O Projeto intitulado “Monitoramento dos Resíduos de Agrotóxicos em Águas Superficiais de Mato Grosso do Sul”, prevê o monitoramento dos resíduos de agrotóxicos em águas superficiais de Mato Grosso do Sul, inicialmente nas bacias hidrográficas dos rios Ivinhema, Dourados e Amambai. Esses rios são considerados importantes fontes de captação de água para distribuição à população de diversos municípios do Estado, além de sua importância em relação a manutenção da biodiversidade.
Por demanda do Procurador do MPF em Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Delfino de Almeida, aconteceu uma reunião, na quarta-feira, 21 de março, na Embrapa. Além do Procurador, participaram o Chefe-Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Lafourcade Asmus e o pesquisador e coordenador técnico do projeto, Rômulo Penna Scorza Júnior. A conversa pretendeu alinhar o andamento técnico das atividades do projeto, em função da primeira coleta de água realizada.
Os recursos para a realização desse projeto somam esforços das instituições envolvidas na parceria. A Embrapa Agropecuária Oeste, participa com a competência de seu corpo técnico; o MPF, além da autoridade da sua missão, aporta os recursos de materiais de custeio das análises, e o MPMS e o IMAM arcam com os recursos para a construção de um laboratório específico e exclusivo em MS para Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Águas, que será na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS. O MPT já havia aportado recursos para aquisição de um equipamento laboratorial de grande importância para execução das análises.
As obras do laboratório devem começar em breve, o projeto já foi elaborado e aprovado. A construção do novo prédio deve ficar pronta num prazo de oito a doze meses, a partir do início de sua construção, que deverá ocorrer nos próximos dias. Os equipamentos iniciais para a realização das análises já foram comprados e já estão sendo utilizados pela equipe responsável pelo projeto.
Segundo o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Rômulo Scorza Júnior, algumas amostras já começaram a ser analisadas, mas elas representam apenas um pequeno universo do projeto e estão sendo fundamentais para a validação do método analítico que será aplicado no projeto. Ele destacou ainda que essa etapa do trabalho é extremamente importante, pois vai garantir a segurança e a qualidade dos resultados que serão obtidos posteriormente, quando as análises forem realizadas considerando um número maior de amostras, com frequência estabelecida de coleta e envolvendo as três principais bacias hidrográficas que abastecem a grande Dourados.
Já o Procurador quer garantir que por meio desse projeto seja esclarecido cientificamente se a água de Dourados conta ou não com a presença de agrotóxicos e, em caso positivo, quais são esses princípios ativos. A partir desse conhecimento gerado pela pesquisa da Embrapa, o MPF poderá direcionar políticas públicas, tanto em relação a fiscalização quanto na área de saúde pública, além de emitir alertas ou mesmo fazer possíveis alterações na legislação. “O poder público deve direcionar seus recursos para esta questão devido a sua importância, e foi possível observar que os custos não são tão altos, é só priorizar”, disse o Procurador.
Novidades científicas – “Todas as atividades de validação do método analítico da pesquisa estão sendo realizadas com base em protocolos de Boas Práticas de Laboratório (BPL) e em consonância com a legislação. Em função dessa parceria, que está viabilizando esses recursos, teremos em breve um grande avanço científico regional em termos de análise de resíduos de agrotóxicos em águas superficiais”, explica o pesquisador. Ele destaca ainda que os resultados das análises serão publicados em relatórios anuais e que isso deve acontecer dentro de um ano. “Porém, tudo depende do andamento das obras e das próximas etapas de liberação de recursos para a continuidade do projeto”, acrescentou.
O pesquisador explica ainda que o planejamento da entrega dos relatórios anuais é muito importante, pois esse tipo de análise tem forte influência da época do ano, em relação as chuvas e em consonância com o calendário agrícola. “Os resultados são influenciados pela época de coleta das amostras. Serão coletadas várias amostras ao longo do ano, com intensificação de coleta, durante a época do plantio e que coincide com a temporada de chuvas, ou seja, entre setembro e março. E isso somente será feito na próxima etapa do trabalho, ao longo das próximas safras”, explicou o pesquisador.
Dentre o principal avanço, destaca-se a ampliação do número de princípios ativos de agrotóxicos que serão analisados nas amostras de água. Scorza Júnior explica que a legislação estabelece o monitoramento de 27 princípios ativos. “Aqui na região temos muitas lavouras de soja, milho, cana-de-açúcar, entre outras. Essas culturas juntas utilizam mais de cem princípios ativos diferentes de agrotóxicos. Assim, estamos validando um protocolo que possibilitará a análise de agrotóxicos utilizados atualmente e que não são previstos pela legislação. Por meio dessa metodologia, que está em processo de validação, analisaremos inicialmente 61 diferentes princípios ativos de agrotóxicos, com objetivo final de atingirmos por volta de 100 princípios ativos analisados”, disse ele.
O Projeto intitulado “Monitoramento dos Resíduos de Agrotóxicos em Águas Superficiais de Mato Grosso do Sul”, prevê o monitoramento dos resíduos de agrotóxicos em águas superficiais de Mato Grosso do Sul, inicialmente nas bacias hidrográficas dos rios Ivinhema, Dourados e Amambai. Esses rios são considerados importantes fontes de captação de água para distribuição à população de diversos municípios do Estado, além de sua importância em relação a manutenção da biodiversidade.
Por demanda do Procurador do MPF em Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Delfino de Almeida, aconteceu uma reunião, na quarta-feira, 21 de março, na Embrapa. Além do Procurador, participaram o Chefe-Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Lafourcade Asmus e o pesquisador e coordenador técnico do projeto, Rômulo Penna Scorza Júnior. A conversa pretendeu alinhar o andamento técnico das atividades do projeto, em função da primeira coleta de água realizada.
Os recursos para a realização desse projeto somam esforços das instituições envolvidas na parceria. A Embrapa Agropecuária Oeste, participa com a competência de seu corpo técnico; o MPF, além da autoridade da sua missão, aporta os recursos de materiais de custeio das análises, e o MPMS e o IMAM arcam com os recursos para a construção de um laboratório específico e exclusivo em MS para Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Águas, que será na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS. O MPT já havia aportado recursos para aquisição de um equipamento laboratorial de grande importância para execução das análises.
As obras do laboratório devem começar em breve, o projeto já foi elaborado e aprovado. A construção do novo prédio deve ficar pronta num prazo de oito a doze meses, a partir do início de sua construção, que deverá ocorrer nos próximos dias. Os equipamentos iniciais para a realização das análises já foram comprados e já estão sendo utilizados pela equipe responsável pelo projeto.
Segundo o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Rômulo Scorza Júnior, algumas amostras já começaram a ser analisadas, mas elas representam apenas um pequeno universo do projeto e estão sendo fundamentais para a validação do método analítico que será aplicado no projeto. Ele destacou ainda que essa etapa do trabalho é extremamente importante, pois vai garantir a segurança e a qualidade dos resultados que serão obtidos posteriormente, quando as análises forem realizadas considerando um número maior de amostras, com frequência estabelecida de coleta e envolvendo as três principais bacias hidrográficas que abastecem a grande Dourados.
Já o Procurador quer garantir que por meio desse projeto seja esclarecido cientificamente se a água de Dourados conta ou não com a presença de agrotóxicos e, em caso positivo, quais são esses princípios ativos. A partir desse conhecimento gerado pela pesquisa da Embrapa, o MPF poderá direcionar políticas públicas, tanto em relação a fiscalização quanto na área de saúde pública, além de emitir alertas ou mesmo fazer possíveis alterações na legislação. “O poder público deve direcionar seus recursos para esta questão devido a sua importância, e foi possível observar que os custos não são tão altos, é só priorizar”, disse o Procurador.
Novidades científicas – “Todas as atividades de validação do método analítico da pesquisa estão sendo realizadas com base em protocolos de Boas Práticas de Laboratório (BPL) e em consonância com a legislação. Em função dessa parceria, que está viabilizando esses recursos, teremos em breve um grande avanço científico regional em termos de análise de resíduos de agrotóxicos em águas superficiais”, explica o pesquisador. Ele destaca ainda que os resultados das análises serão publicados em relatórios anuais e que isso deve acontecer dentro de um ano. “Porém, tudo depende do andamento das obras e das próximas etapas de liberação de recursos para a continuidade do projeto”, acrescentou.
O pesquisador explica ainda que o planejamento da entrega dos relatórios anuais é muito importante, pois esse tipo de análise tem forte influência da época do ano, em relação as chuvas e em consonância com o calendário agrícola. “Os resultados são influenciados pela época de coleta das amostras. Serão coletadas várias amostras ao longo do ano, com intensificação de coleta, durante a época do plantio e que coincide com a temporada de chuvas, ou seja, entre setembro e março. E isso somente será feito na próxima etapa do trabalho, ao longo das próximas safras”, explicou o pesquisador.
Dentre o principal avanço, destaca-se a ampliação do número de princípios ativos de agrotóxicos que serão analisados nas amostras de água. Scorza Júnior explica que a legislação estabelece o monitoramento de 27 princípios ativos. “Aqui na região temos muitas lavouras de soja, milho, cana-de-açúcar, entre outras. Essas culturas juntas utilizam mais de cem princípios ativos diferentes de agrotóxicos. Assim, estamos validando um protocolo que possibilitará a análise de agrotóxicos utilizados atualmente e que não são previstos pela legislação. Por meio dessa metodologia, que está em processo de validação, analisaremos inicialmente 61 diferentes princípios ativos de agrotóxicos, com objetivo final de atingirmos por volta de 100 princípios ativos analisados”, disse ele.