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Feira técnica colabora para o desenvolvimento da região Sudeste tocantinense

A AgroAlmas, Feira Agrotecnológica de Almas, município que fica no Sudeste do Tocantins, tem contribuído com o desenvolvimento regional. Essa é a avaliação do gerente regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Antônio Curcino. “Só o fato de a gente ver a quantidade de pessoas que passaram a frequentar, a vir na AgroAlmas, já é um respaldo da importância que tem o evento. Um evento que começa com 300 pessoas e hoje aproximadamente 5.000 pessoas o procuram já se vê a sua dimensão. Nós que estamos aqui no dia-a-dia com o produtor temos visto a procura deles hoje sobre essas novas tecnologias que são ensinadas durante a AgroAlmas; eles nos procuram querendo implantar dentro das propriedades deles”, conta.

A feira aconteceu nos dias 13 e 14 de abril e contou com várias atividades. Na parte técnica, houve dois dias de campo: na sexta, o tema piscicultura foi tratado na Pescados Piracema, um dos frigoríficos da região Sudeste tocantinense; e no sábado as discussões foram em torno da bovinocultura e ocorreram na Fazenda Pindoba, município de Dianópolis, na mesma região de Almas. Já o Colégio Agropecuário de Almas foi sede de palestras técnicas, também nas duas temáticas, e de diversas exposições permanentes, não apenas ligadas à atividade agropecuária.

João Filho é extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins) e coordenador geral da AgroAlmas. Fazendo uma avaliação do evento, diz que “apesar das adversidades, eu acredito que cumpriu o nosso objetivo, que era transferir as tecnologias, integrar os produtores. Eu acredito que, com os dois dias de campo que nós realizamos na parte técnica (tanto da piscicultura, como da bovinocultura), fechou com chave de ouro e cumpriu o nosso papel. A parte da infraestrutura, das exposições permanentes, também cumpriu; todos os expositores que fizeram o cadastro, que garantiram, vieram”.

Opinião parecida tem Cláudio Barbosa, zootecnista da Embrapa que também esteve na organização do evento.  Do ponto de vista técnico, entende, a feira “com certeza, cumpriu com o objetivo sim de trazer conhecimento pros produtores, tanto na parte de piscicultura, quanto na parte de bovinocultura, como foi a formatação inicial. Nós tivemos um público presente grande nos dois dias de campo. Acredito que a presença de parceiros na feira, a presença dos eventos, de palestras transferiu bastante conhecimento, aquilo que realmente estava dentro do tema. Nas palestras, acredito que a gente talvez poderia ter um público maior; temos que trabalhar uma forma para que isso aconteça numa próxima edição do evento. Mas acredito que, de forma geral, estamos acima da expectativa”.

Muitos aspectos de duas importantes cadeias produtivas – Tanto a bovinocultura, como a piscicultura, são importantes atividades econômicas do Sudeste do Tocantins. A própria AgroAlmas surgiu de um dia de campo, ainda em 2015, em que foram demonstradas tecnologias na área de integração lavoura-pecuária-floresta, buscando uma agricultura com baixa emissão de carbono na atmosfera. Com o tempo, o evento cresceu, demonstrando a importância da cadeia da bovinocultura na região. Já a piscicultura, que foi pela primeira vez tratada na feira, tem no Sudeste tocantinense sua principal região produtora no estado. Essa importância foi retratada pelo censo da piscicultura no Tocantins, que está em fase final de levantamento e análise de dados.

O gerente de pesca e aquicultura do Ruraltins Andrey Costa apresentou dados da região referentes ao ano passado. Segundo ele, no censo foram aplicados 112 questionários em propriedades que contam com a atividade de piscicultura, com destaque para os municípios de Taguatinga (com 41 propriedades) e Almas (com 27). Entre as opções de estrutura de produção usadas, o destaque fica por conta dos barramentos de curso d’água, responsáveis por mais de 84% da produção de peixes do Sudeste tocantinense.

Toda a região produziu, em 2017, mais de 9,6 mil toneladas de peixes. A espécie mais comum foi o tambaqui, com quase 52%. Quando somado esse índice ao de outros peixes redondos, o percentual vai a praticamente 80% de toda a produção. As três principais dificuldades apontadas no censo referem-se ao custo da ração, ao licenciamento ambiental e à assistência técnica. Os dados serão refinados e constarão do censo estadual da piscicultura que o Ruraltins apresentará durante a Agrotins 2018, a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins, marcada para maio na capital Palmas.

Também na área de piscicultura, durante a AgroAlmas 2018 foi apresentado o sisteminha Embrapa, que basicamente consiste na integração de uma atividade de produção animal (produção de peixes) com atividades ligadas a agricultura, como hortaliças e pequenas lavouras. É uma alternativa para utilização eficiente e inteligente de pequenos espaços e vem sendo incentivada pela Embrapa e por parceiros no interior do Tocantins através de um projeto específico de transferência de tecnologia.

Como reconhecimento à parceria em trabalhos de transferência de tecnologia, a Embrapa homenageou duas propriedades rurais da região. Durante o dia de campo da bovinocultura, a própria sede do evento (Fazenda Pindoba) e a Fazenda Morro Branco, que fica no município vizinho de Novo Jardim, receberam um certificado de agradecimento. Além dessas propriedades, outras três da região Sudeste do Tocantins receberão a mesma homenagem.

Nesse dia de campo, Cláudio, da Embrapa, identificou participantes com potencial de exercitarem o que viram. “Especialmente no dia de campo de bovinocultura, teve alguns grupos em que alguns produtores realmente se interessaram bastante, fizeram perguntas, questionaram e acredito que alguns vão despertar pra adotar várias das tecnologias que foram apresentadas, tanto de produtos da Embrapa quanto de processos que a gente apresentou”, explica.

Várias parcerias – A AgroAlmas é fruto de parceria entre diversas instituições, tanto públicas como privadas. Esta edição teve como realizadores o Ruraltins, a Embrapa, o Sebrae, o Colégio Agropecuário de Almas, as secretarias estaduais do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária e da Educação, Juventude e Esportes, a Prefeitura Municipal de Almas, o Banco da Amazônia e a Fazenda Galileia. Apoiaram a feira dezenas de empresas com atuação na região.

Para o próximo ano, a proposta é continuar ampliando o alcance do evento e agregar outra temática importante no Sudeste tocantinense: a fruticultura. Na região, está instalado o Projeto de Irrigação Manuel Alves. Com essa nova temática, a ideia é que sejam três dias de campo: bovinocultura, piscicultura e fruticultura. O evento, inclusive, deve mudar de nome, provavelmente passando para AgroSudeste, delimitando, assim, um alcance maior e de fato representando uma região do Tocantins que, historicamente, enfrenta questões limitantes como a escassez de água disponível para a agropecuária. “É um desafio a AgroSudeste. A gente já estava amadurecendo essa ideia, mas eu acredito que vai dar certo envolver todos os municípios da região Sudeste, até pra fortalecer a feira”, conta João Filho, do Ruraltins.

A AgroAlmas, Feira Agrotecnológica de Almas, município que fica no Sudeste do Tocantins, tem contribuído com o desenvolvimento regional. Essa é a avaliação do gerente regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Antônio Curcino. “Só o fato de a gente ver a quantidade de pessoas que passaram a frequentar, a vir na AgroAlmas, já é um respaldo da importância que tem o evento. Um evento que começa com 300 pessoas e hoje aproximadamente 5.000 pessoas o procuram já se vê a sua dimensão. Nós que estamos aqui no dia-a-dia com o produtor temos visto a procura deles hoje sobre essas novas tecnologias que são ensinadas durante a AgroAlmas; eles nos procuram querendo implantar dentro das propriedades deles”, conta.

A feira aconteceu nos dias 13 e 14 de abril e contou com várias atividades. Na parte técnica, houve dois dias de campo: na sexta, o tema piscicultura foi tratado na Pescados Piracema, um dos frigoríficos da região Sudeste tocantinense; e no sábado as discussões foram em torno da bovinocultura e ocorreram na Fazenda Pindoba, município de Dianópolis, na mesma região de Almas. Já o Colégio Agropecuário de Almas foi sede de palestras técnicas, também nas duas temáticas, e de diversas exposições permanentes, não apenas ligadas à atividade agropecuária.

João Filho é extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins) e coordenador geral da AgroAlmas. Fazendo uma avaliação do evento, diz que “apesar das adversidades, eu acredito que cumpriu o nosso objetivo, que era transferir as tecnologias, integrar os produtores. Eu acredito que, com os dois dias de campo que nós realizamos na parte técnica (tanto da piscicultura, como da bovinocultura), fechou com chave de ouro e cumpriu o nosso papel. A parte da infraestrutura, das exposições permanentes, também cumpriu; todos os expositores que fizeram o cadastro, que garantiram, vieram”.

Opinião parecida tem Cláudio Barbosa, zootecnista da Embrapa que também esteve na organização do evento.  Do ponto de vista técnico, entende, a feira “com certeza, cumpriu com o objetivo sim de trazer conhecimento pros produtores, tanto na parte de piscicultura, quanto na parte de bovinocultura, como foi a formatação inicial. Nós tivemos um público presente grande nos dois dias de campo. Acredito que a presença de parceiros na feira, a presença dos eventos, de palestras transferiu bastante conhecimento, aquilo que realmente estava dentro do tema. Nas palestras, acredito que a gente talvez poderia ter um público maior; temos que trabalhar uma forma para que isso aconteça numa próxima edição do evento. Mas acredito que, de forma geral, estamos acima da expectativa”.

Muitos aspectos de duas importantes cadeias produtivas – Tanto a bovinocultura, como a piscicultura, são importantes atividades econômicas do Sudeste do Tocantins. A própria AgroAlmas surgiu de um dia de campo, ainda em 2015, em que foram demonstradas tecnologias na área de integração lavoura-pecuária-floresta, buscando uma agricultura com baixa emissão de carbono na atmosfera. Com o tempo, o evento cresceu, demonstrando a importância da cadeia da bovinocultura na região. Já a piscicultura, que foi pela primeira vez tratada na feira, tem no Sudeste tocantinense sua principal região produtora no estado. Essa importância foi retratada pelo censo da piscicultura no Tocantins, que está em fase final de levantamento e análise de dados.

O gerente de pesca e aquicultura do Ruraltins Andrey Costa apresentou dados da região referentes ao ano passado. Segundo ele, no censo foram aplicados 112 questionários em propriedades que contam com a atividade de piscicultura, com destaque para os municípios de Taguatinga (com 41 propriedades) e Almas (com 27). Entre as opções de estrutura de produção usadas, o destaque fica por conta dos barramentos de curso d’água, responsáveis por mais de 84% da produção de peixes do Sudeste tocantinense.

Toda a região produziu, em 2017, mais de 9,6 mil toneladas de peixes. A espécie mais comum foi o tambaqui, com quase 52%. Quando somado esse índice ao de outros peixes redondos, o percentual vai a praticamente 80% de toda a produção. As três principais dificuldades apontadas no censo referem-se ao custo da ração, ao licenciamento ambiental e à assistência técnica. Os dados serão refinados e constarão do censo estadual da piscicultura que o Ruraltins apresentará durante a Agrotins 2018, a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins, marcada para maio na capital Palmas.

Também na área de piscicultura, durante a AgroAlmas 2018 foi apresentado o sisteminha Embrapa, que basicamente consiste na integração de uma atividade de produção animal (produção de peixes) com atividades ligadas a agricultura, como hortaliças e pequenas lavouras. É uma alternativa para utilização eficiente e inteligente de pequenos espaços e vem sendo incentivada pela Embrapa e por parceiros no interior do Tocantins através de um projeto específico de transferência de tecnologia.

Como reconhecimento à parceria em trabalhos de transferência de tecnologia, a Embrapa homenageou duas propriedades rurais da região. Durante o dia de campo da bovinocultura, a própria sede do evento (Fazenda Pindoba) e a Fazenda Morro Branco, que fica no município vizinho de Novo Jardim, receberam um certificado de agradecimento. Além dessas propriedades, outras três da região Sudeste do Tocantins receberão a mesma homenagem.

Nesse dia de campo, Cláudio, da Embrapa, identificou participantes com potencial de exercitarem o que viram. “Especialmente no dia de campo de bovinocultura, teve alguns grupos em que alguns produtores realmente se interessaram bastante, fizeram perguntas, questionaram e acredito que alguns vão despertar pra adotar várias das tecnologias que foram apresentadas, tanto de produtos da Embrapa quanto de processos que a gente apresentou”, explica.

Várias parcerias – A AgroAlmas é fruto de parceria entre diversas instituições, tanto públicas como privadas. Esta edição teve como realizadores o Ruraltins, a Embrapa, o Sebrae, o Colégio Agropecuário de Almas, as secretarias estaduais do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária e da Educação, Juventude e Esportes, a Prefeitura Municipal de Almas, o Banco da Amazônia e a Fazenda Galileia. Apoiaram a feira dezenas de empresas com atuação na região.

Para o próximo ano, a proposta é continuar ampliando o alcance do evento e agregar outra temática importante no Sudeste tocantinense: a fruticultura. Na região, está instalado o Projeto de Irrigação Manuel Alves. Com essa nova temática, a ideia é que sejam três dias de campo: bovinocultura, piscicultura e fruticultura. O evento, inclusive, deve mudar de nome, provavelmente passando para AgroSudeste, delimitando, assim, um alcance maior e de fato representando uma região do Tocantins que, historicamente, enfrenta questões limitantes como a escassez de água disponível para a agropecuária. “É um desafio a AgroSudeste. A gente já estava amadurecendo essa ideia, mas eu acredito que vai dar certo envolver todos os municípios da região Sudeste, até pra fortalecer a feira”, conta João Filho, do Ruraltins.

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