Professores da área de engenharia florestal de instituições do Pará e Maranhão estão reunidos na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, de 2 a 6 de abril, para participar da capacitação em ferramentas de apoio ao manejo florestal. Trata-se da segunda fase do Projeto Bom Manejo – Gestão Sustentável de Florestas de Produção em Escala Comercial na Amazônia Brasileira.
De acordo com o coordenador do projeto, o pesquisador Milton Kanahsiro, da Embrapa Amazônia oriental, o objetivo macro do Bom Manejo é aplicar boas práticas de utilização e conservação das florestas. “Um manejo bem feito pressupõe retirar a madeira e promover ao mesmo tempo que as populações de árvores continuem num processo de crescimento e que dentro de um ciclo de 35 anos seja possível uma nova retirada”, explica o pesquisador.
Para isso, o projeto em sua primeira fase desenvolveu ferramentas computacionais que auxiliam técnicos e produtores no planejamento do manejo e monitoramento da floresta. Kanashiro diz que o monitoramento da floresta amazônica tem avançado bastante em vários segmentos. Atualmente técnicas de sensoriamento remoto e radares conferem precisão ao volume a ser explorado numa área de floresta, por exemplo.
Na capacitação, dois softwares são apresentados aos professores: o BOManejo (Planejamento da Colheita) e o MFT (Monitoramento de Florestas Tropicais). O primeiro é uma ferramenta que auxilia na elaboração e execução de Planos de Manejo Florestal Sustentável na Amazônia, e substitui o Planejo, atualmente utlizado no segmento produtivo. O pesquisador Ademir Ruschell, da Embrapa Amazônia Oriental, explica que a partir da entrada dos dados no aplicativo, ele apoia todo o planejamento da colheita florestal, desde os dados no inventário, a seleção e quantidade de árvores a serem extraídas, até o monitoramento do corte. O BOManejo será lançado em breve pela Embrapa.
Já o MFT é uma ferramenta de apoio, configurável e flexível, para o tratamento dos dados de inventários florestais contínuos realizados em florestas tropicais. “Essa ferramenta ajuda no monitoramento da dinâmica de recuperação da floresta após os ciclos de corte e prevê a futura reentrada para um novo corte”, complementa Ruschel.
Com os dados do inventário florestal, o software gera estatísticas, gráficos e análises. Ele vem sendo utilizado principalmente por instituições de pesquisa que realizam estudos diversos de crescimento e dinâmica da floresta.
A engenheira florestal Lia Oliveira Melo, professora da Universidade Federal do Oeste Paraense (UFOPA), em Santarém, é uma usuária do MFT, e diz que a ferramenta facilita bastante o planejamento do manejo. “Com uma informação de qualidade a gente consegue realizar um manejo melhor. A ferramenta faz esses cálculos, ela ajuda a gente a descobrir qual é o ciclo de corte ideal que a floresta precisa para que ela reponha todo o volume de madeira que foi extraído”, destaca a professora.
A gratuidade das ferramentas, que podem ser baixadas no Portal Embrapa, foi outro ponto destacado pelo engenheiro florestal Rodrigo Pereira, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) – campus Ananindeua. Ele ressaltou ainda que as ferramentas podem padronizar os planos de manejo, questão importante principalmente para o processo de análise e aprovação desses planos pelos órgãos fiscalizadores. “Atualmente os projetos são feitos de maneira diferente e isso dificulta as avaliações pelos técnicos. Não será uma receita de bolo, mas conseguir padronizar alguns pontos será um grande avanço para o setor”, completa o docente.
A primeira capacitação da segunda fase do Projeto Bom Manejo serve também para trazer melhorias às ferramentas. “A gente vai conhecer as principais dificuldades que os professores tiveram no uso dessas ferramentas e melhorar as duas versões que estão em uso”, diz o pesquisador Ademir Ruschel. O próximo público a receber o treinamento para uso dos softwares será composto pelos técnicos de instituições governamentais que trabalham no controle e fiscalização do setor madeireiro.
Professores da área de engenharia florestal de instituições do Pará e Maranhão estão reunidos na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, de 2 a 6 de abril, para participar da capacitação em ferramentas de apoio ao manejo florestal. Trata-se da segunda fase do Projeto Bom Manejo – Gestão Sustentável de Florestas de Produção em Escala Comercial na Amazônia Brasileira.
De acordo com o coordenador do projeto, o pesquisador Milton Kanahsiro, da Embrapa Amazônia oriental, o objetivo macro do Bom Manejo é aplicar boas práticas de utilização e conservação das florestas. “Um manejo bem feito pressupõe retirar a madeira e promover ao mesmo tempo que as populações de árvores continuem num processo de crescimento e que dentro de um ciclo de 35 anos seja possível uma nova retirada”, explica o pesquisador.
Para isso, o projeto em sua primeira fase desenvolveu ferramentas computacionais que auxiliam técnicos e produtores no planejamento do manejo e monitoramento da floresta. Kanashiro diz que o monitoramento da floresta amazônica tem avançado bastante em vários segmentos. Atualmente técnicas de sensoriamento remoto e radares conferem precisão ao volume a ser explorado numa área de floresta, por exemplo.
Na capacitação, dois softwares são apresentados aos professores: o BOManejo (Planejamento da Colheita) e o MFT (Monitoramento de Florestas Tropicais). O primeiro é uma ferramenta que auxilia na elaboração e execução de Planos de Manejo Florestal Sustentável na Amazônia, e substitui o Planejo, atualmente utlizado no segmento produtivo. O pesquisador Ademir Ruschell, da Embrapa Amazônia Oriental, explica que a partir da entrada dos dados no aplicativo, ele apoia todo o planejamento da colheita florestal, desde os dados no inventário, a seleção e quantidade de árvores a serem extraídas, até o monitoramento do corte. O BOManejo será lançado em breve pela Embrapa.
Já o MFT é uma ferramenta de apoio, configurável e flexível, para o tratamento dos dados de inventários florestais contínuos realizados em florestas tropicais. “Essa ferramenta ajuda no monitoramento da dinâmica de recuperação da floresta após os ciclos de corte e prevê a futura reentrada para um novo corte”, complementa Ruschel.
Com os dados do inventário florestal, o software gera estatísticas, gráficos e análises. Ele vem sendo utilizado principalmente por instituições de pesquisa que realizam estudos diversos de crescimento e dinâmica da floresta.
A engenheira florestal Lia Oliveira Melo, professora da Universidade Federal do Oeste Paraense (UFOPA), em Santarém, é uma usuária do MFT, e diz que a ferramenta facilita bastante o planejamento do manejo. “Com uma informação de qualidade a gente consegue realizar um manejo melhor. A ferramenta faz esses cálculos, ela ajuda a gente a descobrir qual é o ciclo de corte ideal que a floresta precisa para que ela reponha todo o volume de madeira que foi extraído”, destaca a professora.
A gratuidade das ferramentas, que podem ser baixadas no Portal Embrapa, foi outro ponto destacado pelo engenheiro florestal Rodrigo Pereira, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) – campus Ananindeua. Ele ressaltou ainda que as ferramentas podem padronizar os planos de manejo, questão importante principalmente para o processo de análise e aprovação desses planos pelos órgãos fiscalizadores. “Atualmente os projetos são feitos de maneira diferente e isso dificulta as avaliações pelos técnicos. Não será uma receita de bolo, mas conseguir padronizar alguns pontos será um grande avanço para o setor”, completa o docente.
A primeira capacitação da segunda fase do Projeto Bom Manejo serve também para trazer melhorias às ferramentas. “A gente vai conhecer as principais dificuldades que os professores tiveram no uso dessas ferramentas e melhorar as duas versões que estão em uso”, diz o pesquisador Ademir Ruschel. O próximo público a receber o treinamento para uso dos softwares será composto pelos técnicos de instituições governamentais que trabalham no controle e fiscalização do setor madeireiro.