Em comemoração ao Dia Mundial da Água, comunidade faz mutirão de limpeza
Eles vivem no pequeno município de Rio Pardo de Minas (MG), mas tem plena consciência de que o mundo exigirá cada vez mais consciência ambiental e uso racional da água. Na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Água (23) e na qual o Brasil sediou pela primeira vez o 8º Fórum Mundial da Água, um grupo de geraizeiros da comunidade Água Boa II se mobilizou e, com o apoio técnico do projeto Bem Diverso, liderado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, limpou e reflorestou parte das margens do ribeirão Água Boa. No dia 22 de março, mulheres, homens e crianças da escola local colocaram “a mão na massa” para possibilitar que o rio seguisse seu curso.
Uma das primeiras ações executadas pelo grupo foi a limpeza das margens do ribeirão. Segundo o biólogo da Embrapa Anderson Sevilha, o leito do rio estava assoreado e é coberto por gramíneas invasoras. “A beira do rio estava em estado grave, com pouca vegetação e sem mata ciliar”, disse o pesquisador. Com orientação técnica do projeto Bem Diverso, o mutirão plantou cerca de 70 mudas de espécies típicas das matas de galeria do Cerrado em distâncias que variam entre 2 e 4 metros do leito de rio, e a 5 metros uma da outra. Em apenas um dia, foi possível limpar e reflorestar cerca de 1 quilômetro de rio.
“O mais importante a se destacar é que esse trabalho é fruto de iniciativa da própria comunidade, ou seja, a própria comunidade se mobilizou e executou a atividade. Para nós é gratificante saber que todo o trabalho que temos feito junto às comunidades locais, por meio dos cursos de capacitação em técnicas de restauração para recuperação das áreas de recarga e do leito dos rios da RDS Nascentes Geraizeiras está sendo apropriado pelas comunidades e colocado em prática”, completou o pesquisador.
“Os nossos rios também precisam de um caminho para seguir em frente”, afirmou Valdir Dias, comunicador popular do projeto no Território de Alto Rio Pardo (MG), ao observar que a ação facilitou o “correr” das águas. As mudas plantadas na beira do rio foram produzidas no próprio viveiro comunitário, fruto de uma ação iniciada há mais de 12 anos. O viveiro possui registro oficial e é apoiado pelo projeto Bem Diverso, que tem como um de seus objetivos contribuir com a restauração do Cerrado, a geração de renda e a permanência da juventude nas comunidades agroextrativistas.
“As águas correram com mais facilidade da mesma forma que fluiu a esperança de um povo que já viveu e presenciou diversas realidades e que acredita, preserva e luta para que as crianças também possam usufruir de água limpa, verdadeira riqueza do futuro que se aproxima”, concluiu Valdir.
Vale lembrar que “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos” é o 6º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
O projeto Bem Diverso é uma iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente – GEF. Visa contribuir para a conservação da biodiversidade brasileira em paisagens de múltiplos usos por meio do manejo sustentável da sociobiodiversidade e de sistemas agroflorestais (SAFs), de modo a assegurar os modos de vida das comunidades tradicionais e agricultores familiares, gerando renda e melhorando a qualidade de vida.
Em comemoração ao Dia Mundial da Água, comunidade faz mutirão de limpeza
Eles vivem no pequeno município de Rio Pardo de Minas (MG), mas tem plena consciência de que o mundo exigirá cada vez mais consciência ambiental e uso racional da água. Na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Água (23) e na qual o Brasil sediou pela primeira vez o 8º Fórum Mundial da Água, um grupo de geraizeiros da comunidade Água Boa II se mobilizou e, com o apoio técnico do projeto Bem Diverso, liderado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, limpou e reflorestou parte das margens do ribeirão Água Boa. No dia 22 de março, mulheres, homens e crianças da escola local colocaram “a mão na massa” para possibilitar que o rio seguisse seu curso.
Uma das primeiras ações executadas pelo grupo foi a limpeza das margens do ribeirão. Segundo o biólogo da Embrapa Anderson Sevilha, o leito do rio estava assoreado e é coberto por gramíneas invasoras. “A beira do rio estava em estado grave, com pouca vegetação e sem mata ciliar”, disse o pesquisador. Com orientação técnica do projeto Bem Diverso, o mutirão plantou cerca de 70 mudas de espécies típicas das matas de galeria do Cerrado em distâncias que variam entre 2 e 4 metros do leito de rio, e a 5 metros uma da outra. Em apenas um dia, foi possível limpar e reflorestar cerca de 1 quilômetro de rio.
“O mais importante a se destacar é que esse trabalho é fruto de iniciativa da própria comunidade, ou seja, a própria comunidade se mobilizou e executou a atividade. Para nós é gratificante saber que todo o trabalho que temos feito junto às comunidades locais, por meio dos cursos de capacitação em técnicas de restauração para recuperação das áreas de recarga e do leito dos rios da RDS Nascentes Geraizeiras está sendo apropriado pelas comunidades e colocado em prática”, completou o pesquisador.
“Os nossos rios também precisam de um caminho para seguir em frente”, afirmou Valdir Dias, comunicador popular do projeto no Território de Alto Rio Pardo (MG), ao observar que a ação facilitou o “correr” das águas. As mudas plantadas na beira do rio foram produzidas no próprio viveiro comunitário, fruto de uma ação iniciada há mais de 12 anos. O viveiro possui registro oficial e é apoiado pelo projeto Bem Diverso, que tem como um de seus objetivos contribuir com a restauração do Cerrado, a geração de renda e a permanência da juventude nas comunidades agroextrativistas.
“As águas correram com mais facilidade da mesma forma que fluiu a esperança de um povo que já viveu e presenciou diversas realidades e que acredita, preserva e luta para que as crianças também possam usufruir de água limpa, verdadeira riqueza do futuro que se aproxima”, concluiu Valdir.
Vale lembrar que “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos” é o 6º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
O projeto Bem Diverso é uma iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente – GEF. Visa contribuir para a conservação da biodiversidade brasileira em paisagens de múltiplos usos por meio do manejo sustentável da sociobiodiversidade e de sistemas agroflorestais (SAFs), de modo a assegurar os modos de vida das comunidades tradicionais e agricultores familiares, gerando renda e melhorando a qualidade de vida.