A Embrapa acaba de publicar o livro “Piscicultura de Pirarucu”, da Coleção Criar. O livro é fruto das demandas de produtores brasileiros que buscam informações seguras e atualizadas sobre a criação desse peixe em cativeiro, considerado uma grande aposta do mercado aquícola brasileiro. A publicação está disponível para compra na Livraria Virtual da Embrapa, no endereço www.embrapa.br/livraria.
Nativo da Amazônia, o pirarucu é bastante apreciado na culinária regional pelo sabor, pela qualidade e textura da carne e pela ausência de espinhas. Além disso, o rendimento da carne desse peixe chega a 60%, e o crescimento em cativeiro é impressionante: ele atinge de 10 a 12 quilos em um ano de cultivo, enquanto que a tilápia, por exemplo, uma espécie exótica, cresce um quilo em seis meses. Porém, a produção em cativeiro é pequena frente à demanda de mercado, e a pesquisa ainda precisa consolidar um sistema de produção desse animal.
De acordo com o IBGE, em 2016, o Brasil produziu 8.600 toneladas de pirarucu em cativeiro, quase 100% no estado de Rondônia, com 7.900 toneladas. O Pará aparece como segundo produtor nacional, com pouco mais de 150 toneladas/ano. Para se ter uma ideia, a produção brasileira de tambaqui, um peixe também nativo mas sobre o qual a pesquisa já avançou no conhecimento da espécie, é de quase 140 mil toneladas/ano, quase 20 vezes maior que a produção de pirarucu.
A biológica Alexandra Bentes, uma das autoras da publicação e pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, diz que é necessário dar várias respostas ao segmento produtivo, “temos várias informações técnicas reunidas, mas ainda não há um pacote tecnológico completo para a criação em cativeiro dessa espécie”, relata a pesquisadora.
Desafios para a produção
O manejo reprodutivo é um dos temas abordados na publicação e tem como principal objetivo aumentar a produtividade e a qualidade dos plantéis (lotes de peixes). Ao fazer cruzamentos ao acaso, sem verificar o grau de parentesco entre os animais, a probabilidade de perda da produção é maior. E esse controle só é possível com o conhecimento da origem dos animais.
Um aspecto importante desse manejo é quanto à identificação do sexo dos animais, isso porque a reprodução do pirarucu se dá de forma natural, por meio da formação de casais no ambiente de cultivo. A publicação traz técnicas de identificação mais precisa dos animais e como se dá o comportamento reprodutivo da espécie.
Outro desafio levantado pela pesquisadora Alexandra Bentes é o manejo nutricional do pirarucu. “É um peixe carnívoro e a ração, com 45% de proteína, ainda é um fator que eleva o custo de produção”, explica. Além disso, o peixe precisa ser treinado a comer a ração desde cedo, quando ainda é um alevino. A nova publicação, uma das únicas no meio técnico, traz informações atualizadas sobre sanidade, reprodução, manejo, recria, nutrição, processamento, entre outros temas.
A Embrapa acaba de publicar o livro “Piscicultura de Pirarucu”, da Coleção Criar. O livro é fruto das demandas de produtores brasileiros que buscam informações seguras e atualizadas sobre a criação desse peixe em cativeiro, considerado uma grande aposta do mercado aquícola brasileiro. A publicação está disponível para compra na Livraria Virtual da Embrapa, no endereço www.embrapa.br/livraria.
Nativo da Amazônia, o pirarucu é bastante apreciado na culinária regional pelo sabor, pela qualidade e textura da carne e pela ausência de espinhas. Além disso, o rendimento da carne desse peixe chega a 60%, e o crescimento em cativeiro é impressionante: ele atinge de 10 a 12 quilos em um ano de cultivo, enquanto que a tilápia, por exemplo, uma espécie exótica, cresce um quilo em seis meses. Porém, a produção em cativeiro é pequena frente à demanda de mercado, e a pesquisa ainda precisa consolidar um sistema de produção desse animal.
De acordo com o IBGE, em 2016, o Brasil produziu 8.600 toneladas de pirarucu em cativeiro, quase 100% no estado de Rondônia, com 7.900 toneladas. O Pará aparece como segundo produtor nacional, com pouco mais de 150 toneladas/ano. Para se ter uma ideia, a produção brasileira de tambaqui, um peixe também nativo mas sobre o qual a pesquisa já avançou no conhecimento da espécie, é de quase 140 mil toneladas/ano, quase 20 vezes maior que a produção de pirarucu.
A biológica Alexandra Bentes, uma das autoras da publicação e pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, diz que é necessário dar várias respostas ao segmento produtivo, “temos várias informações técnicas reunidas, mas ainda não há um pacote tecnológico completo para a criação em cativeiro dessa espécie”, relata a pesquisadora.
Desafios para a produção
O manejo reprodutivo é um dos temas abordados na publicação e tem como principal objetivo aumentar a produtividade e a qualidade dos plantéis (lotes de peixes). Ao fazer cruzamentos ao acaso, sem verificar o grau de parentesco entre os animais, a probabilidade de perda da produção é maior. E esse controle só é possível com o conhecimento da origem dos animais.
Um aspecto importante desse manejo é quanto à identificação do sexo dos animais, isso porque a reprodução do pirarucu se dá de forma natural, por meio da formação de casais no ambiente de cultivo. A publicação traz técnicas de identificação mais precisa dos animais e como se dá o comportamento reprodutivo da espécie.
Outro desafio levantado pela pesquisadora Alexandra Bentes é o manejo nutricional do pirarucu. “É um peixe carnívoro e a ração, com 45% de proteína, ainda é um fator que eleva o custo de produção”, explica. Além disso, o peixe precisa ser treinado a comer a ração desde cedo, quando ainda é um alevino. A nova publicação, uma das únicas no meio técnico, traz informações atualizadas sobre sanidade, reprodução, manejo, recria, nutrição, processamento, entre outros temas.