Uma rede de pesquisa composta por profissionais da Embrapa, empresas de pesquisa e consultoria e empresas de agroquímicos estão avaliando durante esta safra a eficiência de 19 fungicidas no controle da mancha de ramulária, hoje considerada a principal doença do algodoeiro no país, responsável por até 12 pulverizações durante uma safra em regiões mais suscetíveis ao patógeno. A pesquisa está sendo financiada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), através de recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e por empresas de agroquímicos.
O pesquisador da Embrapa Algodão Alderi Araújo, que coordena a iniciativa, explica que além de estabelecer uma rede de ensaios nas principais regiões produtoras do país, o estudo também visa investigar a existência de fungos resistentes aos produtos químicos utilizados no controle da ramulária. “Os produtos que estão sendo utilizados nem sempre apresentam uma resposta satisfatória, o que nos leva a suspeita de resistência a esses produtos. Diante da gravidade desse problema, produtores, pesquisadores, consultores e empresas estão articulados para no final desta safra termos informações para permitir ao produtor melhorar o seu programa de controle da doença e reduzir os custos com aplicações”, afirmou.
Os ensaios estão sendo realizado em 12 áreas, distribuídas entre os principais estados produtores de algodão – Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.
“Juntamente com o bicudo, a ramulária é considerada um dos principais problemas do algodoeiro no cerrado brasileiro com abrangência e intensidade, principalmente em áreas onde se cultiva o algodoeiro sem a prática da rotação de culturas”, explicou o coordenador do programa fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Antônio Carlos Araújo, durante dia de campo sobre manejo da ramulária, na Fazenda Pamplona, do grupo SLC Agrícola, em Cristalina (GO).
Segundo Alderi Araújo, a rede de pesquisa da ramulária vai nivelar o conhecimento existente sobre o desenvolvimento da doença nas diferentes regiões produtoras, sistematizar as metodologias e procedimentos usados nos ensaios, conhecer o modo de ação dos produtos. “Isso nos permitirá realizar a alternância baseada na eficiência dos diferentes princípios ativos com modos de ação distintos, reduzindo o risco de populações resistentes”, explicou.
A rede de pesquisa da ramulária também irá avaliar novas moléculas que estão disponíveis para testes visando agilizar seu registro e sua disponibilização aos produtores.
Além da Embrapa Algodão, fazem parte da rede de pesquisa a Fundação Mato Grosso, Fundação Bahia, Fundação Chapadão, Agrodinâmica, Ceres Consultoria Agronômica, Instituto Phytos, Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Assist Consultoria, Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa, Agrocarregal, Syngenta, BASF, Bayer, Arysta, FMC, UPL, Oxiquímica, Helm, Sipicam, ISK e Adama.
Sobre a ramulária
Os primeiros sintomas da ramulária são manchas verde azuladas, porém os sintomas mais característicos da doença são pequenas lesões na parte inferior da folha, delimitadas pelas nervuras, cobertas por uma esporulação branca (foto). Em condições intensas as lesões também são observadas na face superior da folha. Ataques de alta severidade causam a queda prematura das folhas e quando não são adotadas medidas adequadas de controle, a produtividade é prejudicada. Além disso, a desfolha intensa também ´pode causar a abertura precoce dos capulhos, o que prejudica a qualidade da fibra. Em cultivares mais suscetíveis à ramulária, a queda de produtividade pode alcançar 75%. A dispersão do patógeno ocorre facilmente pela ação do vento ou pelo trânsito de máquinas na lavoura.
Medidas de controle
Entre as medidas de controle recomentadas pela pesquisa estão o plantio menos adensado para reduzir o sombreamento da cultura, o manejo adequado de reguladores de crescimento, visando evitar o crescimento vegetativo vigoroso, levando a um sombreamento excessivo na parte inferior das plantas, a adoção de cultivares com algum nível de resistência, o monitoramento da lavoura desde cedo e o controle químico, com uma média de quatro a oito pulverizações, podendo chegar a 12 em casos mais severos.
Uma rede de pesquisa composta por profissionais da Embrapa, empresas de pesquisa e consultoria e empresas de agroquímicos estão avaliando durante esta safra a eficiência de 19 fungicidas no controle da mancha de ramulária, hoje considerada a principal doença do algodoeiro no país, responsável por até 12 pulverizações durante uma safra em regiões mais suscetíveis ao patógeno. A pesquisa está sendo financiada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), através de recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e por empresas de agroquímicos.
O pesquisador da Embrapa Algodão Alderi Araújo, que coordena a iniciativa, explica que além de estabelecer uma rede de ensaios nas principais regiões produtoras do país, o estudo também visa investigar a existência de fungos resistentes aos produtos químicos utilizados no controle da ramulária. “Os produtos que estão sendo utilizados nem sempre apresentam uma resposta satisfatória, o que nos leva a suspeita de resistência a esses produtos. Diante da gravidade desse problema, produtores, pesquisadores, consultores e empresas estão articulados para no final desta safra termos informações para permitir ao produtor melhorar o seu programa de controle da doença e reduzir os custos com aplicações”, afirmou.
Os ensaios estão sendo realizado em 12 áreas, distribuídas entre os principais estados produtores de algodão – Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.
“Juntamente com o bicudo, a ramulária é considerada um dos principais problemas do algodoeiro no cerrado brasileiro com abrangência e intensidade, principalmente em áreas onde se cultiva o algodoeiro sem a prática da rotação de culturas”, explicou o coordenador do programa fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Antônio Carlos Araújo, durante dia de campo sobre manejo da ramulária, na Fazenda Pamplona, do grupo SLC Agrícola, em Cristalina (GO).
Segundo Alderi Araújo, a rede de pesquisa da ramulária vai nivelar o conhecimento existente sobre o desenvolvimento da doença nas diferentes regiões produtoras, sistematizar as metodologias e procedimentos usados nos ensaios, conhecer o modo de ação dos produtos. “Isso nos permitirá realizar a alternância baseada na eficiência dos diferentes princípios ativos com modos de ação distintos, reduzindo o risco de populações resistentes”, explicou.
A rede de pesquisa da ramulária também irá avaliar novas moléculas que estão disponíveis para testes visando agilizar seu registro e sua disponibilização aos produtores.
Além da Embrapa Algodão, fazem parte da rede de pesquisa a Fundação Mato Grosso, Fundação Bahia, Fundação Chapadão, Agrodinâmica, Ceres Consultoria Agronômica, Instituto Phytos, Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Assist Consultoria, Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa, Agrocarregal, Syngenta, BASF, Bayer, Arysta, FMC, UPL, Oxiquímica, Helm, Sipicam, ISK e Adama.
Sobre a ramulária
Os primeiros sintomas da ramulária são manchas verde azuladas, porém os sintomas mais característicos da doença são pequenas lesões na parte inferior da folha, delimitadas pelas nervuras, cobertas por uma esporulação branca (foto). Em condições intensas as lesões também são observadas na face superior da folha. Ataques de alta severidade causam a queda prematura das folhas e quando não são adotadas medidas adequadas de controle, a produtividade é prejudicada. Além disso, a desfolha intensa também ´pode causar a abertura precoce dos capulhos, o que prejudica a qualidade da fibra. Em cultivares mais suscetíveis à ramulária, a queda de produtividade pode alcançar 75%. A dispersão do patógeno ocorre facilmente pela ação do vento ou pelo trânsito de máquinas na lavoura.
Medidas de controle
Entre as medidas de controle recomentadas pela pesquisa estão o plantio menos adensado para reduzir o sombreamento da cultura, o manejo adequado de reguladores de crescimento, visando evitar o crescimento vegetativo vigoroso, levando a um sombreamento excessivo na parte inferior das plantas, a adoção de cultivares com algum nível de resistência, o monitoramento da lavoura desde cedo e o controle químico, com uma média de quatro a oito pulverizações, podendo chegar a 12 em casos mais severos.