Um produto com eficiência já comprovada no combate à mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae (Diptera: Tephritidae) em laboratório está sendo testado agora em ambiente natural. O produto em forma de cera foi colocado em caules de frutíferas localizadas no distrito da Fazendinha, Km 9 e Coração, no município de Macapá (AP). O pesquisador Marcos Botton, da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), uma das referências no Brasil em estudos de atrativos e iscas tóxicas para insetos, e responsável pela instalação do novo experimento, explicou que foi adotado o sistema atrai-mata, que consiste em utilizar o produto formulado a base de splat metil eugenol (cera) e espinosade (inseticida orgânico). Os locais de fixação das iscas foram selecionados junto com a equipe local do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A formulação de splat metil eugenol + espinosade tem a vantagem de ser resistente à lavagem pela água da chuva e permite mecanizar a aplicação nos focos de infestação. “É um produto comercial que precisamos validar em campo, e como o Amapá é o ambiente e concentração da praga os testes são feitos nesse estado. Tivemos dois dias de aplicação do produto e na próxima semana será iniciada a avaliação. Durante dois meses o experimento será monitorado para verificarmos o efeito a aplicação na redução da população de mosca-da-carambola”, acrescentou Botton. Ele cumpriu agenda de trabalho de cinco dias em Macapá e o pesquisador Rubem Machota Junior, pós-doutorando na Embrapa Uva e Vinho que integra a equipe de pesquisa, permanece mais uma semana no Amapá para acompanhar as primeiras avaliações.
Na Embrapa Amapá, Marcos Botton conheceu as instalações do prédio de Proteção de Plantas, onde funcionam o laboratório de entomologia (estudo dos insetos), a criação de moscas-das-frutas, o laboratório de controle biológico e a sala de criação de inimigos naturais, além das tecnologias usadas no controle químico e biológico de moscas-das-frutas, e experimentos com novos atrativos. Na ocasião, ele tirou dúvidas e trocou informações com os pesquisadores Ricardo Adaime da Silva, Adilson Lopes Lima e Cristiane Ramos de Jesus Barros, que atuam nas pesquisas com mosca-das-frutas. A visita técnica e a reunião de alinhamento dos trabalhos de campo foram acompanhadas pelo chefe-geral interino da Embrapa Amapá, pelo superintendente local do Ministério da Agricultura, José Victor Torres Alves Costa, pelo responsável técnico da empresa contatada pelo Mapa para o combate a mosca-da-carambola no Amapá.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Amapá, Cristiane Ramos de Jesus Barros, líder da pesquisa com mosca-da-carambola, este é um dos experimentos onde são testados produtos além dos já utilizados pelo Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), que é coordenado pelo Mapa. A intenção é ampliar as opões de tecnologias para o controle e combate da praga. “De forma geral, o objetivo é chegarmos a estratégias que apresentem, no mínimo, a mesma eficiência das tecnologias já existentes, mas com menor impacto ambiental e maior segurança para as pessoas”, explicou a pesquisadora. A expectativa da Embrapa é contribuir com produtos à base de tecnologias “mais limpas”, atendendo às demandas do PNEMC.
Mosca-da-carambola no Brasil
A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária com presença restrita aos estados do Amapá e Roraima, sob controle oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Causa danos não apenas na caramboleira, mas também na goiabeira, aceroleira, mangueira, jambeiro, entre outros de uma lista de 21 hospedeiros no Amapá. Originária do sudeste asiático, é considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. No Brasil, foi registrada em 1996 em Oiapoque, município do extremo norte do Amapá. Os estudos liderados pela Embrapa Amapá atendem demandas do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), coordenado pelo Ministério da Agricultura com o objetivo de promover pesquisa para segurança biológica e defesa zoofitossanitária da agropecuária e produção florestal brasileira.
Um produto com eficiência já comprovada no combate à mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae (Diptera: Tephritidae) em laboratório está sendo testado agora em ambiente natural. O produto em forma de cera foi colocado em caules de frutíferas localizadas no distrito da Fazendinha, Km 9 e Coração, no município de Macapá (AP). O pesquisador Marcos Botton, da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), uma das referências no Brasil em estudos de atrativos e iscas tóxicas para insetos, e responsável pela instalação do novo experimento, explicou que foi adotado o sistema atrai-mata, que consiste em utilizar o produto formulado a base de splat metil eugenol (cera) e espinosade (inseticida orgânico). Os locais de fixação das iscas foram selecionados junto com a equipe local do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A formulação de splat metil eugenol + espinosade tem a vantagem de ser resistente à lavagem pela água da chuva e permite mecanizar a aplicação nos focos de infestação. “É um produto comercial que precisamos validar em campo, e como o Amapá é o ambiente e concentração da praga os testes são feitos nesse estado. Tivemos dois dias de aplicação do produto e na próxima semana será iniciada a avaliação. Durante dois meses o experimento será monitorado para verificarmos o efeito a aplicação na redução da população de mosca-da-carambola”, acrescentou Botton. Ele cumpriu agenda de trabalho de cinco dias em Macapá e o pesquisador Rubem Machota Junior, pós-doutorando na Embrapa Uva e Vinho que integra a equipe de pesquisa, permanece mais uma semana no Amapá para acompanhar as primeiras avaliações.
Na Embrapa Amapá, Marcos Botton conheceu as instalações do prédio de Proteção de Plantas, onde funcionam o laboratório de entomologia (estudo dos insetos), a criação de moscas-das-frutas, o laboratório de controle biológico e a sala de criação de inimigos naturais, além das tecnologias usadas no controle químico e biológico de moscas-das-frutas, e experimentos com novos atrativos. Na ocasião, ele tirou dúvidas e trocou informações com os pesquisadores Ricardo Adaime da Silva, Adilson Lopes Lima e Cristiane Ramos de Jesus Barros, que atuam nas pesquisas com mosca-das-frutas. A visita técnica e a reunião de alinhamento dos trabalhos de campo foram acompanhadas pelo chefe-geral interino da Embrapa Amapá, pelo superintendente local do Ministério da Agricultura, José Victor Torres Alves Costa, pelo responsável técnico da empresa contatada pelo Mapa para o combate a mosca-da-carambola no Amapá.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Amapá, Cristiane Ramos de Jesus Barros, líder da pesquisa com mosca-da-carambola, este é um dos experimentos onde são testados produtos além dos já utilizados pelo Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), que é coordenado pelo Mapa. A intenção é ampliar as opões de tecnologias para o controle e combate da praga. “De forma geral, o objetivo é chegarmos a estratégias que apresentem, no mínimo, a mesma eficiência das tecnologias já existentes, mas com menor impacto ambiental e maior segurança para as pessoas”, explicou a pesquisadora. A expectativa da Embrapa é contribuir com produtos à base de tecnologias “mais limpas”, atendendo às demandas do PNEMC.
Mosca-da-carambola no Brasil
A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária com presença restrita aos estados do Amapá e Roraima, sob controle oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Causa danos não apenas na caramboleira, mas também na goiabeira, aceroleira, mangueira, jambeiro, entre outros de uma lista de 21 hospedeiros no Amapá. Originária do sudeste asiático, é considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. No Brasil, foi registrada em 1996 em Oiapoque, município do extremo norte do Amapá. Os estudos liderados pela Embrapa Amapá atendem demandas do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), coordenado pelo Ministério da Agricultura com o objetivo de promover pesquisa para segurança biológica e defesa zoofitossanitária da agropecuária e produção florestal brasileira.