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Núcleo de Intensificação Sustentável na Agropecuária inicia suas atividades

Embrapa Gado de Leite e Embrapa Solos iniciaram as atividades do Núcleo de Intensificação Sustentável na Agropecuária (Nisa), que irá desenvolver ações conjuntas de PD&I e TT no Campo Experimental Santa Mônica (CESM), em Valença (RJ), com ênfase nas tecnologias de mitigação dos gases de efeito estufa selecionadas pelo Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Cerca de 30 pesquisadores e analistas das duas unidades se reuniram na sede da fazenda, no último dia dois de maio, para dar início à articulação de equipes e à construção de planos de ação de curto, médio e longo prazos, além de discutir estratégias para captação de recursos.

As discussões entre as duas Unidades para a criação do Nisa começaram em dezembro de 2015 e um termo de compromisso foi assinado entre os dois centros de pesquisa em maio de 2017, na busca pelo aproveitamento conjunto da infraestrutura do campo experimental, que pertence à Embrapa Gado de Leite e está localizado no estado do Rio, relativamente próximo da sede da Embrapa Solos. A proposta do núcleo foi aprovada pela Diretoria-Executiva no final do ano passado e o seu regimento interno está em fase final de aprovação, para que possa ser homologado. A gestão do Nisa será semelhante ao modelo já adotado pelos laboratórios multiusuários da Empresa.

A missão do núcleo é viabilizar ações de PD&I e TT por meio da implantação de experimentos e Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em temas relacionados à intensificação sustentável da agropecuária, especialmente aqueles vinculados à recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e sistemas agroflorestais (SAFs), sistema plantio direto (SPD), fixação biológica de nitrogênio (FBN), florestas plantadas e tratamento de dejetos animais. Além de transformar o CESM em uma vitrine de tecnologias do Plano ABC no Vale do Paraíba do Sul, a intenção é que o Nisa promova inovação. “Queremos deixar um legado para os produtores dessa região, transformando esse campo experimental numa referência no mundo tropical em intensificação sustentável na agropecuária”, afirmou o chefe-adjunto de P&D da Embrapa Gado de Leite, Pedro Arcuri.   

O chefe-geral da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, destacou que a iniciativa inédita de elaborar uma estratégia de atuação conjunta em um campo experimental, entre um centro de pesquisa temático e um de produto, irá otimizar a produtividade das equipes na busca por avanços nas pesquisas com intensificação agropecuária.  

Durante a reunião, as equipes de cada Unidade levantaram lacunas e oportunidades para avanços da pesquisa nesses temas, dando início a um esboço de plano conjunto de ação para o Nisa, incluindo a formação de equipes mistas em cada um dos temas e sub-temas levantados. Uma videoconferência está marcada para a próxima quinta-feira, dia 17, para o aprofundamento dessa pré-proposta.

A Embrapa Gado de Leite apontou uma área total de 16 hectares da fazenda para ser utilizada nas ações do Nisa, devido às características do solo e da topografia e às vantagens logísticas em relação à infraestrutura já existente. Uma solicitação de recursos, na ordem de R$ 206 mil, já foi encaminhada ao Mapa, por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED), para serem utilizados nas adequações necessárias para os experimentos.   

Outras fontes de recursos externos previstas pela equipe para os projetos do Nisa são as fundações de amparo à pesquisa, como Faperj e CNPq, a Associação Rede ILPF, o programa Rio Rural e instituições estrangeiras, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Os pontos focais do Nisa são os pesquisadores Marcelo Müller, na Embrapa Gado de Leite, e Fabiano Balieiro, na Embrapa Solos.

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