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Especialista aborda a cultura da mandioca na agricultura da Amazônia

A evolução da agricultura na Amazônia e o lugar que a cultura da mandioca ocupa nessa trajetória foi o tema da palestra do pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Alfredo Homma, nesta terça-feira (13), no segundo dia da programação do Congresso Brasileiro de Mandioca. O evento reúne diversos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, extensão rural, defesa vegetal, produtores e empresários, e vai até sexta-feira (16), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA).

O especialista fez um panorama geral da história da pecuária e agricultura na Amazônia e os contextos que influenciaram a intensificação dessas atividades na região. Segundo Homma, até o final da década de 80 a Amazônia viva um processo de pecuarização, onde a floresta era substituída pelas pastagens. Com o avanço da legislação florestal e o esforço de políticas públicas, essa atividade deu lugar a um processo que ele chama de agriculturização. A Reserva Legal na região deve ser de 80%, no Cerrado é de 35% e na Mata Atlântica e outros ecossistemas é de 20%. Portanto, segundo o especialista, o maior desafio hoje na Amazônia é intensificar a produção nas áreas permitidas pelo Código Florestal Brasileiro.

E intensificação exige profissionalização e tecnologia, o que, segundo o pesquisador, é incompatível com a forma quase que extrativa e artesanal que ainda persiste na região. O Pará é o maior produtor de mandioca do Brasil, com pouco mais de 4 milhões de toneladas, em 2017, seguido do Paraná (3 milhões de toneladas) e da Bahia (2 milhões), segundo dados do IBGE. Porém, a produtividade da região ainda é baixa frente ao que se produz nas regiões sul e sudeste do país: no PA a produtividade é de cerca de 15 toneladas por hectare, enquanto que o Paraná produz 27 t/ha e São Paulo 24 t/ha. Para se ter uma ideia, o Pará importa do Paraná 90% da goma de mandioca que consome internamente.

Homma destacou ainda alguns produtos que ao longo da trajetória agrícola da Amazônia, e mais especificamente do estado do Pará, tiveram maior expressividade econômica e social. Os grãos (soja e milho), o cacau, mandioca, dendezeiro e, mais recentemente, o açaí. E encerrou a palestra levantando alguns pontos importantes para a intensificação da produção de mandioca na região como forma de garantir o abastecimento das cidades amazônicas: a geração de tecnologias práticas; a modernização do pequeno agricultor e sua inserção no mercado; o fortalecimento da extensão rural; a criação de um fundo para a mandioca; entre outras questões.

Especialistas de sete Unidades da Embrapa no Brasil (Embrapa Acre, Embrapa Amapá, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Roraima e Embrapa Trigo) e da sede da Empresa, em Brasília, vão apresentar palestras e mediar mesas de debate sobre diferentes temas no XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e II Congresso Latino-americano e Caribenho de Mandioca.

Para saber a participação da Embrapa no evento e conhecer um pouco mais sobre as soluções tecnológicas e produtos gerados pela pesquisa para essa cadeia produtiva, clique aqui

A evolução da agricultura na Amazônia e o lugar que a cultura da mandioca ocupa nessa trajetória foi o tema da palestra do pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Alfredo Homma, nesta terça-feira (13), no segundo dia da programação do Congresso Brasileiro de Mandioca. O evento reúne diversos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, extensão rural, defesa vegetal, produtores e empresários, e vai até sexta-feira (16), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA).

O especialista fez um panorama geral da história da pecuária e agricultura na Amazônia e os contextos que influenciaram a intensificação dessas atividades na região. Segundo Homma, até o final da década de 80 a Amazônia viva um processo de pecuarização, onde a floresta era substituída pelas pastagens. Com o avanço da legislação florestal e o esforço de políticas públicas, essa atividade deu lugar a um processo que ele chama de agriculturização. A Reserva Legal na região deve ser de 80%, no Cerrado é de 35% e na Mata Atlântica e outros ecossistemas é de 20%. Portanto, segundo o especialista, o maior desafio hoje na Amazônia é intensificar a produção nas áreas permitidas pelo Código Florestal Brasileiro.

E intensificação exige profissionalização e tecnologia, o que, segundo o pesquisador, é incompatível com a forma quase que extrativa e artesanal que ainda persiste na região. O Pará é o maior produtor de mandioca do Brasil, com pouco mais de 4 milhões de toneladas, em 2017, seguido do Paraná (3 milhões de toneladas) e da Bahia (2 milhões), segundo dados do IBGE. Porém, a produtividade da região ainda é baixa frente ao que se produz nas regiões sul e sudeste do país: no PA a produtividade é de cerca de 15 toneladas por hectare, enquanto que o Paraná produz 27 t/ha e São Paulo 24 t/ha. Para se ter uma ideia, o Pará importa do Paraná 90% da goma de mandioca que consome internamente.

Homma destacou ainda alguns produtos que ao longo da trajetória agrícola da Amazônia, e mais especificamente do estado do Pará, tiveram maior expressividade econômica e social. Os grãos (soja e milho), o cacau, mandioca, dendezeiro e, mais recentemente, o açaí. E encerrou a palestra levantando alguns pontos importantes para a intensificação da produção de mandioca na região como forma de garantir o abastecimento das cidades amazônicas: a geração de tecnologias práticas; a modernização do pequeno agricultor e sua inserção no mercado; o fortalecimento da extensão rural; a criação de um fundo para a mandioca; entre outras questões.

Especialistas de sete Unidades da Embrapa no Brasil (Embrapa Acre, Embrapa Amapá, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Roraima e Embrapa Trigo) e da sede da Empresa, em Brasília, vão apresentar palestras e mediar mesas de debate sobre diferentes temas no XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e II Congresso Latino-americano e Caribenho de Mandioca.

Para saber a participação da Embrapa no evento e conhecer um pouco mais sobre as soluções tecnológicas e produtos gerados pela pesquisa para essa cadeia produtiva, clique aqui

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