Publicado pela Embrapa, em parceria com o Instituto Ciência Hoje, o livro “Bambus no Brasil, da Biologia à Tecnologia” apresenta resultados de pesquisas desenvolvidas com a planta, de Norte a Sul do País. A obra, disponível em formato digital desde novembro de 2017, acaba de ganhar uma versão impressa. O objetivo é divulgar informações científicas estratégicas para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva e dar visibilidade ao trabalho de instituições que investem na geração de conhecimentos e tecnologias para ampliar o uso do bambu no território brasileiro.
O livro faz parte dos resultados do projeto que atuou na execução de atividades previstas no Memorando de Entendimento assinado em 2011, pelos governos do Brasil e China, visando à cooperação bilateral em ciência e tecnologia, com foco no desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu, financiado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicação do Brasil (MCTIC) e coordenado pela Embrapa Acre.
Composta por 41 capítulos, produzidos por 163 profissionais de dezenas de instituições de pesquisa, ensino e fomento, incluindo a Embrapa Acre (Rio Branco), Embrapa Florestas (Colombo/PR), Embrapa Solos (Seropédica/RJ) e Recursos Genéticos e Biotecnologias (Brasília/DF), a obra está organizada em três partes: Biologia e conservação, Desenvolvimento e Produção e Usos industriais, com abordagens que vão da pesquisa básica à tecnologia aplicada. No Acre, também participam a Universidade Federal (Ufac), o Instituto Federal (Ifac) e a Fundação de Tecnologias do Estado (Funtac).
Segundo a pesquisadora Patrícia Drumond, articuladora internacional da Embrapa Acre e uma das organizadoras da publicação, a ideia inicial era reunir estudos focados apenas em aspectos agronômicos do bambu, mas o vasto material recebido mostrou que era possível contemplar também outros enfoques das pesquisas com a planta. “Como essa cadeia produtiva ainda está se estruturando no Brasil, procuramos identificar os conhecimentos e tecnologias já disponíveis e recebemos mais de 50 artigos. Esse resultado foi uma grata surpresa. Organizar esse conhecimento foi gratificante e me sinto muito feliz por fazer parte desse processo”, conta.
Radiografia da pesquisa
Autor de três capítulos do livro, Dixon Gomes, coordenador do Centro de Vocação Tecnológica do Bambu do Acre, órgão vinculado à Funtac, criado com apoio do MCTIC com a missão de promover a difusão de conhecimentos sobre técnicas de uso do bambu, no Brasil, diz que embora o bambu seja pesquisado há algum tempo no Brasil, as informações geradas estão fortemente vinculadas ao meio acadêmico. Por ser uma planta que se apresenta como alternativa sustentável é essencial disponibilizar esse conhecimento para a sociedade.
“A publicação apresenta diferentes escalas de uso do bambu e, ao mesmo tempo em que segmenta as experiências por tema, cria vínculos de acordo com os usos e produtos trabalhados. Os conteúdos permitem vislumbrar múltiplas nuances dessa cultura, mas a pesquisa é dinâmica e para manter uma base informacional atualizada é necessário investir em novas obras bibliográficas”, enfatiza.
Da germinação da ideia ao lançamento do livro foram necessários três anos. A vasta produção científica reunida revelou uma forte interação entre profissionais da pesquisa e um interesse crescente pela cultura do bambu como tema de estudo, especialmente no contexto das Universidades. Para o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Rogério Almeida, autor de um capítulo sobre uso de bambu para o tratamento de esgoto, investir em pesquisas é uma forma de se antecipar às demandas sociais.
“Brevemente os produtores vão requisitar conhecimentos sobre o cultivo, exploração e tratamento do bambu e é importante estar preparado para dar essas respostas. A publicação permite conhecer o que está sendo estudado, como traz uma espécie de radiografia das pesquisas com bambu no Brasil. O acesso a esse conhecimento evita a duplicidade de trabalho e permite a constituição de redes de pesquisa para investigações em parceria”, afirma Almeida.
Sobre o bambu
Existem em torno de 1.300 espécies de bambu no planeta. Resistente e versátil, a planta é utilizada em diversos países, como matéria prima para o setor alimentício, indústria têxtil, construção civil e fabricação de móveis e utensílios, entre outros mercados, além dos usos em benfeitorias rurais (cercas e pontes), irrigação e contenção de encostas. No Brasil são encontradas cerca de 200 espécies, nativas e exóticas, distribuídas nas diferentes regiões.
De acordo com dados do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Acre, o Estado possui 4,5 milhões de hectares de floresta com a presença de bambus nativos. Desde 2009 diversas instituições locais, entre elas a Embrapa Acre, atuam na geração de conhecimentos e tecnologias para viabilizar o aproveitamento desse recurso natural como fonte de renda na agricultura familiar.
“O livro constitui uma rica fonte de consulta para produtores rurais, estudantes, técnicos de instituições de apoio à produção e profissionais da pesquisa entre outros públicos que se interessam pela planta. Para a Embrapa, representa um marco no esforço de divulgação e valorização das pesquisas com bambu”, destaca Patrícia Drumond.
A publicação impressa está disponível para consulta na biblioteca da Embrapa acre. Clique aqui para acessar a versão digital.
Publicado pela Embrapa, em parceria com o Instituto Ciência Hoje, o livro “Bambus no Brasil, da Biologia à Tecnologia” apresenta resultados de pesquisas desenvolvidas com a planta, de Norte a Sul do País. A obra, disponível em formato digital desde novembro de 2017, acaba de ganhar uma versão impressa. O objetivo é divulgar informações científicas estratégicas para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva e dar visibilidade ao trabalho de instituições que investem na geração de conhecimentos e tecnologias para ampliar o uso do bambu no território brasileiro.
O livro faz parte dos resultados do projeto que atuou na execução de atividades previstas no Memorando de Entendimento assinado em 2011, pelos governos do Brasil e China, visando à cooperação bilateral em ciência e tecnologia, com foco no desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu, financiado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicação do Brasil (MCTIC) e coordenado pela Embrapa Acre.
Composta por 41 capítulos, produzidos por 163 profissionais de dezenas de instituições de pesquisa, ensino e fomento, incluindo a Embrapa Acre (Rio Branco), Embrapa Florestas (Colombo/PR), Embrapa Solos (Seropédica/RJ) e Recursos Genéticos e Biotecnologias (Brasília/DF), a obra está organizada em três partes: Biologia e conservação, Desenvolvimento e Produção e Usos industriais, com abordagens que vão da pesquisa básica à tecnologia aplicada. No Acre, também participam a Universidade Federal (Ufac), o Instituto Federal (Ifac) e a Fundação de Tecnologias do Estado (Funtac).
Segundo a pesquisadora Patrícia Drumond, articuladora internacional da Embrapa Acre e uma das organizadoras da publicação, a ideia inicial era reunir estudos focados apenas em aspectos agronômicos do bambu, mas o vasto material recebido mostrou que era possível contemplar também outros enfoques das pesquisas com a planta. “Como essa cadeia produtiva ainda está se estruturando no Brasil, procuramos identificar os conhecimentos e tecnologias já disponíveis e recebemos mais de 50 artigos. Esse resultado foi uma grata surpresa. Organizar esse conhecimento foi gratificante e me sinto muito feliz por fazer parte desse processo”, conta.
Radiografia da pesquisa
Autor de três capítulos do livro, Dixon Gomes, coordenador do Centro de Vocação Tecnológica do Bambu do Acre, órgão vinculado à Funtac, criado com apoio do MCTIC com a missão de promover a difusão de conhecimentos sobre técnicas de uso do bambu, no Brasil, diz que embora o bambu seja pesquisado há algum tempo no Brasil, as informações geradas estão fortemente vinculadas ao meio acadêmico. Por ser uma planta que se apresenta como alternativa sustentável é essencial disponibilizar esse conhecimento para a sociedade.
“A publicação apresenta diferentes escalas de uso do bambu e, ao mesmo tempo em que segmenta as experiências por tema, cria vínculos de acordo com os usos e produtos trabalhados. Os conteúdos permitem vislumbrar múltiplas nuances dessa cultura, mas a pesquisa é dinâmica e para manter uma base informacional atualizada é necessário investir em novas obras bibliográficas”, enfatiza.
Da germinação da ideia ao lançamento do livro foram necessários três anos. A vasta produção científica reunida revelou uma forte interação entre profissionais da pesquisa e um interesse crescente pela cultura do bambu como tema de estudo, especialmente no contexto das Universidades. Para o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Rogério Almeida, autor de um capítulo sobre uso de bambu para o tratamento de esgoto, investir em pesquisas é uma forma de se antecipar às demandas sociais.
“Brevemente os produtores vão requisitar conhecimentos sobre o cultivo, exploração e tratamento do bambu e é importante estar preparado para dar essas respostas. A publicação permite conhecer o que está sendo estudado, como traz uma espécie de radiografia das pesquisas com bambu no Brasil. O acesso a esse conhecimento evita a duplicidade de trabalho e permite a constituição de redes de pesquisa para investigações em parceria”, afirma Almeida.
Sobre o bambu
Existem em torno de 1.300 espécies de bambu no planeta. Resistente e versátil, a planta é utilizada em diversos países, como matéria prima para o setor alimentício, indústria têxtil, construção civil e fabricação de móveis e utensílios, entre outros mercados, além dos usos em benfeitorias rurais (cercas e pontes), irrigação e contenção de encostas. No Brasil são encontradas cerca de 200 espécies, nativas e exóticas, distribuídas nas diferentes regiões.
De acordo com dados do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Acre, o Estado possui 4,5 milhões de hectares de floresta com a presença de bambus nativos. Desde 2009 diversas instituições locais, entre elas a Embrapa Acre, atuam na geração de conhecimentos e tecnologias para viabilizar o aproveitamento desse recurso natural como fonte de renda na agricultura familiar.
“O livro constitui uma rica fonte de consulta para produtores rurais, estudantes, técnicos de instituições de apoio à produção e profissionais da pesquisa entre outros públicos que se interessam pela planta. Para a Embrapa, representa um marco no esforço de divulgação e valorização das pesquisas com bambu”, destaca Patrícia Drumond.
A publicação impressa está disponível para consulta na biblioteca da Embrapa acre. Clique aqui para acessar a versão digital.