Segundo a equipe de pesquisadores da Embrapa que coordenam a URT, os resultados preliminares são promissores, abrindo perspectiva para uma nova alternativa de produção para o estado. “Na primeira safra comercial, colhida entre maio e junho de 2017, a média de produção da variedade ultrapassou as 60 sacas por hectare, e alguns clones se destacaram, produzindo mais de 80 sacas por hectare. A expectativa é que nesta safra alguns clones produzam acima de 100 sacas por hectare”, informa Raimundo Rocha, analista da Embrapa Amazônia Ocidental.
Com os resultados obtidos neste estudo, a Embrapa planeja estender recomendação de plantio da variedade de café clonal para a região, proporcionando mais uma alternativa de renda para os agricultores amazonenses. No Dia de campo foram apresentadas cinco estações, ressaltando aspectos como a produção de mudas, a implantação de uma lavoura de café, o manejo da cultura e a viabilidade econômica.
A cafeicultura como alternativa de renda para os pequenos agricultores
A ideia de implantação URT de café partiu dos agricultores da ASA – Associação Solidariedade Amazonas, que procuraram a Embrapa em busca de tecnologias sustentáveis para produção de café. A ASA é formada por pequenos agricultores que residem na denominada ‘estrada da várzea’, principal região agrícola do município de Silves. Antes da implantação da unidade, estes agricultores já produziam café, mas seu nível tecnológico não permitia alcançar grandes produtividades.
A proposta dos dirigentes da ASA é fomentar o plantio de pequenas áreas de café junto aos seus associados, para garantir maior renda a suas famílias e melhorar a vida no campo. Além da produção dos grãos, a associação também planeja criar uma marca para agregar valores ao seu produto que é produzido por agricultores familiares que produzem café em harmonia com a floresta amazônica.
A variedade Conilon – BRS Ouro Preto é uma cultivar de café desenvolvida pela Embrapa Rondônia, de ciclo intermediário, com boas características agronômicas e agroindustriais para regiões de baixa altitude e alta umidade na Amazônia Ocidental. Lançada em 2013, apresenta potencial produtivo alto para a cultura do café no Amazonas, podendo ultrapassar 70 sacas/hectare em condições de sequeiro.
O evento, realizado na sede da Associação Solidariedade Amazonas (ASA), detalhou dados sobre a produção da Unidade de Referência Tecnológica (URT), implantada pela Embrapa para testar a cultura no Amazonas, com plantio de café – variedade Conilon – BRS Ouro Preto e avaliar o desempenho nas condições do estado, bem como informações sobre o manejo das variedades clonais da cultivar BRS Ouro Preto.
Promovido pela Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Rondônia e Associação Solidariedade Amazonas, o Dia de Campo contou com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e das prefeituras municipais de Silves, Itapiranga e Itacoatiara, e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
A BRS Ouro Preto é uma cultivar de café conilon desenvolvida pela Embrapa Rondônia, com boas características agronômicas e agroindustriais para a Amazônia Ocidental.
Durante o Dia de Campo, os participantes acompanharam em cinco estações informações sobre a implantação das lavouras, manejo das plantações, colheita e pós-colheita e dados sobre a viabilidade econômica do café conilon BRS Ouro Preto. Na primeira estação, o representante da ASA, Roque Pereira Lins e Rosilque Mendes de França, gerente do Idam de Silves, fizeram relato de experiência na cultura do café.
O pesquisador Marcelo Curitiba Espíndula discorreu sobre o manejo do café conilon BRS Ouro Preto. Na sua apresentação, Espíndula ressaltou que o recomendado é utilizar a maior quantidade de variedade clonais da cultivar, visando dar maior estabilidade à produção e propiciando uma polinização mais segura. Ainda segundo o pesquisador, um aspecto importante é a poda dos galhos depois da colheita dos grãos. “É a poda desses galhos que vai garantir uma nova safra no ano seguinte”. Espíndula explicou que após a terceira safra é necessário fazer um desbaste das hastes que dão sustentação aos galhos, ressaltando que seguindo essas recomendações a planta de BRS Ouro Preto se mantém produtiva por pelo menos 15 anos.
Já o pesquisador da Embrapa Rondônia Denis Cesar Cararo abordou a implantação de lavouras de café conilon. Segundo ele, o aspecto inicial a ser observado é a escolha do local, dando preferência para áreas planas ou pouco onduladas. Cararo ressaltou também a importância de realizar uma análise do solo da área que será cultivada, com o objetivo de fazer uma adubação correta. “Na Amazônia, em geral, os solos possuem pouca matéria orgânica. Por isso é preciso repor os nutrientes de forma correta para um bom desenvolvimento das plantas”, salientou.
As fases de colheita e pós-colheita foram abordadas pelo pesquisador da Embrapa Rondônia João Maria Diocleciano. De acordo com ele o recomendado é que a colheita seja feita quando 80% dos grãos estejam maduros, aumentando a produtividade e a qualidade da produção. Diocleciano salientou também que o plantio de clones em linha pode facilitar o processo de colheita, uma vez que o amadurecimento acontece de forma mais uniforme. “Outro fator importante é levar o mais rápido possível os grãos para o processo de secagem, seja ele em sacadores mecanizados ou em terreiros. Com isso, se evitam perdas da produção por causa da umidade”.
Na quinta estação foi apresentado estudo da viabilidade econômica, apresentada pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental José Olenilson Costa Pinheiro. Segundo levantamento, o custo para a implantação de uma lavoura de café conilon, incluindo os gastos com sistema de irrigação, é amortizado já na segunda safra. Pinheiro disse ainda que a produtividade média de café no estado do Amazonas é de 15 sacas/ha, e que a estimativa de produção da cultivar BRS Ouro Preto é de 40 sacas na primeira safra, 70 na segunda e 110 na terceira. “Com a utilização das tecnologias e recomendações da Embrapa é possível otimizar as áreas agrícolas do estado e, com isso, aumentar a renda do produtor”.
Segundo a equipe de pesquisadores da Embrapa que coordenam a URT, os resultados preliminares são promissores, abrindo perspectiva para uma nova alternativa de produção para o estado. “Na primeira safra comercial, colhida entre maio e junho de 2017, a média de produção da variedade ultrapassou as 60 sacas por hectare, e alguns clones se destacaram, produzindo mais de 80 sacas por hectare. A expectativa é que nesta safra alguns clones produzam acima de 100 sacas por hectare”, informa Raimundo Rocha, analista da Embrapa Amazônia Ocidental.
Com os resultados obtidos neste estudo, a Embrapa planeja estender recomendação de plantio da variedade de café clonal para a região, proporcionando mais uma alternativa de renda para os agricultores amazonenses. No Dia de campo foram apresentadas cinco estações, ressaltando aspectos como a produção de mudas, a implantação de uma lavoura de café, o manejo da cultura e a viabilidade econômica.
A cafeicultura como alternativa de renda para os pequenos agricultores
A ideia de implantação URT de café partiu dos agricultores da ASA – Associação Solidariedade Amazonas, que procuraram a Embrapa em busca de tecnologias sustentáveis para produção de café. A ASA é formada por pequenos agricultores que residem na denominada ‘estrada da várzea’, principal região agrícola do município de Silves. Antes da implantação da unidade, estes agricultores já produziam café, mas seu nível tecnológico não permitia alcançar grandes produtividades.
A proposta dos dirigentes da ASA é fomentar o plantio de pequenas áreas de café junto aos seus associados, para garantir maior renda a suas famílias e melhorar a vida no campo. Além da produção dos grãos, a associação também planeja criar uma marca para agregar valores ao seu produto que é produzido por agricultores familiares que produzem café em harmonia com a floresta amazônica.
A variedade Conilon – BRS Ouro Preto é uma cultivar de café desenvolvida pela Embrapa Rondônia, de ciclo intermediário, com boas características agronômicas e agroindustriais para regiões de baixa altitude e alta umidade na Amazônia Ocidental. Lançada em 2013, apresenta potencial produtivo alto para a cultura do café no Amazonas, podendo ultrapassar 70 sacas/hectare em condições de sequeiro.
O evento, realizado na sede da Associação Solidariedade Amazonas (ASA), detalhou dados sobre a produção da Unidade de Referência Tecnológica (URT), implantada pela Embrapa para testar a cultura no Amazonas, com plantio de café – variedade Conilon – BRS Ouro Preto e avaliar o desempenho nas condições do estado, bem como informações sobre o manejo das variedades clonais da cultivar BRS Ouro Preto.
Promovido pela Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Rondônia e Associação Solidariedade Amazonas, o Dia de Campo contou com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e das prefeituras municipais de Silves, Itapiranga e Itacoatiara, e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
A BRS Ouro Preto é uma cultivar de café conilon desenvolvida pela Embrapa Rondônia, com boas características agronômicas e agroindustriais para a Amazônia Ocidental.
Durante o Dia de Campo, os participantes acompanharam em cinco estações informações sobre a implantação das lavouras, manejo das plantações, colheita e pós-colheita e dados sobre a viabilidade econômica do café conilon BRS Ouro Preto. Na primeira estação, o representante da ASA, Roque Pereira Lins e Rosilque Mendes de França, gerente do Idam de Silves, fizeram relato de experiência na cultura do café.
O pesquisador Marcelo Curitiba Espíndula discorreu sobre o manejo do café conilon BRS Ouro Preto. Na sua apresentação, Espíndula ressaltou que o recomendado é utilizar a maior quantidade de variedade clonais da cultivar, visando dar maior estabilidade à produção e propiciando uma polinização mais segura. Ainda segundo o pesquisador, um aspecto importante é a poda dos galhos depois da colheita dos grãos. “É a poda desses galhos que vai garantir uma nova safra no ano seguinte”. Espíndula explicou que após a terceira safra é necessário fazer um desbaste das hastes que dão sustentação aos galhos, ressaltando que seguindo essas recomendações a planta de BRS Ouro Preto se mantém produtiva por pelo menos 15 anos.
Já o pesquisador da Embrapa Rondônia Denis Cesar Cararo abordou a implantação de lavouras de café conilon. Segundo ele, o aspecto inicial a ser observado é a escolha do local, dando preferência para áreas planas ou pouco onduladas. Cararo ressaltou também a importância de realizar uma análise do solo da área que será cultivada, com o objetivo de fazer uma adubação correta. “Na Amazônia, em geral, os solos possuem pouca matéria orgânica. Por isso é preciso repor os nutrientes de forma correta para um bom desenvolvimento das plantas”, salientou.
As fases de colheita e pós-colheita foram abordadas pelo pesquisador da Embrapa Rondônia João Maria Diocleciano. De acordo com ele o recomendado é que a colheita seja feita quando 80% dos grãos estejam maduros, aumentando a produtividade e a qualidade da produção. Diocleciano salientou também que o plantio de clones em linha pode facilitar o processo de colheita, uma vez que o amadurecimento acontece de forma mais uniforme. “Outro fator importante é levar o mais rápido possível os grãos para o processo de secagem, seja ele em sacadores mecanizados ou em terreiros. Com isso, se evitam perdas da produção por causa da umidade”.
Na quinta estação foi apresentado estudo da viabilidade econômica, apresentada pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental José Olenilson Costa Pinheiro. Segundo levantamento, o custo para a implantação de uma lavoura de café conilon, incluindo os gastos com sistema de irrigação, é amortizado já na segunda safra. Pinheiro disse ainda que a produtividade média de café no estado do Amazonas é de 15 sacas/ha, e que a estimativa de produção da cultivar BRS Ouro Preto é de 40 sacas na primeira safra, 70 na segunda e 110 na terceira. “Com a utilização das tecnologias e recomendações da Embrapa é possível otimizar as áreas agrícolas do estado e, com isso, aumentar a renda do produtor”.