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Mais do que matos, elas são as plantas alimentícias não convencionais (PANCs)

Elas parecem muito com o mato, mas, na verdade, elas são alimentos que podem mesmo ser servidas no prato, seja pelo sabor ou valor nutritivo. Com um nome autoexplicativo, elas são as PANCs – Plantas Alimentícias Não Convencionais. Alimentícias devido ao alto teor nutricional dentro da dieta humana e não convencionais porque são muitas as pessoas que as confundem com “ervas daninhas”.

A falta de costume e pouco esclarecimento sobre o assunto fez com que as PANCs marcassem presença dentro do eixo de Tecnologia a Campo, na terceira edição da Tecnofam – Tecnologia e Conhecimento para a Agricultura Familiar, no município de Dourados. O assunto foi apresentado ao público pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) através do engenheiro agrônomo Sidney Kock.

A unidade demonstrativa de PANCs foi montada pela pesquisadora Liliane Kobayashi dentro das dependências da Embrapa Agropecuária Oeste, no município de Dourados.

Jambu, ora-pró-nobis, assa-peixe, folha de begônia, bertália, taioba, peixinho, feijão-caupi ou catador, erva de touro, quiabo de metro, hibisco e caxi foram algumas das variedades que os visitantes (agricultores familiares, estudantes e técnicos em Ater) tiveram a oportunidade de conhecer. “Muitas das vezes a pessoa tem uma dessas plantas no fundo de casa e acha que não pode usar ou comer. A ideia foi apresentar algumas variedades e ensinar as pessoas a identificá-las”, disse Sidney.

Kock ressalta que as PANCs também possuem relevância no que diz respeito à segurança alimentar visto que a correria da vida nas cidades contribuiu em restringir a nossa visão quanto à diversidade de alimentos. “No Brasil, a gente tem uma biodiversidade de plantas de cerca de 2 mil espécies, mas a nossa alimentação gira na maior parte do tempo em torno de 20 espécies de folhosas”.

Contudo, nem sempre foi assim. Muitas PANCs costumavam ser consumidas por nossos antepassados. Porém, devido à agricultura convencional que trouxe a produção em larga escala de espécies como o trigo e arroz, e também devido ao afastamento do homem em relação à natureza, as plantas convencionais acabaram perdendo espaço no cardápio humano.

“Atualmente, 70% dos alimentos mais produzidos são milho, soja, arroz e trigo. Os outros 30% ficam a cargo de alimentos como o feijão, a alface, a tomate, a mandioca, entre outros. E pensando ainda nessa linha macro, as PANCs têm uma presença ínfima em nossa alimentação”, enfatiza Sidney.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), calcula que em todo o planeta o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos últimos cem anos. “E por puro desconhecimento, perdemos assim o alto valor nutritivo destas espécies”, salientou o engenheiro agrônomo da Agraer.

Vegetais como a bertalha, por exemplo, foram substituídos, na alimentação dos brasileiros por espécies como a couve, a rúcula e a própria alface. E, o que é uma planta comestível pouco consumida hoje pode ser o alimento bem aceito de amanhã.

Para se ter uma ideia a rúcula já foi considerada uma erva daninha até pouco tempo atrás. Hoje, é um dos vegetais que mais se faz presente nos restaurantes e almoços familiares aos domingos. “Já há chefs de cozinha que usam várias PANCs para pratos conceituais e de sucesso no ramo da gastronomia. A intenção nossa foi abordar esse assunto dentro da Tecnofam e mostrar que o cultivo de PANCs é bem aceito no ramo agroecológico”, destacou o engenheiro agrônomo.

Evento – De caráter bienal, a Tecnofam  foi realizada esta semana, de 17 a 19 de abril, pela Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Agraer,  Semagro e Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems). O evento ainda conta com outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor produtivo.

Elas parecem muito com o mato, mas, na verdade, elas são alimentos que podem mesmo ser servidas no prato, seja pelo sabor ou valor nutritivo. Com um nome autoexplicativo, elas são as PANCs – Plantas Alimentícias Não Convencionais. Alimentícias devido ao alto teor nutricional dentro da dieta humana e não convencionais porque são muitas as pessoas que as confundem com “ervas daninhas”.

A falta de costume e pouco esclarecimento sobre o assunto fez com que as PANCs marcassem presença dentro do eixo de Tecnologia a Campo, na terceira edição da Tecnofam – Tecnologia e Conhecimento para a Agricultura Familiar, no município de Dourados. O assunto foi apresentado ao público pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) através do engenheiro agrônomo Sidney Kock.

A unidade demonstrativa de PANCs foi montada pela pesquisadora Liliane Kobayashi dentro das dependências da Embrapa Agropecuária Oeste, no município de Dourados.

Jambu, ora-pró-nobis, assa-peixe, folha de begônia, bertália, taioba, peixinho, feijão-caupi ou catador, erva de touro, quiabo de metro, hibisco e caxi foram algumas das variedades que os visitantes (agricultores familiares, estudantes e técnicos em Ater) tiveram a oportunidade de conhecer. “Muitas das vezes a pessoa tem uma dessas plantas no fundo de casa e acha que não pode usar ou comer. A ideia foi apresentar algumas variedades e ensinar as pessoas a identificá-las”, disse Sidney.

Kock ressalta que as PANCs também possuem relevância no que diz respeito à segurança alimentar visto que a correria da vida nas cidades contribuiu em restringir a nossa visão quanto à diversidade de alimentos. “No Brasil, a gente tem uma biodiversidade de plantas de cerca de 2 mil espécies, mas a nossa alimentação gira na maior parte do tempo em torno de 20 espécies de folhosas”.

Contudo, nem sempre foi assim. Muitas PANCs costumavam ser consumidas por nossos antepassados. Porém, devido à agricultura convencional que trouxe a produção em larga escala de espécies como o trigo e arroz, e também devido ao afastamento do homem em relação à natureza, as plantas convencionais acabaram perdendo espaço no cardápio humano.

“Atualmente, 70% dos alimentos mais produzidos são milho, soja, arroz e trigo. Os outros 30% ficam a cargo de alimentos como o feijão, a alface, a tomate, a mandioca, entre outros. E pensando ainda nessa linha macro, as PANCs têm uma presença ínfima em nossa alimentação”, enfatiza Sidney.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), calcula que em todo o planeta o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos últimos cem anos. “E por puro desconhecimento, perdemos assim o alto valor nutritivo destas espécies”, salientou o engenheiro agrônomo da Agraer.

Vegetais como a bertalha, por exemplo, foram substituídos, na alimentação dos brasileiros por espécies como a couve, a rúcula e a própria alface. E, o que é uma planta comestível pouco consumida hoje pode ser o alimento bem aceito de amanhã.

Para se ter uma ideia a rúcula já foi considerada uma erva daninha até pouco tempo atrás. Hoje, é um dos vegetais que mais se faz presente nos restaurantes e almoços familiares aos domingos. “Já há chefs de cozinha que usam várias PANCs para pratos conceituais e de sucesso no ramo da gastronomia. A intenção nossa foi abordar esse assunto dentro da Tecnofam e mostrar que o cultivo de PANCs é bem aceito no ramo agroecológico”, destacou o engenheiro agrônomo.

Evento – De caráter bienal, a Tecnofam  foi realizada esta semana, de 17 a 19 de abril, pela Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Agraer,  Semagro e Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems). O evento ainda conta com outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor produtivo.

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