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Software orienta quando plantar arroz e feijão com menor risco climático

O produtor rural que planta o cereal ou a leguminosa agora tem como aliado a ferramenta eletrônica infoCULT. Com ela, é possível consultar, por estado e por município, localidades aptas ao cultivo e meses e datas de semeadura com menor risco de perdas no campo, devido à diminuição de chuvas. Ao todo, são fornecidas informações para o cultivo do arroz de sequeiro em sete estados brasileiros; para o feijão de primeira safra em 13 estados; e para o feijão de segunda safra em nove estados.

O infoCULT é um programa de computador, disponibilizado pela Embrapa, que busca simplificar o conjunto de informações presentes no Zoneamento de Risco Climático e publicadas na página da internet do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e também desenvolvido pela Empresa de pesquisa. A série de dados para os sistemas de cultivo de arroz e de feijão foi agrupada e transformada de texto em tabelas para facilitar a visualização dos períodos e localidades de plantio, combinada com informações sobre ciclos de plantas e diferentes tipos de solo.

O infoCULT começou a ser disponibilizado ao setor produtivo no fim de 2017. O engenheiro agrônomo Germano Kusdra, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), é um dos primeiros usuários da ferramenta eletrônica e a considerou um avanço em relação à forma anterior de acesso, por meio de portarias publicadas na página do Mapa na internet.

“A gente fazia a consulta, que era um pouco mais complicada, baixando as portarias do Zoneamento Climático do Ministério da Agricultura. Com o infoCULT, facilitou muito a forma de procurar, porque você põe o estado, o município e a cultura que você quer e já vai aparecer de modo claro e de forma bem visual o período que se pode plantar e as variedades que são recomendadas. A apresentação ficou muito prática”, elogia Kusdra. 

Como acessar o aplicativo

Agrometeorologia e geoprocessamento

O infoCULT se baseia no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), um trabalho interinstitucional e multidisciplinar com mais de 20 anos e que utiliza várias estações agrometeorológicas em todo o País, com coleta de dados diários sobre a distribuição das chuvas e temperatura do ar.

Além do acompanhamento da série histórica dessas informações, conhecimentos sobre a capacidade de retenção de água, conforme os tipos de solo, assim como em fisiologia vegetal, foram utilizados. Nesse último caso, empregaram-se medições da necessidade de água das plantas em seu ciclo de desenvolvimento e de produção, com diferentes cultivares, bem como a taxa de perda de água para a atmosfera.

De posse dessas variáveis, foi empregado um modelo de cálculo para o balanço hídrico integrado a sistemas de informação geográfica e geoestatística para a espacialização dos períodos mais favoráveis à semeadura. O resultado desse estudo é uma relação de municípios indicados para o plantio de arroz e de feijão, com seus respectivos calendários de plantio, visando à obtenção de maiores rendimentos e menores riscos climáticos.

Alto nível de confiabilidade

De acordo com o pesquisador da Embrapa Silvando Carlos da Silva, as estimativas que o Zoneamento Agroclimático apresenta são bastante seguras. “Há um alto grau de confiabilidade, tanto para o produtor quanto para os cultivos destinados à pesquisa. Inclusive, aqueles realizados pela Embrapa seguem essa recomendação”, afirma.

Em que pesem a eficácia e o benefício do sistema, o pesquisador faz uma ponderação. “O Zoneamento Agroclimático para o arroz e o feijão mostra períodos favoráveis no ano para o cultivo, conforme determinado município. Contudo, trata-se de uma estimativa climática, o que não quer dizer que tal localidade tenha aptidão agrícola para esses cultivos, pois há situações, como por exemplo o relevo, que podem evidenciar o melhor uso das áreas por outras atividades”, diz Silvando Carlos.

Outro aspecto importante é que o Zoneamento Agroclimático, por diminuir as perdas pelas adversidades climáticas, passou a ser instrumento de políticas públicas. Ele auxilia o sistema de crédito e seguridade agrícola do governo brasileiro, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

O Zarc também auxilia, com informações, os serviços bancários de crédito e seguro à produção rural. O produtor que solicitar empréstimo para plantio em tempo e local propícios à cultura proposta, conforme indicado no zoneamento, obterá melhores condições e taxas, uma vez que os riscos serão menores.

A exemplo do arroz e do feijão, os estudos de Zoneamentos Agrícolas de Risco Climático já contemplam 40 culturas, sendo 15 de ciclo anual e 24 permanentes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária, alcançando 24 estados brasileiros.

Caráter distintivo da previsão do tempo

O Zoneamento Agroclimático utiliza dados de estações agrometeorológicas distribuídas em todo País, tais como a distribuição de chuvas, ocorrência de geadas e granizo, temperatura e umidade do ar, entre outros. Essas informações são integradas a outros conhecimentos de fisiologia vegetal, solos e geoprocessamento. Assim, o sistema fornece uma caracterização, isto é, retratos do clima a médio e longo prazos.

Para curto prazo, as estações agrometeorológicas continuam sendo uma boa fonte de consulta, por exemplo, para saber se ocorrerão veranicos (estiagens), ou se irá chover em determinada data, ou ainda se o dia será ensolarado ou chuvoso. “Para obter essas informações, o produtor pode consultar outra ferramenta: o sistema Agritempo, que disponibiliza, diariamente, boletins agrometeorológicos, mapas diversos, avisos meteorológicos e previsões”, explica Silvando Carlos.

Em caso de dúvida sobre o infoCULT, o interessado pode recorrer ao Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa, ou pelo telefone (62) 3533-2110/ 3533-2103.

O produtor rural que planta o cereal ou a leguminosa agora tem como aliado a ferramenta eletrônica infoCULT. Com ela, é possível consultar, por estado e por município, localidades aptas ao cultivo e meses e datas de semeadura com menor risco de perdas no campo, devido à diminuição de chuvas. Ao todo, são fornecidas informações para o cultivo do arroz de sequeiro em sete estados brasileiros; para o feijão de primeira safra em 13 estados; e para o feijão de segunda safra em nove estados.

O infoCULT é um programa de computador, disponibilizado pela Embrapa, que busca simplificar o conjunto de informações presentes no Zoneamento de Risco Climático e publicadas na página da internet do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e também desenvolvido pela Empresa de pesquisa. A série de dados para os sistemas de cultivo de arroz e de feijão foi agrupada e transformada de texto em tabelas para facilitar a visualização dos períodos e localidades de plantio, combinada com informações sobre ciclos de plantas e diferentes tipos de solo.

O infoCULT começou a ser disponibilizado ao setor produtivo no fim de 2017. O engenheiro agrônomo Germano Kusdra, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), é um dos primeiros usuários da ferramenta eletrônica e a considerou um avanço em relação à forma anterior de acesso, por meio de portarias publicadas na página do Mapa na internet.

“A gente fazia a consulta, que era um pouco mais complicada, baixando as portarias do Zoneamento Climático do Ministério da Agricultura. Com o infoCULT, facilitou muito a forma de procurar, porque você põe o estado, o município e a cultura que você quer e já vai aparecer de modo claro e de forma bem visual o período que se pode plantar e as variedades que são recomendadas. A apresentação ficou muito prática”, elogia Kusdra. 

Como acessar o aplicativo

Agrometeorologia e geoprocessamento

O infoCULT se baseia no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), um trabalho interinstitucional e multidisciplinar com mais de 20 anos e que utiliza várias estações agrometeorológicas em todo o País, com coleta de dados diários sobre a distribuição das chuvas e temperatura do ar.

Além do acompanhamento da série histórica dessas informações, conhecimentos sobre a capacidade de retenção de água, conforme os tipos de solo, assim como em fisiologia vegetal, foram utilizados. Nesse último caso, empregaram-se medições da necessidade de água das plantas em seu ciclo de desenvolvimento e de produção, com diferentes cultivares, bem como a taxa de perda de água para a atmosfera.

De posse dessas variáveis, foi empregado um modelo de cálculo para o balanço hídrico integrado a sistemas de informação geográfica e geoestatística para a espacialização dos períodos mais favoráveis à semeadura. O resultado desse estudo é uma relação de municípios indicados para o plantio de arroz e de feijão, com seus respectivos calendários de plantio, visando à obtenção de maiores rendimentos e menores riscos climáticos.

Alto nível de confiabilidade

De acordo com o pesquisador da Embrapa Silvando Carlos da Silva, as estimativas que o Zoneamento Agroclimático apresenta são bastante seguras. “Há um alto grau de confiabilidade, tanto para o produtor quanto para os cultivos destinados à pesquisa. Inclusive, aqueles realizados pela Embrapa seguem essa recomendação”, afirma.

Em que pesem a eficácia e o benefício do sistema, o pesquisador faz uma ponderação. “O Zoneamento Agroclimático para o arroz e o feijão mostra períodos favoráveis no ano para o cultivo, conforme determinado município. Contudo, trata-se de uma estimativa climática, o que não quer dizer que tal localidade tenha aptidão agrícola para esses cultivos, pois há situações, como por exemplo o relevo, que podem evidenciar o melhor uso das áreas por outras atividades”, diz Silvando Carlos.

Outro aspecto importante é que o Zoneamento Agroclimático, por diminuir as perdas pelas adversidades climáticas, passou a ser instrumento de políticas públicas. Ele auxilia o sistema de crédito e seguridade agrícola do governo brasileiro, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

O Zarc também auxilia, com informações, os serviços bancários de crédito e seguro à produção rural. O produtor que solicitar empréstimo para plantio em tempo e local propícios à cultura proposta, conforme indicado no zoneamento, obterá melhores condições e taxas, uma vez que os riscos serão menores.

A exemplo do arroz e do feijão, os estudos de Zoneamentos Agrícolas de Risco Climático já contemplam 40 culturas, sendo 15 de ciclo anual e 24 permanentes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária, alcançando 24 estados brasileiros.

Caráter distintivo da previsão do tempo

O Zoneamento Agroclimático utiliza dados de estações agrometeorológicas distribuídas em todo País, tais como a distribuição de chuvas, ocorrência de geadas e granizo, temperatura e umidade do ar, entre outros. Essas informações são integradas a outros conhecimentos de fisiologia vegetal, solos e geoprocessamento. Assim, o sistema fornece uma caracterização, isto é, retratos do clima a médio e longo prazos.

Para curto prazo, as estações agrometeorológicas continuam sendo uma boa fonte de consulta, por exemplo, para saber se ocorrerão veranicos (estiagens), ou se irá chover em determinada data, ou ainda se o dia será ensolarado ou chuvoso. “Para obter essas informações, o produtor pode consultar outra ferramenta: o sistema Agritempo, que disponibiliza, diariamente, boletins agrometeorológicos, mapas diversos, avisos meteorológicos e previsões”, explica Silvando Carlos.

Em caso de dúvida sobre o infoCULT, o interessado pode recorrer ao Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa, ou pelo telefone (62) 3533-2110/ 3533-2103.

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