O terceiro volume da Coleção Transição Agroecológica, intitulada “Conservação e Uso da Agrobiodiversidade: Relatos e experiências locais”, reúne práticas tradicionais e conhecimento científico sobre a Agroecologia como base para modelos produtivos sustentáveis em diferentes contextos brasileiros. Organizado em 15 capítulos, o livro apresenta resultados de pesquisas participativas com povos tradicionais, agricultores familiares e outros atores sociais dos biomas Amazônia, Cerrados, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa.
Lançada pela Embrapa, em 2017, a publicação é fruto de acordo firmado com a Associação Brasileira de Agroecologia, com o objetivo de oferecer informações científicas para sistemas de produção de base ecológica. Distintas abordagens enfocam a caracterização de sistemas agrícolas tradicionais agrobiodiversos, práticas de manejo de produtos agroextrativistas, descrição de manifestações culturais, impacto das políticas públicas sobre a conservação destes recursos e a importância dos povos e comunidades tradicionais para esse processo, fazendo contrapontos com experiências do Peru e Chile.
O conhecimento reunido na obra pode ser fonte de consulta para docentes, técnicos, extensionistas, estudantes e pesquisadores envolvidos com o tema agrobiodiversidade para os sistemas agroecológicos.
A experiência de produtores familiares do interior do Acre está descrita no capítulo “Agrobiodiversidade e extrativismo entre moradores da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema”, de autoria dos pesquisadores da Embrapa Amauri Siviero e Moacir Haverroth, em parceria com o professor e pesquisador da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Rodrigo Rodrigues de Freitas.
Estratégias de conservação
Com cerca de 750 mil hectares, a Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema é uma Unidade de Conservação Federal, criada em 2002. Localizada nos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, estado do Acre, abriga cerca de 270 famílias que vivem da coleta de castanha-do-brasil, pesca, artesanato de borracha e sementes, agricultura e criação de pequenos animais.
O estudo realizado buscou quantificar a relação homem/natureza e conhecer os produtos agrícolas e florestais manejados e como os moradores da comunidade utilizam esses recursos. Foram catalogadas mais de 150 espécies de plantas, entre espécies agrícolas, medicinais e ornamentais. A cultura mais cultivada é a mandioca, com foco na produção de farinha para o consumo familiar e comercialização.
Segundo Siviero, nas práticas cotidianas os extrativistas desenvolvem estratégias importantes para a manutenção dos recursos naturais e das espécies que cultivam, como o intercâmbio de plantas e sementes, principalmente de variedades de mandioca, milho, feijões e plantas medicinais. “A troca frequente de materiais genéticos entre os moradores da Resex e habitantes de outras localidades contribui para a conservação da agrobiodiversidade local”, diz o pesquisador.
Outra conclusão dos pesquisadores é que o manejo, a estrutura e as funções de cada agroambiente (roçado, açude, quintal agroflorestal e a própria floresta) exigem planejamento, divisão do trabalho, versatilidade, conhecimento e interação do extrativista com os recursos naturais. “Essa proximidade com a natureza cria uma relação mais harmoniosa com o meio ambiente e ajuda a garantir a existência de plantas e animais que integram os recursos agrobiodiversos do local”.
A publicação está disponível na Biblioteca da Unidade e pode ser adquirida na Livraria Embrapa. Para consultar, clique aqui.
O terceiro volume da Coleção Transição Agroecológica, intitulada “Conservação e Uso da Agrobiodiversidade: Relatos e experiências locais”, reúne práticas tradicionais e conhecimento científico sobre a Agroecologia como base para modelos produtivos sustentáveis em diferentes contextos brasileiros. Organizado em 15 capítulos, o livro apresenta resultados de pesquisas participativas com povos tradicionais, agricultores familiares e outros atores sociais dos biomas Amazônia, Cerrados, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa.
Lançada pela Embrapa, em 2017, a publicação é fruto de acordo firmado com a Associação Brasileira de Agroecologia, com o objetivo de oferecer informações científicas para sistemas de produção de base ecológica. Distintas abordagens enfocam a caracterização de sistemas agrícolas tradicionais agrobiodiversos, práticas de manejo de produtos agroextrativistas, descrição de manifestações culturais, impacto das políticas públicas sobre a conservação destes recursos e a importância dos povos e comunidades tradicionais para esse processo, fazendo contrapontos com experiências do Peru e Chile.
O conhecimento reunido na obra pode ser fonte de consulta para docentes, técnicos, extensionistas, estudantes e pesquisadores envolvidos com o tema agrobiodiversidade para os sistemas agroecológicos.
A experiência de produtores familiares do interior do Acre está descrita no capítulo “Agrobiodiversidade e extrativismo entre moradores da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema”, de autoria dos pesquisadores da Embrapa Amauri Siviero e Moacir Haverroth, em parceria com o professor e pesquisador da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Rodrigo Rodrigues de Freitas.
Estratégias de conservação
Com cerca de 750 mil hectares, a Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema é uma Unidade de Conservação Federal, criada em 2002. Localizada nos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, estado do Acre, abriga cerca de 270 famílias que vivem da coleta de castanha-do-brasil, pesca, artesanato de borracha e sementes, agricultura e criação de pequenos animais.
O estudo realizado buscou quantificar a relação homem/natureza e conhecer os produtos agrícolas e florestais manejados e como os moradores da comunidade utilizam esses recursos. Foram catalogadas mais de 150 espécies de plantas, entre espécies agrícolas, medicinais e ornamentais. A cultura mais cultivada é a mandioca, com foco na produção de farinha para o consumo familiar e comercialização.
Segundo Siviero, nas práticas cotidianas os extrativistas desenvolvem estratégias importantes para a manutenção dos recursos naturais e das espécies que cultivam, como o intercâmbio de plantas e sementes, principalmente de variedades de mandioca, milho, feijões e plantas medicinais. “A troca frequente de materiais genéticos entre os moradores da Resex e habitantes de outras localidades contribui para a conservação da agrobiodiversidade local”, diz o pesquisador.
Outra conclusão dos pesquisadores é que o manejo, a estrutura e as funções de cada agroambiente (roçado, açude, quintal agroflorestal e a própria floresta) exigem planejamento, divisão do trabalho, versatilidade, conhecimento e interação do extrativista com os recursos naturais. “Essa proximidade com a natureza cria uma relação mais harmoniosa com o meio ambiente e ajuda a garantir a existência de plantas e animais que integram os recursos agrobiodiversos do local”.
A publicação está disponível na Biblioteca da Unidade e pode ser adquirida na Livraria Embrapa. Para consultar, clique aqui.