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Materiais indianos de grãos-de-bico têm alto potencial produtivo no Brasil

Dois materiais genéticos de grãos-de-bico (tipo desi) testados no Brasil apresentaram produtividade maior do que na Índia. Os materiais, de procedência do país indiano, foram avaliados em áreas experimentais da Embrapa e de produtores no Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul em três épocas diferentes de plantio (abril, maio e junho). Destaque para os três primeiros estados, onde a média de produção foi de duas toneladas por hectare.

“Na índia, a produtividade é em torno de 800 quilos por hectare”, diz Warley Nascimento, chefe-geral da Embrapa Hortaliças (Brasília – DF), acrescentando que as pesquisas contam com a participação de universidades e órgãos de assistência técnica desses estados. Os resultados, que se referem ao primeiro ano de trabalho desenvolvido em parceria com a empresa multinacional United Phosphorus Limited (UPL), foram apresentados na última semana de abril aos dirigentes da empresa indiana, em Nova Deli. O acordo de cooperação com UPL foi iniciado durante missão oficial do Ministério da Agricultura à Índia, em 2016. 

Para Nascimento, que é coordenador do programa de melhoramento genético de leguminosas da Embrapa Hortaliças, as pesquisas demonstram que o Brasil tem grande potencial para o cultivo de leguminosas. “Com a definição de cultivares mais produtivas e adaptadas, será possível fomentar a produção nacional, minimizar, ou mesmo eliminar, a importação e, principalmente, exportar para a Índia e para outros países asiáticos onde é grande o consumo”, aposta Nascimento.  

Além dos testes de adaptação e validação dos materiais indianos, as pesquisas coordenadas pela Embrapa buscam oferecer aos produtores orientações sobre o sistema de plantio desta espécie em nosso país. “O cerrado brasileiro tem demonstrado ser propício ao desenvolvimento da cultura em virtude do clima mais seco durante o inverno. O trabalho segue no sentido de obter respostas mais precisas sobre o manejo da cultura”, diz. 

Cultivares: Embasados nesses resultados satisfatórios e aliados às tecnologias existentes de produção e às características edafoclimáticas do Brasil, as tratativas com a UPL estão direcionadas, nesse momento, para o desenvolvimento de novas cultivares de grãos-de-bico do tipo desi, que é o mais consumido nos países asiáticos. 

Ainda dentro desta parceria, entre os próximos trabalhos já acordados está o teste de produtos visando o tratamento de sementes e ainda a obtenção de descritores de grão-de-bico. Esse estudo de caracterização é pré-requisito para a solicitação de proteção de cultivares junto ao Ministério da Agricultura (Mapa).  

Interação: Durante a viagem à Índia, Nascimento visitou outras instituições de pesquisas com o intuito de estreitar as relações e possibilitar o surgimento de novas parcerias. Ele se reuniu com pesquisadores da Indian Agricultural Research Institute (ICAR), International Crops Research Institute for the Semi-Arid Tropics (ICRISAT), ambas em Nova Deli, e a Indian Pulses and Grains Association (IPGA), em Mumbai. 

Dois materiais genéticos de grãos-de-bico (tipo desi) testados no Brasil apresentaram produtividade maior do que na Índia. Os materiais, de procedência do país indiano, foram avaliados em áreas experimentais da Embrapa e de produtores no Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul em três épocas diferentes de plantio (abril, maio e junho). Destaque para os três primeiros estados, onde a média de produção foi de duas toneladas por hectare.

“Na índia, a produtividade é em torno de 800 quilos por hectare”, diz Warley Nascimento, chefe-geral da Embrapa Hortaliças (Brasília – DF), acrescentando que as pesquisas contam com a participação de universidades e órgãos de assistência técnica desses estados. Os resultados, que se referem ao primeiro ano de trabalho desenvolvido em parceria com a empresa multinacional United Phosphorus Limited (UPL), foram apresentados na última semana de abril aos dirigentes da empresa indiana, em Nova Deli. O acordo de cooperação com UPL foi iniciado durante missão oficial do Ministério da Agricultura à Índia, em 2016. 

Para Nascimento, que é coordenador do programa de melhoramento genético de leguminosas da Embrapa Hortaliças, as pesquisas demonstram que o Brasil tem grande potencial para o cultivo de leguminosas. “Com a definição de cultivares mais produtivas e adaptadas, será possível fomentar a produção nacional, minimizar, ou mesmo eliminar, a importação e, principalmente, exportar para a Índia e para outros países asiáticos onde é grande o consumo”, aposta Nascimento.  

Além dos testes de adaptação e validação dos materiais indianos, as pesquisas coordenadas pela Embrapa buscam oferecer aos produtores orientações sobre o sistema de plantio desta espécie em nosso país. “O cerrado brasileiro tem demonstrado ser propício ao desenvolvimento da cultura em virtude do clima mais seco durante o inverno. O trabalho segue no sentido de obter respostas mais precisas sobre o manejo da cultura”, diz. 

Cultivares: Embasados nesses resultados satisfatórios e aliados às tecnologias existentes de produção e às características edafoclimáticas do Brasil, as tratativas com a UPL estão direcionadas, nesse momento, para o desenvolvimento de novas cultivares de grãos-de-bico do tipo desi, que é o mais consumido nos países asiáticos. 

Ainda dentro desta parceria, entre os próximos trabalhos já acordados está o teste de produtos visando o tratamento de sementes e ainda a obtenção de descritores de grão-de-bico. Esse estudo de caracterização é pré-requisito para a solicitação de proteção de cultivares junto ao Ministério da Agricultura (Mapa).  

Interação: Durante a viagem à Índia, Nascimento visitou outras instituições de pesquisas com o intuito de estreitar as relações e possibilitar o surgimento de novas parcerias. Ele se reuniu com pesquisadores da Indian Agricultural Research Institute (ICAR), International Crops Research Institute for the Semi-Arid Tropics (ICRISAT), ambas em Nova Deli, e a Indian Pulses and Grains Association (IPGA), em Mumbai. 

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