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Chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão faz palestra na Reunião Regional 2018 da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

Participação do dirigente da Empresa abriu discussão em mesa redonda que aborda as relações dos setores envolvidos no Agronegócio e temas concernentes à área da saúde e Meio Ambiente

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizou a sua Reunião Regional/2018, entre os dias 15 de 19 de maio, no campus do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), na cidade de Rio Verde-Goiás. O tema escolhido para o evento foi: “Cerrado: Ciência, Inovação, Crescimento Econômico, Desenvolvimento Sustentável e Sociedade”, em função da grande contribuição científica e tecnológica vindas desse Bioma para o desenvolvimento nacional. A Embrapa esteve presente, com a palestra “Avanços tecnológicos e a imagem global do agronegócio brasileiro”,realizada pelo chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão, Alcido Elenor Wander, representando o presidente da Empresa, Maurício Lopes.

Alcido Wander apresentou dados definindo os termos Agricultura, Pecuária, Agropecuária e Agronegócio, tratados em senso comum sobre os mesmos conceitos, o que normalmente promove também confusões de julgamento. Destacou a importância do Agronegócio na economia nacional, que em 2017 representou 21,59% do PIB brasileiro, somando 44% das exportações brasileiras e mais de 30% dos empregos formais do país naquele ano. “É um setor estratégico para a economia de países como o Brasil”, afirmou.

Sobre a Tecnologia no Agronegócio, o chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão destacou a Agricultura baseada em Ciência, que promoveu crescente incorporação de práticas sustentáveis e impactos positivos em segurança alimentar, capacidade exportadora e desenvolvimento regional, além da produção de alto desempenho no país, facilmente perceptível em dados como os fornecidos pelo Instituto Mercado Popular (IMP) que aponta o crescimento da produtividade na casa de 700% no país desde o ano de 1950, com escala bem mais acentuada após a década de 1970, quando da criação da Embrapa, como mostra o quadro abaixo.

Esses dados demonstram, ainda, a menor demanda de espaço plantado para que se atinja a produtividade desejada, levando à economia de terras, que segundo o IBGE, é da ordem de, aproximadamente, 750 milhões de hectares, em todo o país.

A palestra tratou também dos avanços recentes promovidos pelo agronegócio no país, ressaltando a diversidade de atividades dentro da agropecuária, territorialmente dispersa de forma única no planeta. Neste ponto, Alcido destacou o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), medida que varia de 0 a 1, composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. Como exemplo, foram citados Sinop e Lucas do Rio Verde, municípios que apresentaram crescimento de 50%, em média, entre os anos 1991 e 2010. Ainda dentro do tema “Desenvolvimento Humano”, dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontam que o crescimento com origem no Agronegócio reduziu o preço da cesta básica no Brasil em 50%, desde 1975.

Alcido lembra que é importante mostrar o papel do estado na Inovação Agropecuária. “A pesquisa pública abriu caminho para um setor privado ágil, pujante e empreendedor”, diz, tratando da abertura de frentes de pesquisa promovidas pelas instituições estatais da área, que possibilitaram, em segundo momento, que a rede privada assumisse papéis que ainda não existiam e construísse o grande arcabouço disponível atualmente para todas as cadeias produtivas, em todas as suas etapas, e de todos os produtos produzidos no país. Com base no que foi iniciado pelas ações do estado, surgiu, por exemplo, a “tropicalização” de variedades e animais, como o caso da soja, restrita, em 1960, a regiões subtropicais dos Estados Unidos e que hoje é produzida no Brasil até nas regiões do equador. Da mesma forma, deu-se a transformação de solos ácidos e pobres em solo fértil e o desenvolvimento de uma plataforma de Produção Sustentável.

No mesmo contexto, foi destacado ainda o papel da Startups, que têm a “Inovação” como DNA, com maior possibilidade a ampliação de escala, e maior velocidade em suas atividades, já que empresas grandes e plenamente constituídas acabam sendo engessadas por burocracia.

Por fim, Alcido apresentou a magnitude do Brasil, visto como um gigantedo agronegócio mundial, em todos os sentidos: é competitivo, possui tecnologia de produção adaptada aos trópicos, produz muito (quantidade) e de muitos tipos de produtos (diversidade) e com demanda interna (mercado interno) expressiva, o que o liberta da dependência exclusiva da exportação). Sobre desafios, abordou a necessidade de melhoria da infraestrutura, em especial armazenagem e logística; de adotar, de forma plena (em todo o território nacional), mecanismos eficientes de controle de qualidade e rastreabilidade em suas cadeias de produção; e buscar formas efetivas de inserir pequenos produtores e/ou extrativistas nas cadeias de valor. Outros pontos considerados desafios foram: a mudança da percepção do mundo em relação aos produtos: de “low cost” para “high quality”, a custos competitivos; e ampliação das fontes locais de nutrientes reduzindo importações e ampliando as oportunidades de desenvolvimento local e regional.

Um dos objetivos da SBPC com a realização do evento é popularizar e valorizar a produção científica nacional, promovendo sua inserção no cotidiano dos cidadãos. Para isso, foram realizadas atividades diversas, como oficinas, exposições, palestras, conferências, mesas-redondas e minicursos, tratando sobre Ciência e Tecnologia, adoção de energia solar, recursos hídricos, aplicação da Biologia Molecular no diagnóstico de Doenças, pragas e doenças da agricultura, entre outros, com um público diário de mais de 3.000 pessoas. 

Participação do dirigente da Empresa abriu discussão em mesa redonda que aborda as relações dos setores envolvidos no Agronegócio e temas concernentes à área da saúde e Meio Ambiente

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizou a sua Reunião Regional/2018, entre os dias 15 de 19 de maio, no campus do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), na cidade de Rio Verde-Goiás. O tema escolhido para o evento foi: “Cerrado: Ciência, Inovação, Crescimento Econômico, Desenvolvimento Sustentável e Sociedade”, em função da grande contribuição científica e tecnológica vindas desse Bioma para o desenvolvimento nacional. A Embrapa esteve presente, com a palestra “Avanços tecnológicos e a imagem global do agronegócio brasileiro”,realizada pelo chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão, Alcido Elenor Wander, representando o presidente da Empresa, Maurício Lopes.

Alcido Wander apresentou dados definindo os termos Agricultura, Pecuária, Agropecuária e Agronegócio, tratados em senso comum sobre os mesmos conceitos, o que normalmente promove também confusões de julgamento. Destacou a importância do Agronegócio na economia nacional, que em 2017 representou 21,59% do PIB brasileiro, somando 44% das exportações brasileiras e mais de 30% dos empregos formais do país naquele ano. “É um setor estratégico para a economia de países como o Brasil”, afirmou.

Sobre a Tecnologia no Agronegócio, o chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão destacou a Agricultura baseada em Ciência, que promoveu crescente incorporação de práticas sustentáveis e impactos positivos em segurança alimentar, capacidade exportadora e desenvolvimento regional, além da produção de alto desempenho no país, facilmente perceptível em dados como os fornecidos pelo Instituto Mercado Popular (IMP) que aponta o crescimento da produtividade na casa de 700% no país desde o ano de 1950, com escala bem mais acentuada após a década de 1970, quando da criação da Embrapa, como mostra o quadro abaixo.

Esses dados demonstram, ainda, a menor demanda de espaço plantado para que se atinja a produtividade desejada, levando à economia de terras, que segundo o IBGE, é da ordem de, aproximadamente, 750 milhões de hectares, em todo o país.

A palestra tratou também dos avanços recentes promovidos pelo agronegócio no país, ressaltando a diversidade de atividades dentro da agropecuária, territorialmente dispersa de forma única no planeta. Neste ponto, Alcido destacou o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), medida que varia de 0 a 1, composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. Como exemplo, foram citados Sinop e Lucas do Rio Verde, municípios que apresentaram crescimento de 50%, em média, entre os anos 1991 e 2010. Ainda dentro do tema “Desenvolvimento Humano”, dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontam que o crescimento com origem no Agronegócio reduziu o preço da cesta básica no Brasil em 50%, desde 1975.

Alcido lembra que é importante mostrar o papel do estado na Inovação Agropecuária. “A pesquisa pública abriu caminho para um setor privado ágil, pujante e empreendedor”, diz, tratando da abertura de frentes de pesquisa promovidas pelas instituições estatais da área, que possibilitaram, em segundo momento, que a rede privada assumisse papéis que ainda não existiam e construísse o grande arcabouço disponível atualmente para todas as cadeias produtivas, em todas as suas etapas, e de todos os produtos produzidos no país. Com base no que foi iniciado pelas ações do estado, surgiu, por exemplo, a “tropicalização” de variedades e animais, como o caso da soja, restrita, em 1960, a regiões subtropicais dos Estados Unidos e que hoje é produzida no Brasil até nas regiões do equador. Da mesma forma, deu-se a transformação de solos ácidos e pobres em solo fértil e o desenvolvimento de uma plataforma de Produção Sustentável.

No mesmo contexto, foi destacado ainda o papel da Startups, que têm a “Inovação” como DNA, com maior possibilidade a ampliação de escala, e maior velocidade em suas atividades, já que empresas grandes e plenamente constituídas acabam sendo engessadas por burocracia.

Por fim, Alcido apresentou a magnitude do Brasil, visto como um gigantedo agronegócio mundial, em todos os sentidos: é competitivo, possui tecnologia de produção adaptada aos trópicos, produz muito (quantidade) e de muitos tipos de produtos (diversidade) e com demanda interna (mercado interno) expressiva, o que o liberta da dependência exclusiva da exportação). Sobre desafios, abordou a necessidade de melhoria da infraestrutura, em especial armazenagem e logística; de adotar, de forma plena (em todo o território nacional), mecanismos eficientes de controle de qualidade e rastreabilidade em suas cadeias de produção; e buscar formas efetivas de inserir pequenos produtores e/ou extrativistas nas cadeias de valor. Outros pontos considerados desafios foram: a mudança da percepção do mundo em relação aos produtos: de “low cost” para “high quality”, a custos competitivos; e ampliação das fontes locais de nutrientes reduzindo importações e ampliando as oportunidades de desenvolvimento local e regional.

Um dos objetivos da SBPC com a realização do evento é popularizar e valorizar a produção científica nacional, promovendo sua inserção no cotidiano dos cidadãos. Para isso, foram realizadas atividades diversas, como oficinas, exposições, palestras, conferências, mesas-redondas e minicursos, tratando sobre Ciência e Tecnologia, adoção de energia solar, recursos hídricos, aplicação da Biologia Molecular no diagnóstico de Doenças, pragas e doenças da agricultura, entre outros, com um público diário de mais de 3.000 pessoas. 

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