Alunos de duas turmas concluintes do curso Técnico em Agropecuária, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande, conheceram in loco as pesquisas da Embrapa Amapá, realizadas no Campo Experimental de Fazendinha (Macapá/AP), referentes ao manejo nutricional e reprodutivo do pirarucu, na manhã desta sexta-feira, 13/4. A programação constou de palestras interativas e demonstrações práticas sobre alimentação de alevinos e matrizes de pirarucu, manejo reprodutivo, manejo alimentar, captura, pesagem e biometria de pirarucu. A visita técnica aconteceu na área onde estão os três tanques escavados da Embrapa para fins de pesquisas, viabilizados por meio de convênios com o Sebrae Amapá e a empresa Pronorte.
Dois tanques medem 35 x 35 metros. Em um deles são mantidos 135 pirarucus jovens (alevinos); o outro tanque de 35 x 35m é o criatório de dois pirarucus adultos (matrizes / reprodutores). E no tanque de 35 x 70m a Embrapa mantém seis pirarucus adultos (matrizes / reprodutores). Os adultos estão passando, atualmente, pelo primeiro ciclo reprodutivo.
O professor Bruno Lacerda Denucci, da disciplina Aquicultura, explicou que esta visita faz parte de uma cooperação técnica com a Embrapa. “Vejo que é fundamental atividades como esta, como complemento da parte teórica para ampliar o conhecimento sobre as peculiaridades da reprodução e alimentação do pirarucu, que é o foco da nossa visita técnica, e da importância desta espécie no contexto do Amapá, em função das condições climáticas e de toda a quantidade de água disponível para criação do pirarucu”, destacou o professor. Os estudantes irão elaborar relatório individual sobre o conteúdo apresentado pela Embrapa, e a tarefa é válida também como exercício de redação para a prova do Enem. O estudante José Cesar Nascimento Nunes, 18, reside na cidade de Porto Grande. Integrante de uma turma concluinte, ele ressaltou que a programação foi “muito importante para todos nós, e certamente é um conhecimento importante também para os produtores e consumidores, que precisam saber que é possível o manejo qualificado de pirarucus”.
Em uma dinâmica de interação com os alunos, a pesquisadora Eliane Yoshioka falou sobre a importância dos carboidratos, proteínas e lipídios necessários para a saúde do organismo humanos, e que também são necessários para o desenvolvimento saudável dos peixes em cativeiro. Apontando as amostras de ração extrusada e peletizada, de variados tamanhos, ela destacou que é fundamental a escolha de uma ração composta de nutrientes “porque eles (os peixes) ficam confinados, então nós somos responsáveis por atender as necessidades nutricionais deles”. A variação significativa do preço da saca de ração para peixes (25 quilos) também foi um assunto abordado. Eliane explicou que a saca pode custar R$ 32,00, como também pode ter preço de R$ 380,00, dependendo do percentual de proteína, da procedência (se nacional ou importada). “Além disso, a marca da ração influencia no preço, porque depende da fábrica, da qualidade do ingrediente utilizado para produzir a ração”, acrescentou. Entre os procedimentos com relação ao armazenamento da ração, a pesquisadora frisou atenção ao uso estrito dentro do prazo de validade, ou seja, o mesmo cuidado que é observado com os alimentos para as pessoas, “senão o peixe adoece, cresce pouco”. A dica é nunca armazenar direto no chão ou próximo a paredes, para evitar o risco da ração umedecer. “E atenção, se encontrarem um grãozinho com fungo, descartem a saca toda”.
De acordo com o pesquisador Cesar Santos, supervisor do Campo Experimental de Fazendinha, o objetivo foi demonstrar a importância do manejo do pirarucu para reprodução e que este procedimento envolve manejo de adultos (reprodutores) e de alevinos (recém-nascidos). “Como o pirarucu é carnívoro, ou seja, se alimenta de outros peixes, então para você criar o pirarucu precisa treiná-lo desde a fase de alevino a aceitar a ração, porque ele é acostumado a caçar ativamente o peixe, e a reação fica parada na água, é inerte, então não tem o estímulo da caça à presa”, explicou o pesquisador. Ele ressaltou aos visitantes que, neste aspecto, o foco é atuar na cadeia produtiva do alevino. “Não estamos falando do peixe fresco para abate, mas sim para produção e comercialização de alevinos, porque é um nicho importante de mercado local e representa uma oportunidade”. O pirarucu é vendido por unidade, sendo que cada unidade é avaliada pelo centímetro. O preço médio de mercado é R$ 1,00 o centímetro do pirarucu.
A turma Técnico em Agropecuária faz parte dos cursos integrados, onde o aluno estuda o ensino médio e o curso técnico ao mesmo tempo. A duração média do curso é de três anos. Entre os visitantes do IFAP campus Porto Grande estavam também os professores Wladson da Silva Leite (Biologia) e Jamil da Silva (Química); e dos técnicos administrativos do setor de campo: Eduardo José de Carvalho, Aline dos Santos, Felipe Brener, Elton da Silva e Luiz Sabioni. Para saber mais sobre o IFAP Porto Grande clique aqui: http://porto.ifap.edu.br
Alunos de duas turmas concluintes do curso Técnico em Agropecuária, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande, conheceram in loco as pesquisas da Embrapa Amapá, realizadas no Campo Experimental de Fazendinha (Macapá/AP), referentes ao manejo nutricional e reprodutivo do pirarucu, na manhã desta sexta-feira, 13/4. A programação constou de palestras interativas e demonstrações práticas sobre alimentação de alevinos e matrizes de pirarucu, manejo reprodutivo, manejo alimentar, captura, pesagem e biometria de pirarucu. A visita técnica aconteceu na área onde estão os três tanques escavados da Embrapa para fins de pesquisas, viabilizados por meio de convênios com o Sebrae Amapá e a empresa Pronorte.
Dois tanques medem 35 x 35 metros. Em um deles são mantidos 135 pirarucus jovens (alevinos); o outro tanque de 35 x 35m é o criatório de dois pirarucus adultos (matrizes / reprodutores). E no tanque de 35 x 70m a Embrapa mantém seis pirarucus adultos (matrizes / reprodutores). Os adultos estão passando, atualmente, pelo primeiro ciclo reprodutivo.
O professor Bruno Lacerda Denucci, da disciplina Aquicultura, explicou que esta visita faz parte de uma cooperação técnica com a Embrapa. “Vejo que é fundamental atividades como esta, como complemento da parte teórica para ampliar o conhecimento sobre as peculiaridades da reprodução e alimentação do pirarucu, que é o foco da nossa visita técnica, e da importância desta espécie no contexto do Amapá, em função das condições climáticas e de toda a quantidade de água disponível para criação do pirarucu”, destacou o professor. Os estudantes irão elaborar relatório individual sobre o conteúdo apresentado pela Embrapa, e a tarefa é válida também como exercício de redação para a prova do Enem. O estudante José Cesar Nascimento Nunes, 18, reside na cidade de Porto Grande. Integrante de uma turma concluinte, ele ressaltou que a programação foi “muito importante para todos nós, e certamente é um conhecimento importante também para os produtores e consumidores, que precisam saber que é possível o manejo qualificado de pirarucus”.
Em uma dinâmica de interação com os alunos, a pesquisadora Eliane Yoshioka falou sobre a importância dos carboidratos, proteínas e lipídios necessários para a saúde do organismo humanos, e que também são necessários para o desenvolvimento saudável dos peixes em cativeiro. Apontando as amostras de ração extrusada e peletizada, de variados tamanhos, ela destacou que é fundamental a escolha de uma ração composta de nutrientes “porque eles (os peixes) ficam confinados, então nós somos responsáveis por atender as necessidades nutricionais deles”. A variação significativa do preço da saca de ração para peixes (25 quilos) também foi um assunto abordado. Eliane explicou que a saca pode custar R$ 32,00, como também pode ter preço de R$ 380,00, dependendo do percentual de proteína, da procedência (se nacional ou importada). “Além disso, a marca da ração influencia no preço, porque depende da fábrica, da qualidade do ingrediente utilizado para produzir a ração”, acrescentou. Entre os procedimentos com relação ao armazenamento da ração, a pesquisadora frisou atenção ao uso estrito dentro do prazo de validade, ou seja, o mesmo cuidado que é observado com os alimentos para as pessoas, “senão o peixe adoece, cresce pouco”. A dica é nunca armazenar direto no chão ou próximo a paredes, para evitar o risco da ração umedecer. “E atenção, se encontrarem um grãozinho com fungo, descartem a saca toda”.
De acordo com o pesquisador Cesar Santos, supervisor do Campo Experimental de Fazendinha, o objetivo foi demonstrar a importância do manejo do pirarucu para reprodução e que este procedimento envolve manejo de adultos (reprodutores) e de alevinos (recém-nascidos). “Como o pirarucu é carnívoro, ou seja, se alimenta de outros peixes, então para você criar o pirarucu precisa treiná-lo desde a fase de alevino a aceitar a ração, porque ele é acostumado a caçar ativamente o peixe, e a reação fica parada na água, é inerte, então não tem o estímulo da caça à presa”, explicou o pesquisador. Ele ressaltou aos visitantes que, neste aspecto, o foco é atuar na cadeia produtiva do alevino. “Não estamos falando do peixe fresco para abate, mas sim para produção e comercialização de alevinos, porque é um nicho importante de mercado local e representa uma oportunidade”. O pirarucu é vendido por unidade, sendo que cada unidade é avaliada pelo centímetro. O preço médio de mercado é R$ 1,00 o centímetro do pirarucu.
A turma Técnico em Agropecuária faz parte dos cursos integrados, onde o aluno estuda o ensino médio e o curso técnico ao mesmo tempo. A duração média do curso é de três anos. Entre os visitantes do IFAP campus Porto Grande estavam também os professores Wladson da Silva Leite (Biologia) e Jamil da Silva (Química); e dos técnicos administrativos do setor de campo: Eduardo José de Carvalho, Aline dos Santos, Felipe Brener, Elton da Silva e Luiz Sabioni. Para saber mais sobre o IFAP Porto Grande clique aqui: http://porto.ifap.edu.br