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Brasil e África estreitam cooperação na área agrícola

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recebeu no dia 10 de maio de 2018 a visita do diretor-executivo do Fórum para Pesquisa Agrícola da África (FARA, sigla em inglês), Yemi Akinbamijo, acompanhado do pesquisador Abdulrazak Ibrahim. O FARA é uma organização internacional, com sede em Gana, que incentiva e coordena a cooperação entre países e instituições estratégicas em prol da pesquisa, desenvolvimento e inovação agrícola na África. A parceria com a Embrapa, que começou em 2010, possui foco em ciência e tecnologia nas áreas de agricultura e recursos naturais. O objetivo da vinda de Akinbamijo foi propor o fortalecimento dessa colaboração, especialmente em prol da capacitação de pessoas e instituições dos 55 países africanos atendidos pelo Fórum.

Eles foram recebidos pelo secretário de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Bruno Brasil, e pelos gerentes de Relações Estratégicas Internacionais, Alexandre Amaral, e de Articulação de Redes de PeD, Alba Chiesse, entre outros pesquisadores.

Durante a visita, Akinbamijo apresentou à Embrapa o Programa de Capacitação Holística para Subsistência (HELP, sigla em inglês), que tem como objetivo fortalecer as capacidades humanas e institucionais da pesquisa agrícola para o desenvolvimento na África, a partir de atividades diversas, incluindo a formação de jovens africanos em universidades e instituições de pesquisa brasileiras de base agrícola.

Ao final, Os representantes do FARA se comprometeram a enviar à Embrapa um documento detalhando as áreas prioritárias em que pretendem intensificar a cooperação.

Experiência que deu certo

O pesquisador nigeriano Abdulrazak Ibrahim, que acompanhou o diretor do FARA, é um exemplo de estudante africano capacitado na Embrapa. Ele desenvolveu sua tese de doutorado no Laboratório de Engenharia Genética Aplicada à Agricultura Tropical da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, sob a orientação do pesquisador Francisco Aragão. O trabalho resultou em uma nova metodologia de produção de planta resistente a inseto-praga a partir da tecnologia de RNA interferente, cujo pedido de patente foi depositado em 2016.

Ibrahim espera que o sucesso de seu trabalho na Embrapa e no Brasil possa ser estendido a outros estudantes e cientistas africanos. Segundo ele e o diretor do Fórum, durante muitos anos, a maior preocupação era tirar a África da situação de fome e pobreza extrema. Hoje, o foco é a inovação. “Precisamos investir em métodos que encurtem o caminho entre o laboratório e o campo”, destaca Ibrahim.

Do laboratório ao campo

De acordo com os representantes africanos, uma iniciativa recente denominada “Tecnologias para Transformação Agrícola Africana” (TAAT, sigla em inglês), apoiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento, em parceria com órgãos de fomento internacionais, é o pano de fundo para essa mudança de paradigmas no continente.

Também conhecida como a Estratégia Feed Africa, a TAAT é essencialmente uma resposta baseada no conhecimento e inovação à reconhecida necessidade de aumentar as tecnologias comprovadas em toda a África com o objetivo de aumentar a produtividade e tornar o continente autossuficiente em produtos básicos.

A falta de tecnologia no campo é um dos muitos fatores que impediram a África de alcançar seu potencial agrícola. Apesar da riqueza de recursos naturais e da grande quantidade de terras agricultáveis, os rendimentos básicos das colheitas na África cresceram muito pouco nos últimos 25 anos e permanecem os mais baixos de qualquer região do mundo, representando 56% inferior da média global.

Segundo Akinbamijo, o programa TAAT é uma resposta do continente à necessidade premente de mudar esse panorama. Trata-se de um “plano arrojado para alcançar uma rápida transformação agrícola na África, afirma”. Para isso, foram definidos como prioritários oito produtos agrícolas: arroz, milho, soja, laticínios, peixes, aves, feijão e sorgo.

O objetivo é investir na modernização de tecnologias e capacitação de cientistas e agentes produtivos de forma a tornar o continente autossuficiente na produção de alimentos, reduzindo a importação maciça que acontece hoje. “A agricultura é a mais importante fonte de diversificação económica e de riqueza, além de um poderoso mecanismo para criação de empregos”, finalizou o diretor do Fórum internacional.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recebeu no dia 10 de maio de 2018 a visita do diretor-executivo do Fórum para Pesquisa Agrícola da África (FARA, sigla em inglês), Yemi Akinbamijo, acompanhado do pesquisador Abdulrazak Ibrahim. O FARA é uma organização internacional, com sede em Gana, que incentiva e coordena a cooperação entre países e instituições estratégicas em prol da pesquisa, desenvolvimento e inovação agrícola na África. A parceria com a Embrapa, que começou em 2010, possui foco em ciência e tecnologia nas áreas de agricultura e recursos naturais. O objetivo da vinda de Akinbamijo foi propor o fortalecimento dessa colaboração, especialmente em prol da capacitação de pessoas e instituições dos 55 países africanos atendidos pelo Fórum.

Eles foram recebidos pelo secretário de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Bruno Brasil, e pelos gerentes de Relações Estratégicas Internacionais, Alexandre Amaral, e de Articulação de Redes de PeD, Alba Chiesse, entre outros pesquisadores.

Durante a visita, Akinbamijo apresentou à Embrapa o Programa de Capacitação Holística para Subsistência (HELP, sigla em inglês), que tem como objetivo fortalecer as capacidades humanas e institucionais da pesquisa agrícola para o desenvolvimento na África, a partir de atividades diversas, incluindo a formação de jovens africanos em universidades e instituições de pesquisa brasileiras de base agrícola.

Ao final, Os representantes do FARA se comprometeram a enviar à Embrapa um documento detalhando as áreas prioritárias em que pretendem intensificar a cooperação.

Experiência que deu certo

O pesquisador nigeriano Abdulrazak Ibrahim, que acompanhou o diretor do FARA, é um exemplo de estudante africano capacitado na Embrapa. Ele desenvolveu sua tese de doutorado no Laboratório de Engenharia Genética Aplicada à Agricultura Tropical da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, sob a orientação do pesquisador Francisco Aragão. O trabalho resultou em uma nova metodologia de produção de planta resistente a inseto-praga a partir da tecnologia de RNA interferente, cujo pedido de patente foi depositado em 2016.

Ibrahim espera que o sucesso de seu trabalho na Embrapa e no Brasil possa ser estendido a outros estudantes e cientistas africanos. Segundo ele e o diretor do Fórum, durante muitos anos, a maior preocupação era tirar a África da situação de fome e pobreza extrema. Hoje, o foco é a inovação. “Precisamos investir em métodos que encurtem o caminho entre o laboratório e o campo”, destaca Ibrahim.

Do laboratório ao campo

De acordo com os representantes africanos, uma iniciativa recente denominada “Tecnologias para Transformação Agrícola Africana” (TAAT, sigla em inglês), apoiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento, em parceria com órgãos de fomento internacionais, é o pano de fundo para essa mudança de paradigmas no continente.

Também conhecida como a Estratégia Feed Africa, a TAAT é essencialmente uma resposta baseada no conhecimento e inovação à reconhecida necessidade de aumentar as tecnologias comprovadas em toda a África com o objetivo de aumentar a produtividade e tornar o continente autossuficiente em produtos básicos.

A falta de tecnologia no campo é um dos muitos fatores que impediram a África de alcançar seu potencial agrícola. Apesar da riqueza de recursos naturais e da grande quantidade de terras agricultáveis, os rendimentos básicos das colheitas na África cresceram muito pouco nos últimos 25 anos e permanecem os mais baixos de qualquer região do mundo, representando 56% inferior da média global.

Segundo Akinbamijo, o programa TAAT é uma resposta do continente à necessidade premente de mudar esse panorama. Trata-se de um “plano arrojado para alcançar uma rápida transformação agrícola na África, afirma”. Para isso, foram definidos como prioritários oito produtos agrícolas: arroz, milho, soja, laticínios, peixes, aves, feijão e sorgo.

O objetivo é investir na modernização de tecnologias e capacitação de cientistas e agentes produtivos de forma a tornar o continente autossuficiente na produção de alimentos, reduzindo a importação maciça que acontece hoje. “A agricultura é a mais importante fonte de diversificação económica e de riqueza, além de um poderoso mecanismo para criação de empregos”, finalizou o diretor do Fórum internacional.

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