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Melhoramento genético e eficiência alimentar reúne pecuaristas em Jussara (GO)

Com o tema Melhoramento Genético e Eficiência Alimentar, cerca de 200 participantes, entre consultores e técnicos rurais, pecuaristas, agricultores, pesquisadores e agentes promotores do agronegócio no Estado de Goiás estiveram na Unidade de Referência Tecnológica (URT), instalada na Fazenda Tarumã, no município de Jussara, a 225 km de Goiânia (GO).

De acordo com o coordenador do evento Cláudio Magnabosco, pesquisador do Núcleo Regional da Embrapa Cerrados (DF) e diretor da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) a URT é uma Fazenda que utiliza tecnologia obtida da pesquisa e desenvolvimento em benefício do homem do campo.

No dia de campo foi apresentado uma mostra das tecnologias voltadas tanto ao sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), o manejo de pastagens e genética animal, quanto aos procedimentos adequados à reprodução e nutrição animal.

A programação foi dividida em quatro estações, sendo a primeira sobre Opções de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária Floresta (ILPF) apresentada pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados, João Kluthcouski e Luiz Adriano Maia Cordeiro.

Os pesquisadores explicaram aos participantes as funcionalidades, vantagens e potencialidades do sistema ILPF que possibilita o sinergismo entre agricultura e pastagem.

 Outra ênfase apresentada por Kluthcouski e Maia Cordeiro, teve como base o uso de solos arenosos, a exemplo do município de Jussara; o sistema ILPF torna todo esse processo mais eficiente, em termos de melhoramento da qualidade do solo, na geração de matéria orgânica e esses fatores contribuem para diminuir riscos ao produtor na perda da lavoura ou do pasto. “A palha, a matéria orgânica e o perfil do solo se transformam em área fértil, dando todas as possibilidades de melhora do sistema e atendendo desde o pequeno ao grande produtor”, esclarece Kluthcouski.

Nesse sistema o dono da fazenda passa a contar com mais pasto para o gado durante todo o ano, pois o ILPF se adequa às características mais apropriadas às condições do terreno. Só como exemplo, podemos produzir grãos no verão e pecuária no inverno, utilizando o solo durante todo o ano. Esse sistema é considerado uma revolução no campo, principalmente em países do trópico: “o cinturão tropical do globo está sendo privilegiado por ser o ILPF uma tecnologia com a chancela Made Brasil e é agronomicamente sustentável, porque a cada ano que passa vamos produzindo melhor”.

  Na Fazenda Tarumã, por exemplo, a soja chega a produzir 88 sacas por hectare; e do ponto de vista econômico a produção passa a ser bastante rentável, porque o produtor terá quatro safras por ano. O sistema é, também, ambientalmente correto, uma vez que podemos recuperar áreas degradadas e preservar as novas fronteiras, sem precisar abrir novas áreas. Além disto, socialmente, o sistema é justo, por gerar empregos durante todo o ano.

Para o médico e pecuarista Júlio Bernardes, proprietário da Fazenda Tarumã, com a implantação do sistema ele pode dar um passo muito importante à frente, integrando a pecuária, com a agricultura e a floresta.

De uma maneira geral, Bernardes, trabalha com a pecuária de corte, o melhoramento genético, além de soja, milho e sistema ILPF: “Então uma coisa ajuda a outra; com a agricultura vamos renovar nosso pasto ao preço bem mais acessível e, com o espaço renovado, a fazenda ganha pastagens bem mais verdes até o mês de setembro”.

Na segunda estação, o zootecnista Renato Tangari Dib, professor da UEG e consultor da Campo Rações, falou sobre o Manejo Nutricional na Pecuária do Futuro. Dentre os vários fatores importantes para se obter um bom desempenho animal, o que mais se discute, hoje, é o manejo nutricional voltado ao melhoramento genético animal.

Tangari destacou ainda que, o que se considera em se tratando de melhoramento genético, é a nutrição, pois esta afeta diretamente no desempenho animal.

Segundo o consultor da Campo Rações, até a pouco tempo atrás se falava em três fases do melhoramento genético: cria, recria e engorda; agora, os pesquisadores aumentaram uma quarta fase, ou seja, a fase da gestação, quando o feto começa a se desenvolver no ventre da vaca.  

Este período se divide em três fases e representa o 1º, 2º e o 3º terço de gestação, sendo essas fases bastante importantes, pois é neste momento em que o feto está sendo formado. A  nutrição, nesta fase da gestação, se estende do quatro ao sexto mês, e onde se começa a formação das células de gordura e células musculares. É exatamente neste momento em que se define o volume de carcaça, para quando o animal nascer, se obter boa estrutura e desempenho animal. “Então, a pecuária do futuro é aquela que conta com um animal de círculo curto, ou seja, com 22 meses de idade e pesando 22 arrobas; a carcaça e músculo são aspectos que definem o porte e qualidade da carne animal, sendo a espessura subcutânea e também a gordura intramuscular os elementos que darão mais sabor à carne que estamos produzindo”.

Na terceira estação, o médico veterinário, Jose Carlos, da Bryos Biotecnologia e Treinamento em Reprodução Animal, empresa de consultoria que atua no mercado em reprodução animal, falou sobre o tema “Precocidade como Ferramenta de Lucro”. Jose Carlos destacou uma característica bastante importante da fertilidade animal, dentro de um sistema de produção e o que gera maior produtividade na fazenda, tanto pelo número de bezerros produzidos quanto em qualidade do animal.

O médico veterinário esclareceu que a pressão e a demanda de carne estão muito altas no momento, o que vem forçando os produtores a se adequarem a sistemas de produção mais efetivos ou, caso contrário, estes produtores correm o risco de terem que sair do mercado, engolidos por outros grupos que saibam trabalhar desta forma mais integrada, com tecnologias e números.

Para ele, como alerta, os produtores devem ter como base a conscientização e busca regulares de informações, para saber que existem novas ferramentas e, também, se deve buscar orientação técnica adequada e especializada para poder implantar a tecnologia mais indicada  na propriedade.

Por fim, na quarta estação, José Takahashi, diretor da Ikeda Empresarial Ltda demonstrou alguns equipamentos utilizados para o controle da cagaita, uma das pragas que mais infestam as pastagens da região.

Takahashi destacou, também, a semeadora elétrica – 60 litros, uma parceria entre a Ikeda e Embrapa; a semeadora é utilizada na produção de soja, milho e feijão. Outros equipamentos, voltados principalmente aos pecuaristas, como o descompactador de pastagens e o sistema elétrico de transporte de água, através de mangueiras que são aterradas ao solo, transpõem a água dos rios e riachos até as pastagens. “Este descompactador evita que o animal transite às margens desses lagos e nascentes de rios evitando, desta forma, a compactação da área ou até a destruição de nascentes. 

Com o tema Melhoramento Genético e Eficiência Alimentar, cerca de 200 participantes, entre consultores e técnicos rurais, pecuaristas, agricultores, pesquisadores e agentes promotores do agronegócio no Estado de Goiás estiveram na Unidade de Referência Tecnológica (URT), instalada na Fazenda Tarumã, no município de Jussara, a 225 km de Goiânia (GO).

De acordo com o coordenador do evento Cláudio Magnabosco, pesquisador do Núcleo Regional da Embrapa Cerrados (DF) e diretor da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) a URT é uma Fazenda que utiliza tecnologia obtida da pesquisa e desenvolvimento em benefício do homem do campo.

No dia de campo foi apresentado uma mostra das tecnologias voltadas tanto ao sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), o manejo de pastagens e genética animal, quanto aos procedimentos adequados à reprodução e nutrição animal.

A programação foi dividida em quatro estações, sendo a primeira sobre Opções de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária Floresta (ILPF) apresentada pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados, João Kluthcouski e Luiz Adriano Maia Cordeiro.

Os pesquisadores explicaram aos participantes as funcionalidades, vantagens e potencialidades do sistema ILPF que possibilita o sinergismo entre agricultura e pastagem.

 Outra ênfase apresentada por Kluthcouski e Maia Cordeiro, teve como base o uso de solos arenosos, a exemplo do município de Jussara; o sistema ILPF torna todo esse processo mais eficiente, em termos de melhoramento da qualidade do solo, na geração de matéria orgânica e esses fatores contribuem para diminuir riscos ao produtor na perda da lavoura ou do pasto. “A palha, a matéria orgânica e o perfil do solo se transformam em área fértil, dando todas as possibilidades de melhora do sistema e atendendo desde o pequeno ao grande produtor”, esclarece Kluthcouski.

Nesse sistema o dono da fazenda passa a contar com mais pasto para o gado durante todo o ano, pois o ILPF se adequa às características mais apropriadas às condições do terreno. Só como exemplo, podemos produzir grãos no verão e pecuária no inverno, utilizando o solo durante todo o ano. Esse sistema é considerado uma revolução no campo, principalmente em países do trópico: “o cinturão tropical do globo está sendo privilegiado por ser o ILPF uma tecnologia com a chancela Made Brasil e é agronomicamente sustentável, porque a cada ano que passa vamos produzindo melhor”.

  Na Fazenda Tarumã, por exemplo, a soja chega a produzir 88 sacas por hectare; e do ponto de vista econômico a produção passa a ser bastante rentável, porque o produtor terá quatro safras por ano. O sistema é, também, ambientalmente correto, uma vez que podemos recuperar áreas degradadas e preservar as novas fronteiras, sem precisar abrir novas áreas. Além disto, socialmente, o sistema é justo, por gerar empregos durante todo o ano.

Para o médico e pecuarista Júlio Bernardes, proprietário da Fazenda Tarumã, com a implantação do sistema ele pode dar um passo muito importante à frente, integrando a pecuária, com a agricultura e a floresta.

De uma maneira geral, Bernardes, trabalha com a pecuária de corte, o melhoramento genético, além de soja, milho e sistema ILPF: “Então uma coisa ajuda a outra; com a agricultura vamos renovar nosso pasto ao preço bem mais acessível e, com o espaço renovado, a fazenda ganha pastagens bem mais verdes até o mês de setembro”.

Na segunda estação, o zootecnista Renato Tangari Dib, professor da UEG e consultor da Campo Rações, falou sobre o Manejo Nutricional na Pecuária do Futuro. Dentre os vários fatores importantes para se obter um bom desempenho animal, o que mais se discute, hoje, é o manejo nutricional voltado ao melhoramento genético animal.

Tangari destacou ainda que, o que se considera em se tratando de melhoramento genético, é a nutrição, pois esta afeta diretamente no desempenho animal.

Segundo o consultor da Campo Rações, até a pouco tempo atrás se falava em três fases do melhoramento genético: cria, recria e engorda; agora, os pesquisadores aumentaram uma quarta fase, ou seja, a fase da gestação, quando o feto começa a se desenvolver no ventre da vaca.  

Este período se divide em três fases e representa o 1º, 2º e o 3º terço de gestação, sendo essas fases bastante importantes, pois é neste momento em que o feto está sendo formado. A  nutrição, nesta fase da gestação, se estende do quatro ao sexto mês, e onde se começa a formação das células de gordura e células musculares. É exatamente neste momento em que se define o volume de carcaça, para quando o animal nascer, se obter boa estrutura e desempenho animal. “Então, a pecuária do futuro é aquela que conta com um animal de círculo curto, ou seja, com 22 meses de idade e pesando 22 arrobas; a carcaça e músculo são aspectos que definem o porte e qualidade da carne animal, sendo a espessura subcutânea e também a gordura intramuscular os elementos que darão mais sabor à carne que estamos produzindo”.

Na terceira estação, o médico veterinário, Jose Carlos, da Bryos Biotecnologia e Treinamento em Reprodução Animal, empresa de consultoria que atua no mercado em reprodução animal, falou sobre o tema “Precocidade como Ferramenta de Lucro”. Jose Carlos destacou uma característica bastante importante da fertilidade animal, dentro de um sistema de produção e o que gera maior produtividade na fazenda, tanto pelo número de bezerros produzidos quanto em qualidade do animal.

O médico veterinário esclareceu que a pressão e a demanda de carne estão muito altas no momento, o que vem forçando os produtores a se adequarem a sistemas de produção mais efetivos ou, caso contrário, estes produtores correm o risco de terem que sair do mercado, engolidos por outros grupos que saibam trabalhar desta forma mais integrada, com tecnologias e números.

Para ele, como alerta, os produtores devem ter como base a conscientização e busca regulares de informações, para saber que existem novas ferramentas e, também, se deve buscar orientação técnica adequada e especializada para poder implantar a tecnologia mais indicada  na propriedade.

Por fim, na quarta estação, José Takahashi, diretor da Ikeda Empresarial Ltda demonstrou alguns equipamentos utilizados para o controle da cagaita, uma das pragas que mais infestam as pastagens da região.

Takahashi destacou, também, a semeadora elétrica – 60 litros, uma parceria entre a Ikeda e Embrapa; a semeadora é utilizada na produção de soja, milho e feijão. Outros equipamentos, voltados principalmente aos pecuaristas, como o descompactador de pastagens e o sistema elétrico de transporte de água, através de mangueiras que são aterradas ao solo, transpõem a água dos rios e riachos até as pastagens. “Este descompactador evita que o animal transite às margens desses lagos e nascentes de rios evitando, desta forma, a compactação da área ou até a destruição de nascentes. 

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