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Pesquisa com manejo conservacionista do solo inicia nova etapa

As pesquisas para recomendação e ampliação do uso de técnicas de manejo conservacionista do solo, realizadas pela Embrapa Acre na região do Juruá, interior do Acre, ganharam novo reforço com o projeto “Manejo conservacionista do solo na produção familiar para a agricultura de baixa emissão de carbono no oeste do Estado do Acre – Juruaproduz”. Esta semana, está em andamento mais uma etapa do trabalho de pesquisa no município de Mâncio Lima. A agenda de atividades inclui a coleta de biomassa (massa verde), para análise, e preparo do solo para plantio de milho, entre outras ações, e segue até o dia 24 de março.

O manejo conservacionista do solo preconiza a adoção de práticas agrícolas de baixo impacto, como o plantio direto – alternativa que permite produzir com o mínimo de revolvimento do solo e auxilia no controle da erosão – o cultivo de gramíneas e leguminosas para proteger o solo, e a rotação e consórcio de culturas, além do uso de máquinas e equipamentos adequados à produção sustentável. Há mais de uma década a Embrapa realiza pesquisas para disseminação dessas tecnologias, em parceria com agricultores familiares do Juruá e com apoio de outras instituições de pesquisa e fomento à produção.

Iniciado em dezembro de 2017, o Juruaproduz garante a continuidade dos estudos, com ênfase na avaliação da eficiência de sistemas conservacionistas no aumento da produção agrícola e como sumidouros e conservadores de carbono e nitrogênio no solo. De acordo com o pesquisador Falberni Costa, líder do projeto, além de maior produtividade, as técnicas conservacionistas reduzem gastos com combustíveis, devido ao reduzido processo de mecanização da terra, e com uso de fertilizantes, em decorrência da adubação natural proporcionada pelas plantas de cobertura. “Essa alternativa de produção possibilita ao produtor contar com solo de qualidade para diversificar os cultivos e amplia as oportunidades de geração de renda na propriedade”, explica.

Produção e conservação

Na região do Juruá, segundo Costa, predominam solos arenosos e com baixa fertilidade. Essa deficiência de nutrientes, associada ao uso de práticas inadequadas de manejo acelera o processo de degradação desse recurso natural, mas com a adoção de alternativas tecnológicas adequadas é possível recuperar e manter a sua qualidade. As técnicas conservacionistas testadas permitem conciliar conservação da terra e aumento da produção agrícola.

As pesquisas conduzidas por meio de Unidade Demonstrativa em propriedades rurais familiares envolvem o cultivo de culturas agrícolas de importância econômica para a região e que garantem segurança alimentar como mandioca, milho, arroz e feijão, em uma mesma área, e associa as lavouras ao plantio de leguminosas (mucuna preta, feijão guandu anão e feijão de porco) e gramínea (sorgo) para cobertura permanente do solo.

Segundo Costa, o plantio alternado com plantas de cobertura aumenta os teores de matéria orgânica e de nitrogênio no solo e evita o uso do fogo. Nessa lógica conservacionista, em vez de deixar o solo encapoeirar para queimar e depois plantar, o produtor retira a cultura principal e ocupa a área com plantas de cobertura, repondo parte dos nutrientes retirados do solo na safra anterior, melhorando as condições de fertilidade.

“Os resultados revelaram aumento entre 40 e 50% na produtividade de mandioca e milho, em relação a cultivos convencionais. Além disso, é possível cultivar milho e mandioca no mesmo ano safra. Para o produtor isso significa menos custos com a produção e mais renda para a família, mas o acesso em larga escala a essa tecnologia exige a implementação de políticas públicas”, enfatiza o pesquisador.

Novas ações

Os sistemas conservacionistas de produção agrícola são reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (FAO) como alternativa para uma agricultura sustentável, por proporcionar cuidados essenciais para a manutenção da qualidade do solo e, ao mesmo tempo, intensificar as atividades produtivas e gerar renda e alimento.  Entre outros objetivos, o projeto Juruáproduz visa recomendar um sistema de manejo conservacionista para viabilizar uma agricultura de baixo carbono na produção familiar, com foco na conservação do solo e aumento da produtividade. Em execução até fevereiro de 2020, as pesquisas contam com a parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Para alcançar esse resultado, os estudos também buscam identificar plantas de cobertura capazes de fornecer matéria orgânica de qualidade e em grande quantidade, além de determinar em que componente do solo esse resíduo vegetal é efetivamente armazenado. “Sabemos que a produção conservacionista reduz a liberação de carbono para a atmosfera, mas precisamos medir a efetividade destes sistemas. É necessário fechar o balanço, avaliando a produtividade de grãos, o volume e qualidade da matéria orgânica produzida, o que fica desse resíduo no solo e quanto vai para a atmosfera”, destaca Costa.

As pesquisas para recomendação e ampliação do uso de técnicas de manejo conservacionista do solo, realizadas pela Embrapa Acre na região do Juruá, interior do Acre, ganharam novo reforço com o projeto “Manejo conservacionista do solo na produção familiar para a agricultura de baixa emissão de carbono no oeste do Estado do Acre – Juruaproduz”. Esta semana, está em andamento mais uma etapa do trabalho de pesquisa no município de Mâncio Lima. A agenda de atividades inclui a coleta de biomassa (massa verde), para análise, e preparo do solo para plantio de milho, entre outras ações, e segue até o dia 24 de março.

O manejo conservacionista do solo preconiza a adoção de práticas agrícolas de baixo impacto, como o plantio direto – alternativa que permite produzir com o mínimo de revolvimento do solo e auxilia no controle da erosão – o cultivo de gramíneas e leguminosas para proteger o solo, e a rotação e consórcio de culturas, além do uso de máquinas e equipamentos adequados à produção sustentável. Há mais de uma década a Embrapa realiza pesquisas para disseminação dessas tecnologias, em parceria com agricultores familiares do Juruá e com apoio de outras instituições de pesquisa e fomento à produção.

Iniciado em dezembro de 2017, o Juruaproduz garante a continuidade dos estudos, com ênfase na avaliação da eficiência de sistemas conservacionistas no aumento da produção agrícola e como sumidouros e conservadores de carbono e nitrogênio no solo. De acordo com o pesquisador Falberni Costa, líder do projeto, além de maior produtividade, as técnicas conservacionistas reduzem gastos com combustíveis, devido ao reduzido processo de mecanização da terra, e com uso de fertilizantes, em decorrência da adubação natural proporcionada pelas plantas de cobertura. “Essa alternativa de produção possibilita ao produtor contar com solo de qualidade para diversificar os cultivos e amplia as oportunidades de geração de renda na propriedade”, explica.

Produção e conservação

Na região do Juruá, segundo Costa, predominam solos arenosos e com baixa fertilidade. Essa deficiência de nutrientes, associada ao uso de práticas inadequadas de manejo acelera o processo de degradação desse recurso natural, mas com a adoção de alternativas tecnológicas adequadas é possível recuperar e manter a sua qualidade. As técnicas conservacionistas testadas permitem conciliar conservação da terra e aumento da produção agrícola.

As pesquisas conduzidas por meio de Unidade Demonstrativa em propriedades rurais familiares envolvem o cultivo de culturas agrícolas de importância econômica para a região e que garantem segurança alimentar como mandioca, milho, arroz e feijão, em uma mesma área, e associa as lavouras ao plantio de leguminosas (mucuna preta, feijão guandu anão e feijão de porco) e gramínea (sorgo) para cobertura permanente do solo.

Segundo Costa, o plantio alternado com plantas de cobertura aumenta os teores de matéria orgânica e de nitrogênio no solo e evita o uso do fogo. Nessa lógica conservacionista, em vez de deixar o solo encapoeirar para queimar e depois plantar, o produtor retira a cultura principal e ocupa a área com plantas de cobertura, repondo parte dos nutrientes retirados do solo na safra anterior, melhorando as condições de fertilidade.

“Os resultados revelaram aumento entre 40 e 50% na produtividade de mandioca e milho, em relação a cultivos convencionais. Além disso, é possível cultivar milho e mandioca no mesmo ano safra. Para o produtor isso significa menos custos com a produção e mais renda para a família, mas o acesso em larga escala a essa tecnologia exige a implementação de políticas públicas”, enfatiza o pesquisador.

Novas ações

Os sistemas conservacionistas de produção agrícola são reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (FAO) como alternativa para uma agricultura sustentável, por proporcionar cuidados essenciais para a manutenção da qualidade do solo e, ao mesmo tempo, intensificar as atividades produtivas e gerar renda e alimento.  Entre outros objetivos, o projeto Juruáproduz visa recomendar um sistema de manejo conservacionista para viabilizar uma agricultura de baixo carbono na produção familiar, com foco na conservação do solo e aumento da produtividade. Em execução até fevereiro de 2020, as pesquisas contam com a parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Para alcançar esse resultado, os estudos também buscam identificar plantas de cobertura capazes de fornecer matéria orgânica de qualidade e em grande quantidade, além de determinar em que componente do solo esse resíduo vegetal é efetivamente armazenado. “Sabemos que a produção conservacionista reduz a liberação de carbono para a atmosfera, mas precisamos medir a efetividade destes sistemas. É necessário fechar o balanço, avaliando a produtividade de grãos, o volume e qualidade da matéria orgânica produzida, o que fica desse resíduo no solo e quanto vai para a atmosfera”, destaca Costa.

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