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Pesquisador visita produção de quinoa na Bolívia e ministra curso sobre uso de técnicas de 15N

O pesquisador da Embrapa Agrobiologia Segundo Urquiaga esteve recentemente em La Paz, na Bolívia, onde ministrou um minicurso e uma palestra para professores e alunos da Faculdade de Agronomia da Universidad Mayor de San Andres (UMSA) e pesquisadores do Instituto Boliviano de Ciência e Tecnologia Nuclear (IBTEN), além de participar de um dia de campo com agricultores produtores de quinoa. O objetivo foi auxiliar no planejamento de pesquisas que utilizam técnicas de aplicação de 15N (isótopo estável do nitrogênio) como traçador para medir a fertilidade do solo e a nutrição das culturas.

O convite foi feito pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), instituição vinculada à ONU, com o intuito de contribuir com os pesquisadores locais na otimização do uso de esterco de lhama na cultura de quinoa. “Esse é um dos alimentos agrícolas que melhor apresenta o balanço de aminoácidos do mundo, e a FAO está dando um grande apoio técnico para aumentar sua produção, especialmente na Região Intersalar, em Uyuni, uma das áreas agrícolas mais pobres da Bolívia, onde vem sendo produzida a quinoa orgânica”, conta o pesquisador. 

O minicurso ministrado por ele, intitulado Aplicação de técnicas de 15N em estudos de fertilidade do solo e nutrição de plantas, foi voltado justamente aos estudos sobre a eficiência dos adubos orgânicos na nutrição nitrogenada dessa cultura. “Resultados preliminares de experimentos desenvolvidos em 2017 demonstram que os solos dessa região, por serem de origem marinha, são ricos em cálcio, magnésio e potássio, mas muito desbalanceados, sendo que o cálcio frequentemente é deficitário. Existe também uma forte evidência de que os solos, cujo pH gira em torno de 7,5, apresentam baixa disponibilidade de micronutrientes”, relata. “Nessa situação, a resposta da quinoa ao esterco de lhama provavelmente deve-se ao efeito desse substrato como fonte de micronutrientes e de nitrogênio”, explica. 

Por meio do uso das técnicas de 15N é possível determinar exatamente qual é a contribuição do esterco de lhama para a nutrição da planta, bem como analisar formas de melhorar sua eficiência, implicando no aumento da produtividade.

Segundo também falou aos participantes sobre a fixação biológica de nitrogênio, na palestra A importância da FBN para a segurança alimentar da América Latina e do Caribe. Além disso, participou de um dia de campo voltado aos agricultores da região. “Na ocasião, ficou claro que o tradicional período de descanso do solo por um período de 4 a 7 anos para recuperar a fertilidade não se aplica mais no local, devido à intensificação da cultura”, relata. “Frente a essa situação, tudo indica que o plantio de Vicia fava, leguminosa de alta eficiência de FBN, seria bom para cobrir o soo no curto período atual de descanso, que é de 2 anos”, conclui. 

O pesquisador da Embrapa Agrobiologia Segundo Urquiaga esteve recentemente em La Paz, na Bolívia, onde ministrou um minicurso e uma palestra para professores e alunos da Faculdade de Agronomia da Universidad Mayor de San Andres (UMSA) e pesquisadores do Instituto Boliviano de Ciência e Tecnologia Nuclear (IBTEN), além de participar de um dia de campo com agricultores produtores de quinoa. O objetivo foi auxiliar no planejamento de pesquisas que utilizam técnicas de aplicação de 15N (isótopo estável do nitrogênio) como traçador para medir a fertilidade do solo e a nutrição das culturas.

O convite foi feito pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), instituição vinculada à ONU, com o intuito de contribuir com os pesquisadores locais na otimização do uso de esterco de lhama na cultura de quinoa. “Esse é um dos alimentos agrícolas que melhor apresenta o balanço de aminoácidos do mundo, e a FAO está dando um grande apoio técnico para aumentar sua produção, especialmente na Região Intersalar, em Uyuni, uma das áreas agrícolas mais pobres da Bolívia, onde vem sendo produzida a quinoa orgânica”, conta o pesquisador. 

O minicurso ministrado por ele, intitulado Aplicação de técnicas de 15N em estudos de fertilidade do solo e nutrição de plantas, foi voltado justamente aos estudos sobre a eficiência dos adubos orgânicos na nutrição nitrogenada dessa cultura. “Resultados preliminares de experimentos desenvolvidos em 2017 demonstram que os solos dessa região, por serem de origem marinha, são ricos em cálcio, magnésio e potássio, mas muito desbalanceados, sendo que o cálcio frequentemente é deficitário. Existe também uma forte evidência de que os solos, cujo pH gira em torno de 7,5, apresentam baixa disponibilidade de micronutrientes”, relata. “Nessa situação, a resposta da quinoa ao esterco de lhama provavelmente deve-se ao efeito desse substrato como fonte de micronutrientes e de nitrogênio”, explica. 

Por meio do uso das técnicas de 15N é possível determinar exatamente qual é a contribuição do esterco de lhama para a nutrição da planta, bem como analisar formas de melhorar sua eficiência, implicando no aumento da produtividade.

Segundo também falou aos participantes sobre a fixação biológica de nitrogênio, na palestra A importância da FBN para a segurança alimentar da América Latina e do Caribe. Além disso, participou de um dia de campo voltado aos agricultores da região. “Na ocasião, ficou claro que o tradicional período de descanso do solo por um período de 4 a 7 anos para recuperar a fertilidade não se aplica mais no local, devido à intensificação da cultura”, relata. “Frente a essa situação, tudo indica que o plantio de Vicia fava, leguminosa de alta eficiência de FBN, seria bom para cobrir o soo no curto período atual de descanso, que é de 2 anos”, conclui. 

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