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Novos padrões internacionais de qualidade da castanha é tema de palestra na Embrapa Amapá

Os dados são resultados de tese de doutorado em Extensão Rural.

Com o objetivo de verificar as condições para que produtos extrativistas florestais da Amazônia, com destaque para a castanha, tenham acesso a mercados globalizados de alimentos, o analista de transferência de tecnologias da Embrapa Amapá, Walter Paixão de Sousa, dedicou-se a observações e pesquisas de campo para elaborar a tese de doutorado intitulada “A castanha-da-Amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.) no contexto dos novos padrões internacionais de qualidade e segurança dos alimentos”. Na manhã desta sexta-feira, 18/5, ele vai apresentar uma palestra sobre o tema, no auditório da Embrapa Amapá, em Macapá. O acesso é livre a todos os interessados no assunto. 

O doutorado em Extensão Rural foi realizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM /Rio Grande do Sul), com orientação do professor doutor Vicente Celestino Pires Silveira, que compôs a banca examinadora junto com os professores doutores Antônio Sérgio Monteiro Filocreão (Universidade Federal do Amapá/Unifap), Jean François Torrand (UFSM), Marco Antônio Verardi Fialho (UFSM) e o pesquisador doutor Marcelino Carneiro Guedes (Embrapa Amapá).

Walter Paixão de Sousa ressalta que não se trata de um estudo focado no extrativismo, e sim na análise e compreensão das possibilidades da castanha, um produto com longa presença no mercado internacional, e que se assume como uma commodity (mercadoria), fazendo uma abordagem desse produto no atual contexto de players, sendo que o player dominante neste mercado agroalimentar é governado pelo sistema de qualidade e segurança sanitária. O fato é que ou se adequa aos players ou está fora do mercado”, acrescentou Sousa.  Durante a pesquisa de campo, o analista da Embrapa Amapá fez 32 entrevistas com proprietários e gerentes de empresas de beneficiamento de castanha de pequeno, médio e grande portes; técnicos de extensão rural e pesquisadores, abrangendo informantes dos estados do Acre, Amazonas e Pará. “Também estive na Bolívia, onde entrevistei proprietários de quatro grandes usinas de beneficiamento de castanha no distrito de Cupira. A Bolívia é o player exportador de castanha no mundo. Em torno de 70% das importações da castanha são abastecidas pela Bolívia.

A pesquisa acadêmica também atendeu aos seguintes objetivos específicos: fazer uma análise da evolução da economia extrativista de recursos naturais renováveis na Pan-Amazônia; identificar os principais players de governança aos sistemas agroalimentares globalizados e suas influências no comércio mundial; fazer uma análise comparativa das mudanças estruturais entre dois sistemas agroindustriais de processamento e comercialização de castanha na Pan-Amazônia (Bolívia e Brasil); identificar e fazer uma análise comparativa dos sistemas agroindustriais de processamento e comercialização de castanha na Amazônia brasileira; prospectar as possibilidades a adoção de inovações ao neoextrativismo da castanha na Amazônia brasileira; e avaliar as possibilidades do neoextrativismo de produtos florestais da Amazônia brasileira sob perspectivas dos serviços ecossistêmicos.

Walter Paixão de Sousa utilizou como referenciais teóricos os sistemas e economias mundiais da nova economia institucional e dos novos standards que passaram a ser utilizados na governança do sistema agroalimentar globalizado e cada vez mais governado por empresas transnacionais. Quanto à metodologia, a pesquisa é exploratória e qualitativa, sem abrir mão da abordagem quantitativa. Os dados coletados tiveram origem principalmente de fontes primárias e da realidade dos elos participantes do processo comercial exportadora da castanha.  

As principais conclusões expostas na tese é de que, a abordagem de neoextrativismo passaria a ser mais adequada às estratégias de desenvolvimento dos países do hemisfério Sul; os standards que qualidade se assumiram como players no contexto dos sistemas agroalimentares globalizados; a Bolívia assumiu o posto de maior exportador mundial de castanhas descascadas, e este fato provocou mudanças nas principais cadeias produtivas da castanha na Amazônia brasileira; no contexto da abordagem política de territórios da cidadania, organizações de ciência e tecnologia e de extensão rural necessitam de um novo aprendizado, ao desafio de se construir uma plataforma territorial ao neoextrativismo da castanha na região; e a abordagem de SE se entenderia como uma orientação de geopolítica mundial para ampliar a escala territorial da gestão de recursos naturais. Uma cópia da tese “A castanha-da-Amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.) no contexto dos novos padrões internacionais de qualidade e segurança dos alimentos” está disponível para consulta na biblioteca da Embrapa Amapá.

Os dados são resultados de tese de doutorado em Extensão Rural.

Com o objetivo de verificar as condições para que produtos extrativistas florestais da Amazônia, com destaque para a castanha, tenham acesso a mercados globalizados de alimentos, o analista de transferência de tecnologias da Embrapa Amapá, Walter Paixão de Sousa, dedicou-se a observações e pesquisas de campo para elaborar a tese de doutorado intitulada “A castanha-da-Amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.) no contexto dos novos padrões internacionais de qualidade e segurança dos alimentos”. Na manhã desta sexta-feira, 18/5, ele vai apresentar uma palestra sobre o tema, no auditório da Embrapa Amapá, em Macapá. O acesso é livre a todos os interessados no assunto. 

O doutorado em Extensão Rural foi realizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM /Rio Grande do Sul), com orientação do professor doutor Vicente Celestino Pires Silveira, que compôs a banca examinadora junto com os professores doutores Antônio Sérgio Monteiro Filocreão (Universidade Federal do Amapá/Unifap), Jean François Torrand (UFSM), Marco Antônio Verardi Fialho (UFSM) e o pesquisador doutor Marcelino Carneiro Guedes (Embrapa Amapá).

Walter Paixão de Sousa ressalta que não se trata de um estudo focado no extrativismo, e sim na análise e compreensão das possibilidades da castanha, um produto com longa presença no mercado internacional, e que se assume como uma commodity (mercadoria), fazendo uma abordagem desse produto no atual contexto de players, sendo que o player dominante neste mercado agroalimentar é governado pelo sistema de qualidade e segurança sanitária. O fato é que ou se adequa aos players ou está fora do mercado”, acrescentou Sousa.  Durante a pesquisa de campo, o analista da Embrapa Amapá fez 32 entrevistas com proprietários e gerentes de empresas de beneficiamento de castanha de pequeno, médio e grande portes; técnicos de extensão rural e pesquisadores, abrangendo informantes dos estados do Acre, Amazonas e Pará. “Também estive na Bolívia, onde entrevistei proprietários de quatro grandes usinas de beneficiamento de castanha no distrito de Cupira. A Bolívia é o player exportador de castanha no mundo. Em torno de 70% das importações da castanha são abastecidas pela Bolívia.

A pesquisa acadêmica também atendeu aos seguintes objetivos específicos: fazer uma análise da evolução da economia extrativista de recursos naturais renováveis na Pan-Amazônia; identificar os principais players de governança aos sistemas agroalimentares globalizados e suas influências no comércio mundial; fazer uma análise comparativa das mudanças estruturais entre dois sistemas agroindustriais de processamento e comercialização de castanha na Pan-Amazônia (Bolívia e Brasil); identificar e fazer uma análise comparativa dos sistemas agroindustriais de processamento e comercialização de castanha na Amazônia brasileira; prospectar as possibilidades a adoção de inovações ao neoextrativismo da castanha na Amazônia brasileira; e avaliar as possibilidades do neoextrativismo de produtos florestais da Amazônia brasileira sob perspectivas dos serviços ecossistêmicos.

Walter Paixão de Sousa utilizou como referenciais teóricos os sistemas e economias mundiais da nova economia institucional e dos novos standards que passaram a ser utilizados na governança do sistema agroalimentar globalizado e cada vez mais governado por empresas transnacionais. Quanto à metodologia, a pesquisa é exploratória e qualitativa, sem abrir mão da abordagem quantitativa. Os dados coletados tiveram origem principalmente de fontes primárias e da realidade dos elos participantes do processo comercial exportadora da castanha.  

As principais conclusões expostas na tese é de que, a abordagem de neoextrativismo passaria a ser mais adequada às estratégias de desenvolvimento dos países do hemisfério Sul; os standards que qualidade se assumiram como players no contexto dos sistemas agroalimentares globalizados; a Bolívia assumiu o posto de maior exportador mundial de castanhas descascadas, e este fato provocou mudanças nas principais cadeias produtivas da castanha na Amazônia brasileira; no contexto da abordagem política de territórios da cidadania, organizações de ciência e tecnologia e de extensão rural necessitam de um novo aprendizado, ao desafio de se construir uma plataforma territorial ao neoextrativismo da castanha na região; e a abordagem de SE se entenderia como uma orientação de geopolítica mundial para ampliar a escala territorial da gestão de recursos naturais. Uma cópia da tese “A castanha-da-Amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.) no contexto dos novos padrões internacionais de qualidade e segurança dos alimentos” está disponível para consulta na biblioteca da Embrapa Amapá.

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