montagem de incubadora artificial. “As fêmeas põem os ovos na praia ou no local de postura. Porém, quando a postura é feita em local pequeno ou que ofereça risco para o desenvolvimento embrionário, o recomendado é transferir os ovos para um ambiente controlado, a fim de evitar ataques de predadores”, ressaltou a professora Alanna Silva. Ela explicará sobre a definição do local onde serão colocados os ovos, a que profundidade, qual o substrato para a incubação. Instrutora e participantes do curso montarão uma incubadora artificial de ovos de tracajás, construída de forma artesanal para controlar a temperatura e umidade da incubação dos ovos.
De acordo com a pesquisadora Jamile da Costa Araújo, o Projeto AmapaJá viabilizou diversos eventos de capacitação e auxílio a cadeia produtiva de quelônios no Amapá, além de material técnico publicado, dissertação e trabalhos em eventos científicos, inclusive com premiação. “O projeto está fase de finalização, entretanto ainda há necessidade de muito trabalho para subsidiar a quelonicultura no Amapá. Um dos pontos importantes é a capacitação de técnicos e potenciais produtores. Em 2017, no início dos cursos de capacitação do projeto, foram inscritas mais de 200 pessoas, entre técnicos, professores e potenciais produtores interessados em se capacitar para produzir quelônios em cativeiro”, acrescentou a pesquisadora, responsável pelo projeto.
O tracajá é uma das espécies mais capturadas para consumo na Amazônia brasileira – integrando a lista de animais vulneráveis à extinção -, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção. Além de ser a espécie mais apreendida pelo órgão fiscalizador de tráfico de animais silvestres, no Amapá (2005 a 2009), totalizando 35,55% das apreensões. Este fato demonstra o alto grau de uso desta espécie pela população no estado, a qual consome a carne e ovos destes animais de vida-livre, comprometendo de forma drástica a manutenção dos estoques naturais.
Quelonicultura é a criação de quelônios em cativeiro com fins comerciais. Os quelônios estão divididos em tartarugas (quelônios que vivem na água); cágados (quelônios que vivem na água e na terra. Exemplo: tracajá); e jabutis (quelônios que vivem na terra). A pesquisa desenvolvida pela Embrapa Amapá, por meio do Projeto AmapaJá, busca atender ao objetivo de estabelecer e aprimorar índices zootécnicos, desenvolver tecnologias e capacitar multiplicadores para produção de tracajá em cativeiro na Amazônia, e assim contribuir para a conservação da espécie na natureza.