“O Brasil tem agora um sistema de macrologística territorial que visa dar competitividade ao agronegócio brasileiro, legado que a Embrapa e o Mapa deixam para o governo federal”, destacou o chefe-geral da Embrapa Territorial (Campinas, SP), Evaristo de Miranda, durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal. O evento foi realizado para apresentação do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária, na terça-feira (17), em Brasília.
Presidida pela deputada Ana Amélia (PP/RS), a audiência reuniu senadores, deputados, além de um grupo de vereadores de Machadinho do Oeste (RO) e do prefeito de Alta Floresta d’Oeste (RO).
O Sistema, uma plataforma online, foi lançado em março pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Reúne, em base georreferenciada, dados sobre a produção agropecuária, a armazenagem e os caminhos da safra até o mercado interno e a exportação. Ele permite gerar diversos estudos e extrair informações assertivas para o planejamento estratégico do governo e do setor produtivo. Disponibiliza mapas com dados dos últimos 17 anos sobre área e volume de produção, quantidades exportadas e destinos das principais cadeias produtivas em cada microrregião, estado ou região.
É aberto para qualquer cidadão que tenha necessidade ou interesse em utilizar dados, como mapas, quadros evolutivos, gráficos, localização de áreas de escoamento, e encontrar oportunidades ou gargalos para seu negócio ou estudo.
A partir da plataforma, é possível cruzar dados numéricos, gerar tabelas, gráficos e mais de 100 mil mapas dinâmicos. Inclui dados georreferenciados dos modais logísticos utilizados (rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e portuário) para enviar a produção e receber insumos (fertilizantes, máquinas, defensivos etc.). Também possui informações sobre milhares de estruturas de armazenagem e unidades processadoras identificadas e geocodificadas.
São dez cadeias produtivas inseridas no sistema: soja, milho, café, laranja, cana-de-açúcar, algodão, papel e celulose, aves, suínos e bovinos. Juntas, elas representam mais de 90% da carga agropecuária do País.
“A carga pode ter grandes trajetos por ferrovias e hidrovias, mas, em algum momento, passa por rodovias. A origem das cargas começa na colheita, no campo, e não apenas em áreas de processamento”, explicou Miranda, durante apresentação do sistema aos parlamentares.
Dados apresentados aos parlamentares
A partir de estudos da Embrapa referenciados em sistema de inteligência territorial, foi possível identificar, por exemplo, que a agricultura brasileira ocupa 7,8% do território nacional. Este número foi confirmado por um estudo mundial realizado pela Nasa que utilizou outro método de análise e chegou ao valor de 7,6% de áreas cultivada no Brasil, uma diferença mínima entre ambos os estudos. Um resultado de produtividade, associado com o ganho tecnológico, que exige, segundo Miranda, uma logística consistente, que facilite o escoamento da produção, por meio das rodovias, hidrovias ou ferrovias, porém que faça com que a carga seja competitiva.
“Ninguém coloca mais carga no sistema de transporte do que a agropecuária”, disse o pesquisador ao público da audiência. A atividade gera, anualmente, cerca de 1,6 bilhão de toneladas entre todas as cargas. Isso é mais do que todo o minério bruto e processado, que chega a 1,4 bilhão de toneladas.
A partir desse levantamento, o Sistema identificou as rotas preferenciais utilizadas e delimitou oito bacias logísticas da exportação de grãos no país. “Quando se fala em escoamento da safra, o termo é adequado. A produção realmente escoa em direção aos portos, como os rios indo para o mar, dentro da bacia logística”, complementou Miranda em sua apresentação aos parlamentares.
A armazenagem funciona como um conjunto de barragens e evita a sobrecarga em terminais portuários e unidades de processamento. “O Sistema também identifica os melhores locais para investir em armazenagem, hoje e no futuro”, revelou.
Miranda ainda destaca que o funcionamento do Sistema será permanente e, com ferramentas de inteligência, gestão e monitoramento territorial, permitirá identificar a demanda por infraestrutura logística, tendo como principal critério o ganho de competitividade. No website da plataforma, estão disponíveis estudos logísticos já realizados com o Sistema pela Embrapa Territorial, atendendo a demandas do Mapa. Dentre eles, está a identificação de obras e intervenções viárias prioritárias para aumentar a competitividade da agropecuária nacional.
“O nosso sistema usa como norte a competitividade econômica do agronegócio, a melhoria da renda do produtor. Hoje é possível identificar quanto cada município manda de carga para cada porto, um trabalho grande que realizamos, envolvendo inclusive notas fiscais, parte valiosa do nosso trabalho, que casa as bacias logísticas com as áreas de produção agrícola e pecuária”.
A partir dos dados armazenados na plataforma da macrológisca, é possível traçar um panorama de cada estado, identificando os gargalos e as possíveis soluções para redução dos custos para o escoamento da produção.
(Colaboração: Alan Rodrigues e Vivian Chies)
Assista a audiência pública no canal da TV Senado no Youtube.
“O Brasil tem agora um sistema de macrologística territorial que visa dar competitividade ao agronegócio brasileiro, legado que a Embrapa e o Mapa deixam para o governo federal”, destacou o chefe-geral da Embrapa Territorial (Campinas, SP), Evaristo de Miranda, durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal. O evento foi realizado para apresentação do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária, na terça-feira (17), em Brasília.
Presidida pela deputada Ana Amélia (PP/RS), a audiência reuniu senadores, deputados, além de um grupo de vereadores de Machadinho do Oeste (RO) e do prefeito de Alta Floresta d’Oeste (RO).
O Sistema, uma plataforma online, foi lançado em março pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Reúne, em base georreferenciada, dados sobre a produção agropecuária, a armazenagem e os caminhos da safra até o mercado interno e a exportação. Ele permite gerar diversos estudos e extrair informações assertivas para o planejamento estratégico do governo e do setor produtivo. Disponibiliza mapas com dados dos últimos 17 anos sobre área e volume de produção, quantidades exportadas e destinos das principais cadeias produtivas em cada microrregião, estado ou região.
É aberto para qualquer cidadão que tenha necessidade ou interesse em utilizar dados, como mapas, quadros evolutivos, gráficos, localização de áreas de escoamento, e encontrar oportunidades ou gargalos para seu negócio ou estudo.
A partir da plataforma, é possível cruzar dados numéricos, gerar tabelas, gráficos e mais de 100 mil mapas dinâmicos. Inclui dados georreferenciados dos modais logísticos utilizados (rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e portuário) para enviar a produção e receber insumos (fertilizantes, máquinas, defensivos etc.). Também possui informações sobre milhares de estruturas de armazenagem e unidades processadoras identificadas e geocodificadas.
São dez cadeias produtivas inseridas no sistema: soja, milho, café, laranja, cana-de-açúcar, algodão, papel e celulose, aves, suínos e bovinos. Juntas, elas representam mais de 90% da carga agropecuária do País.
“A carga pode ter grandes trajetos por ferrovias e hidrovias, mas, em algum momento, passa por rodovias. A origem das cargas começa na colheita, no campo, e não apenas em áreas de processamento”, explicou Miranda, durante apresentação do sistema aos parlamentares.
Dados apresentados aos parlamentares
A partir de estudos da Embrapa referenciados em sistema de inteligência territorial, foi possível identificar, por exemplo, que a agricultura brasileira ocupa 7,8% do território nacional. Este número foi confirmado por um estudo mundial realizado pela Nasa que utilizou outro método de análise e chegou ao valor de 7,6% de áreas cultivada no Brasil, uma diferença mínima entre ambos os estudos. Um resultado de produtividade, associado com o ganho tecnológico, que exige, segundo Miranda, uma logística consistente, que facilite o escoamento da produção, por meio das rodovias, hidrovias ou ferrovias, porém que faça com que a carga seja competitiva.
“Ninguém coloca mais carga no sistema de transporte do que a agropecuária”, disse o pesquisador ao público da audiência. A atividade gera, anualmente, cerca de 1,6 bilhão de toneladas entre todas as cargas. Isso é mais do que todo o minério bruto e processado, que chega a 1,4 bilhão de toneladas.
A partir desse levantamento, o Sistema identificou as rotas preferenciais utilizadas e delimitou oito bacias logísticas da exportação de grãos no país. “Quando se fala em escoamento da safra, o termo é adequado. A produção realmente escoa em direção aos portos, como os rios indo para o mar, dentro da bacia logística”, complementou Miranda em sua apresentação aos parlamentares.
A armazenagem funciona como um conjunto de barragens e evita a sobrecarga em terminais portuários e unidades de processamento. “O Sistema também identifica os melhores locais para investir em armazenagem, hoje e no futuro”, revelou.
Miranda ainda destaca que o funcionamento do Sistema será permanente e, com ferramentas de inteligência, gestão e monitoramento territorial, permitirá identificar a demanda por infraestrutura logística, tendo como principal critério o ganho de competitividade. No website da plataforma, estão disponíveis estudos logísticos já realizados com o Sistema pela Embrapa Territorial, atendendo a demandas do Mapa. Dentre eles, está a identificação de obras e intervenções viárias prioritárias para aumentar a competitividade da agropecuária nacional.
“O nosso sistema usa como norte a competitividade econômica do agronegócio, a melhoria da renda do produtor. Hoje é possível identificar quanto cada município manda de carga para cada porto, um trabalho grande que realizamos, envolvendo inclusive notas fiscais, parte valiosa do nosso trabalho, que casa as bacias logísticas com as áreas de produção agrícola e pecuária”.
A partir dos dados armazenados na plataforma da macrológisca, é possível traçar um panorama de cada estado, identificando os gargalos e as possíveis soluções para redução dos custos para o escoamento da produção.
(Colaboração: Alan Rodrigues e Vivian Chies)
Assista a audiência pública no canal da TV Senado no Youtube.