Identificar os principais insetos e ácaros que são danosos à produção de mandioca foi o tema de um dos minicursos do primeiro dia do 17º Congresso Brasileiro de Mandioca e 2º Congresso Latino-Americano e Caribenho, em Belém-Pará. O evento inicia nesta segunda (12) e vai até sexta (16), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. Ao todo, sete minicursos marcaram o início do congresso com diversos temas, entre eles melhoramento genético de mandioca, condução de áreas para produção de manivas, manejo de solo, processoamento de mandioca e outros.
A entomologista Aloyséia Noronha, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, apresentou 14 espécies de pragas – entre ácaros e insetos – que atacam a cultura da mandioca nas diferentes regiões brasileiras. No Norte a pesquisadora destaca o ácaro verde, mandarová, a mosca do broto e mosca das galhas. Elas atacam as plantas no período de estiagem e são mais danosas na fase inicial do desenvolvimento da planta. Já no período das chuvas o problema tende a melhorar, pois “as chuvas mais fortes lavam as plantas, reduzindo a presença de mosca branca ou ácaro verde”, exemplifica.
Edilson Portela é produtor de farinha e veio de Itacoatiara, no Amazonas, em busca de informação para os problemas que vem enfrentando no plantio de mandioca. Ele conta que no último ano esperava obter 100 sacas de farinha (cada saca tem em torno de 60 kg) por hectare, e por causa do ataque das pragas conseguiu produzir apenas 30 sacas por hectare, perdendo 70% da sua produção.
“Ao ver a palestra sobre as pragas, identifiquei várias que já apareceram no meu plantio, como os ácaros, o mandarová e o percevejo da renda”, relata o produtor que possui 100 hectares de plantio de mandioca na região metropolitana de Manaus.
A especialista da Embrapa apresentou as características físicas de cada espécie, o ciclo de vida e como se reproduzem. Ela mostrou também como esses insetos e ácaros agem na cultura da mandioca e porque são considerados pragas. Na região Nordeste o ácaro verde é o mais recorrente, no Centro-Oeste o percevejo da renda e no Sul e Sudeste, o mandarová. O monitoramento constante do produtor ainda é a principal arma no controle de pragas. “Esses animais estão presentes na natureza, e é importante que o produtor observe constantemente o plantio para identificar logo no início a presença deles. Dessa forma, consegue evitar a infestação e os prejuízos causados”, destaca a pesquisadora.
Mandiocas mais resistentes e produtivas
O melhoramento genético da mandioca foi o tema de outro minicurso no primeiro dia de programação do evento. A pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental Elisa Moura começou apresentando a espécie ancestral da mandioca. “Era semelhante a um cipó e o trabalho de seleção dos povos indígenas desenvolveu as variedades comerciais que conhecemos hoje”, explicou. Segundo a pesquisadora, a mandioca é umas das poucas espécies vegetais que tiveram grande influência humana no seu desenvolvimento.
Em seguida, Elisa explicou as características reprodutivas da mandioca e os métodos de seleção e melhoramento genético. A importância desse trabalho, de acordo com a pesquisadora, deve-se à busca de variedades estáveis, produtivas e resistentes a pragas e doenças. “Às vezes o agricultor seleciona uma variedade de boa produtividade mas ela sofre ataque de brocas ou ácaros”, exemplificou.
Atualmente a Embrapa Amazônia Oriental trabalha para selecionar variedades de mandioca que possuam as características de boa produtividade, resistência a pragas e doenças e coloração amarelada. Esta última para fornecer farinha na cor desejada pelos consumidores e evitar a adição de corantes artificiais na farinha.
O 17º Congresso Brasileiro de Mandioca e 2º Congresso Latino-Americano e Caribenho é o principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, extensão rural, defesa vegetal, produtores e empresários. Especialistas de sete Unidades da Embrapa no Brasil (Embrapa Acre, Embrapa Amapá, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Roraima e Embrapa Trigo) e da sede da Empresa, em Brasília, vão apresentar palestras e mediar mesas de debate sobre diferentes temas.
Para saber a participação da Embrapa no Congresso de Mandioca e conhecer um pouco mais sobre as soluções tecnológicas e produtos gerados pela pesquisa para essa cadeia produtiva, clique aqui.
Identificar os principais insetos e ácaros que são danosos à produção de mandioca foi o tema de um dos minicursos do primeiro dia do 17º Congresso Brasileiro de Mandioca e 2º Congresso Latino-Americano e Caribenho, em Belém-Pará. O evento inicia nesta segunda (12) e vai até sexta (16), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. Ao todo, sete minicursos marcaram o início do congresso com diversos temas, entre eles melhoramento genético de mandioca, condução de áreas para produção de manivas, manejo de solo, processoamento de mandioca e outros.
A entomologista Aloyséia Noronha, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, apresentou 14 espécies de pragas – entre ácaros e insetos – que atacam a cultura da mandioca nas diferentes regiões brasileiras. No Norte a pesquisadora destaca o ácaro verde, mandarová, a mosca do broto e mosca das galhas. Elas atacam as plantas no período de estiagem e são mais danosas na fase inicial do desenvolvimento da planta. Já no período das chuvas o problema tende a melhorar, pois “as chuvas mais fortes lavam as plantas, reduzindo a presença de mosca branca ou ácaro verde”, exemplifica.
Edilson Portela é produtor de farinha e veio de Itacoatiara, no Amazonas, em busca de informação para os problemas que vem enfrentando no plantio de mandioca. Ele conta que no último ano esperava obter 100 sacas de farinha (cada saca tem em torno de 60 kg) por hectare, e por causa do ataque das pragas conseguiu produzir apenas 30 sacas por hectare, perdendo 70% da sua produção.
“Ao ver a palestra sobre as pragas, identifiquei várias que já apareceram no meu plantio, como os ácaros, o mandarová e o percevejo da renda”, relata o produtor que possui 100 hectares de plantio de mandioca na região metropolitana de Manaus.
A especialista da Embrapa apresentou as características físicas de cada espécie, o ciclo de vida e como se reproduzem. Ela mostrou também como esses insetos e ácaros agem na cultura da mandioca e porque são considerados pragas. Na região Nordeste o ácaro verde é o mais recorrente, no Centro-Oeste o percevejo da renda e no Sul e Sudeste, o mandarová. O monitoramento constante do produtor ainda é a principal arma no controle de pragas. “Esses animais estão presentes na natureza, e é importante que o produtor observe constantemente o plantio para identificar logo no início a presença deles. Dessa forma, consegue evitar a infestação e os prejuízos causados”, destaca a pesquisadora.
Mandiocas mais resistentes e produtivas
O melhoramento genético da mandioca foi o tema de outro minicurso no primeiro dia de programação do evento. A pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental Elisa Moura começou apresentando a espécie ancestral da mandioca. “Era semelhante a um cipó e o trabalho de seleção dos povos indígenas desenvolveu as variedades comerciais que conhecemos hoje”, explicou. Segundo a pesquisadora, a mandioca é umas das poucas espécies vegetais que tiveram grande influência humana no seu desenvolvimento.
Em seguida, Elisa explicou as características reprodutivas da mandioca e os métodos de seleção e melhoramento genético. A importância desse trabalho, de acordo com a pesquisadora, deve-se à busca de variedades estáveis, produtivas e resistentes a pragas e doenças. “Às vezes o agricultor seleciona uma variedade de boa produtividade mas ela sofre ataque de brocas ou ácaros”, exemplificou.
Atualmente a Embrapa Amazônia Oriental trabalha para selecionar variedades de mandioca que possuam as características de boa produtividade, resistência a pragas e doenças e coloração amarelada. Esta última para fornecer farinha na cor desejada pelos consumidores e evitar a adição de corantes artificiais na farinha.
O 17º Congresso Brasileiro de Mandioca e 2º Congresso Latino-Americano e Caribenho é o principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, extensão rural, defesa vegetal, produtores e empresários. Especialistas de sete Unidades da Embrapa no Brasil (Embrapa Acre, Embrapa Amapá, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Roraima e Embrapa Trigo) e da sede da Empresa, em Brasília, vão apresentar palestras e mediar mesas de debate sobre diferentes temas.
Para saber a participação da Embrapa no Congresso de Mandioca e conhecer um pouco mais sobre as soluções tecnológicas e produtos gerados pela pesquisa para essa cadeia produtiva, clique aqui.