Denominada Fall Armyworm Study Tour, a visita ocorreu entre os dias 26 e 29 de março e envolveu autoridades de 10 países africanos que vieram ao Brasil em busca de conhecimentos estratégicos para tomada de decisões a fim de combater a principal praga que ataca as lavouras de milho.
A missão foi coordenada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi a responsável pelo apoio técnico-científico e a orientação referente às tecnologias de manejo da praga. No dia 26, a delegação foi recebida em Brasília , no Ministério das Relações Exteriores (MRE) e na Embrapa. Já nos dias 27, 28 e 29, as atividades aconteceram na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) e em propriedades produtoras de milho, no município de Paraopeba, MG.
Na Embrapa Milho e Sorgo, as apresentações foram conduzidas pelo Chefe-geral, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, acompanhado pelos seus chefes-adjuntos, Sidney Parentoni (Pesquisa & Desenvolvimento), Derli Prudente Santana (Transferência de Tecnologia) e Jason Duarte (Administração). As atividades aconteceram com o apoio do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (Cimmyt), Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) e Governo do Estado de Minas Gerais.
As palestras técnicas foram realizadas na terça-feira, 27 de março, quando os pesquisadores abordaram os seguintes temas: Manejo Integrado da Spodoptera frugiperda, por Simone Martins Mendes; O uso de extrato de folhas de Nim e de resistência de plantas para o controle de Spodoptera frugiperda no milho, por Paulo Afonso Viana; O uso do Bacillus thuringiensis e do Baculovirus como biopesticidas para controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), por Fernando Hercos Valicente; Controle Biológico da Spodoptera frugiperda, por Ivan Cruz.
Em seguida falaram o diretor do Cimmyt, Boddupalli M. Prasanna, e o gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, Emater-MG, Dirceu Alves Ferreira.
Prasanna alertou para os cuidados no manejo e monitoramento da lavoura para a tomada de decisão. “A segurança na escolha da semente é muito importante. Além disso, é preciso capacitar a comunidade rural sobre o manejo adequado e de como podemos, efetivamente, lidar com o controle da lagarta-do-cartucho na África. Vamos avaliar o que é melhor usar: o controle biológico ou os pesticidas. Saber quais pesticidas são os mais seguros e quais devem ser eliminados dos campos”, disse.
Já Dirceu Ferreira apresentou como são realizadas as atividades da Emater-MG, que trabalha de forma integrada com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais. “A Emater é a maior empresa de extensão da América Latina. Nosso papel é transferir o conhecimento. Atendemos 853 municípios que representam em torno de 90% dos municípios do Estado de Minas”, afirmou.
Ele relatou que Minas Gerais tem aproximadamente 888 mil agricultores familiares. Destes, a Emater atende pessoalmente 400 mil. “O trabalho é realizado por 968 técnicos que estão diariamente presentes no campo, levando o conhecimento gerado pela pesquisa. Esta capacidade de atendimento é multiplicada pela nossa área de Tecnologia da Informação, que engloba internet, tablet, celular, programas de rádio e de TV. Desenvolvemos também programas específicos para agricultores que estão na linha da pobreza. E temos programas para os jovens, que recebem recursos e assistência técnica para que possam se desenvolver e permanecer no campo”, disse Ferreira.
O ministro da agricultura de Uganda, África, Vincent Frerrio B. Ssempijja, após assistir as palestras e ver as tecnologias no campo relatou que a principal lição que aprenderam aqui foi a de utilizar o controle biológico. “Vamos trabalhar com o controle biológico para controlar e combater esta praga que afeta nossas lavouras. A gente só trabalhava com inseticidas. Agora, poderemos levar este novo conhecimento para nossos agricultores e evitar o controle químico. Quando usamos o controle biológico, podemos diminuir o uso de inseticidas. Estamos agora muito focados no trabalho com o milho Bt e o controle biológico. Vamos desenvolver políticas públicas para esse fim. A gente não vai conseguir eliminar completamente a aplicação de produtos químicos, mas iremos diminuir o seu uso, pois eles fazem mal para a saúde. Por isso, estamos muito satisfeitos de conhecer este projeto da Embrapa com seus parceiros”, afirmou Ssempijja.
“Agradeço a todos pelo trabalho incrível que fizeram aqui. Para nós é muito importante conhecer e estabelecer as tecnologias biológicas para combater a lagarta-do-cartucho. E a Embrapa vai nos ajudar neste trabalho. Vamos voltar para a África e informar aos nossos líderes que não ficaremos sem apoio. E mais uma vez quero elogiar todo o trabalho de extensão realizado pela Emater-MG”, disse o ministro de Uganda.
Por sua vez, a Comissária da União Africana de Economia Rural e Agricultura, Josefa Sacko, em nome da Delegação Africana fez um agradecimento. “Ficamos muito satisfeitos com o conteúdo do programa desta visita e agradecemos por essa cooperação triangular África/Brasil/Estados Unidos. Vamos usar este cardápio de tecnologias para materializar as decisões e desenvolver ações. E pretendemos multiplicar este conhecimento. A União Africana está completamente comprometida com a ciência, a inovação e a tecnologia”, disse a Comissária.
Denominada Fall Armyworm Study Tour, a visita ocorreu entre os dias 26 e 29 de março e envolveu autoridades de 10 países africanos que vieram ao Brasil em busca de conhecimentos estratégicos para tomada de decisões a fim de combater a principal praga que ataca as lavouras de milho.
A missão foi coordenada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi a responsável pelo apoio técnico-científico e a orientação referente às tecnologias de manejo da praga. No dia 26, a delegação foi recebida em Brasília , no Ministério das Relações Exteriores (MRE) e na Embrapa. Já nos dias 27, 28 e 29, as atividades aconteceram na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) e em propriedades produtoras de milho, no município de Paraopeba, MG.
Na Embrapa Milho e Sorgo, as apresentações foram conduzidas pelo Chefe-geral, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, acompanhado pelos seus chefes-adjuntos, Sidney Parentoni (Pesquisa & Desenvolvimento), Derli Prudente Santana (Transferência de Tecnologia) e Jason Duarte (Administração). As atividades aconteceram com o apoio do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (Cimmyt), Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) e Governo do Estado de Minas Gerais.
As palestras técnicas foram realizadas na terça-feira, 27 de março, quando os pesquisadores abordaram os seguintes temas: Manejo Integrado da Spodoptera frugiperda, por Simone Martins Mendes; O uso de extrato de folhas de Nim e de resistência de plantas para o controle de Spodoptera frugiperda no milho, por Paulo Afonso Viana; O uso do Bacillus thuringiensis e do Baculovirus como biopesticidas para controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), por Fernando Hercos Valicente; Controle Biológico da Spodoptera frugiperda, por Ivan Cruz.
Em seguida falaram o diretor do Cimmyt, Boddupalli M. Prasanna, e o gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, Emater-MG, Dirceu Alves Ferreira.
Prasanna alertou para os cuidados no manejo e monitoramento da lavoura para a tomada de decisão. “A segurança na escolha da semente é muito importante. Além disso, é preciso capacitar a comunidade rural sobre o manejo adequado e de como podemos, efetivamente, lidar com o controle da lagarta-do-cartucho na África. Vamos avaliar o que é melhor usar: o controle biológico ou os pesticidas. Saber quais pesticidas são os mais seguros e quais devem ser eliminados dos campos”, disse.
Já Dirceu Ferreira apresentou como são realizadas as atividades da Emater-MG, que trabalha de forma integrada com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais. “A Emater é a maior empresa de extensão da América Latina. Nosso papel é transferir o conhecimento. Atendemos 853 municípios que representam em torno de 90% dos municípios do Estado de Minas”, afirmou.
Ele relatou que Minas Gerais tem aproximadamente 888 mil agricultores familiares. Destes, a Emater atende pessoalmente 400 mil. “O trabalho é realizado por 968 técnicos que estão diariamente presentes no campo, levando o conhecimento gerado pela pesquisa. Esta capacidade de atendimento é multiplicada pela nossa área de Tecnologia da Informação, que engloba internet, tablet, celular, programas de rádio e de TV. Desenvolvemos também programas específicos para agricultores que estão na linha da pobreza. E temos programas para os jovens, que recebem recursos e assistência técnica para que possam se desenvolver e permanecer no campo”, disse Ferreira.
O ministro da agricultura de Uganda, África, Vincent Frerrio B. Ssempijja, após assistir as palestras e ver as tecnologias no campo relatou que a principal lição que aprenderam aqui foi a de utilizar o controle biológico. “Vamos trabalhar com o controle biológico para controlar e combater esta praga que afeta nossas lavouras. A gente só trabalhava com inseticidas. Agora, poderemos levar este novo conhecimento para nossos agricultores e evitar o controle químico. Quando usamos o controle biológico, podemos diminuir o uso de inseticidas. Estamos agora muito focados no trabalho com o milho Bt e o controle biológico. Vamos desenvolver políticas públicas para esse fim. A gente não vai conseguir eliminar completamente a aplicação de produtos químicos, mas iremos diminuir o seu uso, pois eles fazem mal para a saúde. Por isso, estamos muito satisfeitos de conhecer este projeto da Embrapa com seus parceiros”, afirmou Ssempijja.
“Agradeço a todos pelo trabalho incrível que fizeram aqui. Para nós é muito importante conhecer e estabelecer as tecnologias biológicas para combater a lagarta-do-cartucho. E a Embrapa vai nos ajudar neste trabalho. Vamos voltar para a África e informar aos nossos líderes que não ficaremos sem apoio. E mais uma vez quero elogiar todo o trabalho de extensão realizado pela Emater-MG”, disse o ministro de Uganda.
Por sua vez, a Comissária da União Africana de Economia Rural e Agricultura, Josefa Sacko, em nome da Delegação Africana fez um agradecimento. “Ficamos muito satisfeitos com o conteúdo do programa desta visita e agradecemos por essa cooperação triangular África/Brasil/Estados Unidos. Vamos usar este cardápio de tecnologias para materializar as decisões e desenvolver ações. E pretendemos multiplicar este conhecimento. A União Africana está completamente comprometida com a ciência, a inovação e a tecnologia”, disse a Comissária.